Mais um estudo tipo "prova-de-conceito" mostrando a eficácia superior da máscara PFF2 em relação ao distanciamento sem máscara. Acompanhe o fio "domingueiro" desse artigo do PNAS (fator de impacto: 11,2). 😉
pnas.org/content/118/49…
Para explicar, o estudo tipo "prova de conceito" é o que testa uma teoria em condições laboratoriais ou com modelos matemáticos, agregando metodologia científica para demonstrar se a hipótese é verdadeira. É diferente de uma evidência clínica, mas tem base científica importante.
Sabemos que a forma como o SARS-CoV-2 se projeta, principalmente através dos aerossóis, demanda o uso de barreiras (além da vacina) para a não contaminação: uso de máscara e distanciamento físico. Há muitos estudos demonstrando que as medidas são eficazes. bmj.com/content/375/bm…
Fiz fio dessa revisão sistemática aqui:
Os autores do artigo destacam que ainda que as evidências apontem a proteção, não está claro como exatamente o risco de infecção é afetado pelo uso de máscara durante encontros pessoais próximos ou pelo distanciamento social sem máscara. Então, eles testaram.
Primeiro, eles calcularam os limites de risco considerando as exposições de pessoa-pessoa de acordo com a carga viral, cond. de saúde, condições ambientais (ventilação, p.ex.), física de exalação de ar, poro da máscara, etc. Foram muitos parâmetros, gerando boa robustez de dados.
Achei legal que eles fizeram projeções até considerando o que escapa (ou entra) de partículas através do mau ajuste da máscara e uso de máscaras sobrepostas...
Primeiro resultado importante: para uma carga viral infecciosa do SARS-CoV-2 (10e-8,5 cópias do vírus/mL), o distanciamento físico por si, mesmo com 3,0 m entre dois indivíduos falantes, gera risco de 90% para infecção em poucos minutos. Por isso que atento p/ a situ. "ar livre".
Caso alguém suscetível use máscara, e uma pessoa infectada sem máscara fale, a uma distância de 1,5 m, o limite superior (risco), se for a máscara cirúrgica, chega a 90% após 30 min, e, com uma máscara PFF2, permanece em cerca de 20% mesmo após 1h.
Quando ambos usam uma máscara cirúrgica, enquanto a fonte infecciosa está falando, o limite superior de risco permanece abaixo de 30%, mesmo após 1h; porém, quando ambos usam uma máscara PFF2 bem ajustada, o risco é de 0,4%. A gente já sabia, né? 😄😉
Eles fizeram também análises com combinações de máscaras cirúrgicas e PFF2, mostrando que a sobreposição, embora protetiva, não é melhor do que uma PFF2 bem ajustada sozinha.
Nos cenários testados, se uma pessoa infectada pelo Sars-CoV-2, tiver contato com uma saudável num espaço fechado (mesmo a uma distância pequena e após 20 minutos), e as duas pessoas estiverem usando máscara PFF2, o risco de contágio é de apenas 0,1% (pq não existe risco zero).
O estudo mostra que uso de máscaras apropriadas na comunidade proporciona uma excelente proteção para os outros e para si mesmo, e torna o distanciamento físico menos importante.
Então, já sabem: máscaras em todo lugar, até a pandemia acabar! 😄 #usemascara
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