Ludwig von Mises (1881-1973), expoente do liberalismo e da Escola Austríaca de pensamento econômico, elucubrando sobre os méritos do fascismo. O excerto é do livro "Liberalismo" (publicado em 1927), cap. 10, "O argumento do fascismo".
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Descendente de uma aristocrática família judaica do Império Austríaco, Mises estudou na Universidade de Viena, onde foi influenciado pelas obras de Böhm-Bawerk e Carl Menger.
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Após servir ao monarquista Otto von Habsburg, príncipe-herdeiro da Áustria, Mises atuou como conselheiro econômico do regime fascista de Engelbert Dollfuss, responsável pela forte repressão aos movimentos socialistas e de esquerda durante a Guerra Civil Austríaca.
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Após o assassinato de Dollfuss, Mises se mudou para a Suíça, passando a lecionar no Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais. Em 1940, mudou-se para os Estados Unidos, onde viveu sob patrocínio da Fundação Rockefeller e do Fundo William Volker.
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Mises lecionou na Universidade de Nova York entre 1945 e 1969, além de atuar como consultor de assuntos monetários para a União Europeia.
A obra de Mises foi ignorada durante a maior parte do século XX e rejeitada por seus pares como proselitista e anticientífica.
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A revista The Economist definiu a concepção de Mises sobre a natureza humana como "pior do que nula" e o classificou como um "debatedor de baixo padrão". Whittaker Chambers considerava suas ideias como manifestações de "conservadorismo barato e ignorância".
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Não obstante, seus pensamentos fundamentaram boa parte do ideário liberal do "Reaganomics", como era chamada a política econômica implementada pelo presidente estadunidense Ronald Reagan, baseada no desmonte do Estado e corte de impostos, serviços e políticas públicas.
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Nas últimas décadas, sua obra tem sido defendida por uma série de think tanks internacionais e organizações ligadas à "nova direita", por se prestar à defesa do ultraliberalismo, do "laissez-faire", das benesses para os super-ricos e da concepção de "Estado mínimo".
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Malgrado o revival, o livro "Liberalismo", que Mises considerava sua "magnum opus", segue sendo largamente ignorado pela academia, exceto pelos seus comentários de desconcertante sinceridade, nos quais Mises elogia o fascismo...
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...admitindo que se trata de uma ferramenta a ser utilizada para proteger o capitalismo em épocas de crise. Ao fazê-lo, referendou, ironicamente, Bertolt Brecht, que já vaticinava: "não há nada mais parecido com um fascista do que um burguês assustado.”
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