Você conhece os impérios africanos além do Egito? Nesse fio 🧶 eu quero apresentar um pouco sobre o grande Império Axum. #historiaemmeiahora
Nos séculos II e I a.C., a região do “chifre da África”
se desenvolveu como uma área de intensas trocas comerciais e culturais. A partir dessas trocas que uma cultura própria foi criada, a Da’Amat, unindo tradições semitas e os costumes locais do Nordeste da África.
Uma das principais características do Império Axum foi o seu comércio. Além de ser a forma que encontraram de gerar riqueza para se organizarem politicamente, o comércio de Axum expandiu as rotas comerciais fazendo-os chegar até a Rota da Seda.
Ser um Império que tinha uma cidade portuária sem dúvidas contribuiu para que isso fosse possível. O Império Romano também se envolvia em diversas negociações.
Utilizavam um sistema baseado em moedas, produzidas pelo próprio Império, feitas de metal e ouro. Nelas era estampado o busto do rei que estava no poder. Por muito tempo essas moedas foram as únicas fontes disponíveis para estudarmos ou conhecermos quem foram os primeiros reis.
Nesse ponto as pessoas geralmente perguntam: “Mas como é possível estudar um governante apenas com sua “foto” em uma moeda?” Mesmo tendo poucas
informações podemos fazer as seguintes perguntas:
Existe algum símbolo religioso nessa moeda? O rei é representado com algum tipo de adereço? Isso quer passar que tipo de imagem? O material da moeda indica prosperidade econômica ou pobreza do reino? Lembre-se: são as perguntas que movem a História!
A confecção de moedas não foi a única tecnologia que o Império Axum desenvolveu. Os axumitas desenvolveram sua arquitetura a partir do trabalho em pedras. Templos, Igrejas, palácios e outras construções gigantescas feitas a partir das pedras!
Atualmente as igrejas são patrimônios da Humanidade e estão protegidos pela Unesco.
Além da arquitetura ser usada dentro do culto religioso, o Império Axum desenvolveu um costume de construir obeliscos, chamados de estrelas, para servir de túmulo dos reis que morriam. Inclusive, a bandeira da atual Etiópia contém estrelas em referência aos seus primeiros reis.
Essa prática de construir obeliscos deixou de ser usada quando o rei Ezana (333d.C - 356) se converteu ao cristianismo e alterou uma série de práticas religiosas e de costume. A partir de então a fé cristã se tornou um dos pilares do Império Axum.
Além do cristianismo, os símbolos judaicos também fazem parte da história do Império Axum. Se você já assistiu “Indiana Jones e os caçadores da Arca perdida”, sabe que o arqueólogo procurava a Arca da Aliança, tesouro judeu onde os 10 mandamentos supostamente estão guardados.
Se o Harrison Ford tivesse escutado o episódio do História em Meia Hora e pesquisado um pouco mais, saberia que, de acordo com os etíopes, a Arca da Aliança está em uma Igreja na Etiópia!
Hey, @harrisonford, check out my podcast if you play a role in another Indiana Jones!
O Império Axum também foi o lugar onde São Elesbão e a Santa Efigênia atuaram e ficaram conhecidos aqui no Brasil por serem dois santos da Igreja Católica negros. Dessa forma os escravizados também teriam algum tipo de proximidade com a fé cristã, de acordo com a Igreja.
Gostou do fio? Aprendeu algo? Se sim, quebra um galho: dá um RT no primeiro tuíte e, se quiser, ouça meu podcast sobre o incrível Império Axum!
open.spotify.com/episode/0XiqVB…
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