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Jan 9, 2022, 10 tweets

Mola, o leão, é o mascote da Copa Africana de Nações. Ele já vestiu colete à prova de balas em alguns de seus passeios por Camarões.

Da mesma forma, estrelas como Salah e Mané têm guardas armados durante suas estadias no país.

Afinal, por que tanta preocupação com segurança?

A resposta óbvia é o trauma do ataque terrorista à seleção de Togo, que aconteceu na CAN de 2010, disputada em Angola.

Na ocasião, militantes da Frente para a Liberação do Enclave de Cabinda emboscaram o ônibus que carregava os togoleses.

O ataque de 2010 acabou com três mortos - Mario Adjoua, motorista do ônibus, Stanislas Ocloo, comentarista da televisão togolesa, e Amélete Abalo, assistente técnico.

Atletas ficaram feridos - o goleiro Kodjovi Obilalé teve que encerrar a carreira pelas sequelas.

A Frente para a Libertação do Exclave de Cabinda é um movimento separatista que luta pela independência de Cabinda, região onde fica o estádio onde Togo jogaria suas partidas.

Supostamente, o ataque era dirigido aos seguranças que escoltavam os togoleses.

Mas claro que existe mais coisa por trás: Camarões também tem um movimento separatista, e esse movimento também realizou ataques recentes.

A região é conhecida como Ambazônia, composta pelos camaroneses anglófonos.

A República da Ambazônia se declarou como independente em 1999, mas não foi reconhecida por nenhum estado membro da ONU.

Os separatistas afirmam que os camaroneses anglófonos não são respeitados pela maioria francófona, recebendo grande discriminação.

Nenhum ataque contra civis é reconhecido como causado pelas Forças de Defesa da Ambazônia, organização militar oficial.

Porém, outros grupos separatistas já cometeram vinte e cinco ataques, resultando na morte de treze civis.

Ano passado, uma menina de cinco anos morreu em um ataque com bombas à sua escola. Houve ameaças de grupos separatistas da Ambazônia de possíveis ataques à Copa Africana de Nações.

Outro problema é a presença do Boko Haram em territórios no norte de Camarões. Eles também fizeram ameaças de ataques à CAN.

Com isso, as autoridades camaronesas e a Federação Africana têm um claro trabalho: impedir que uma tragédia como a de Angola 2010 se repita.

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