Mulher ateia fogo no marido após ele se recusar a beijá-la na frente dos amigos.
Em janeiro de 2020, um grupo de amigos se reuniu na casa de um deles para uma festa. O evento ocorreu em Olindina (BA) e contou com a participação de Robson Santos Batista, 35, e Isleide dos Reis Santos Batista, 33. Os dois estavam casados havia 15 anos.
Em um vídeo gravado por um dos presentes, os amigos do casal começaram a pedir que se beijassem ali. Os pedidos logo se tornaram pressão. Enquanto Isleide pretendia beijar o marido, Robson, claramente desconfortável com a situação, esquivou-se da tentativa.
Sandra Batista, irmã de Robson, afirmou que o irmão era extremamente tímido, sobretudo em público, e que Isleide, tomada de raiva pela recusa de Robson, teria jogado a cerveja de um copo no rosto do marido. Envergonhado, ele retornou para casa, tomou um banho e foi dormir.
Após o marido deixar a festa, Isleide também saiu minutos depois. Ao chegar na residência, ela arrombou a porta da casa, pegou uma garrafa de álcool de cozinha e despejou sob o corpo adormecido de Robson. Depois de o cobrir com a substância, ela ateou fogo nele.
Robson acordou imediatamente e começou a gritar por socorro. Ele tentou apagar as chamas com panos e no chuveiro, mas seus ferimentos eram muito graves. Alguns vizinhos foram ajudá-lo, incluindo a mãe dele, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado.
Quando a ambulância chegou, Isleide disse a Raimunda, mãe de Robson, que o evento foi uma “fatalidade” e que ela “não queria fazer isso”, se referindo ao momento em que ela despejou álcool pelo corpo do marido e literalmente o incendiou.
Embora Isleide quisesse acompanhar o marido, Raimunda impediu que ela fosse, por receio do que ela poderia fazer. Robson foi socorrido, mas sucumbiu no dia seguinte em razão das queimaduras graves. Enquanto o marido ia ao hospital, Isleide deixou o local.
Isleide pegou a moto e o celular de Robson e fugiu da cena. Ela foi indiciada por homicídio qualificado e tem um mandado de prisão preventiva em seu nome. No entanto, ela permanece foragida. A família Batista acredita que esteja escondida na casa de familiares.
A família de Robson o descreveu como um homem trabalhador, de boa índole e sem nenhuma passagem pela polícia. Sua morte deixou três meninas, duas filhas de Isleide e outra de um primeiro casamento, sem pai.
Imagens: Record/Portal R7
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