A militância do novo PCB costuma dissimular seu discurso antipetista alegando não fazer uso da retórica moralista de criminalização do PT. Esse argumento é falso, como demonstra esse excelente artigo dos camaradas da @VozOperariaRJ.
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vozoperariarj.com/2019/07/03/os-…
Conformado à condição de satélite do PSOL, o PCB seguiu a mesma estratégia da legenda que orbita: substituir a política pelo marketing e a análise da realidade concreta pela narrativa de maior apelo junto à "opinião pública" - por mais reacionária que ela fosse.
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Cedendo ao moralismo de classe média que permeia o imaginário de suas bases sociais, predominantemente pequeno-burguesas, o PCB chegou a publicar em meados de 2013 um artigo, baseado em um levantamento da Globo, assegurando que o PT era o partido mais corrupto do Brasil.
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No artigo, escrito com verve de linchamento moral, o PCB repete acriticamente a demonização de Dirceu e Genoíno e chama abertamente o PT de "quadrilha". O partido ainda ataca os "critérios éticos" do PCdoB, chamado, jocosamente, de "PseudoB".
4/11
Além de fazer coro com a criminalização do PT ensejada pela Globo, o PCB atacou a proposta de Dilma de implementar novos mecanismos de combate à corrupção, afirmando que o PT "não tem escrúpulos muito menos vergonha ao vir a público propor algo que eles não desejam".
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Após propor "derrotar Dilma nas ruas" logo após a eleição de 2010 e passar os cinco anos seguintes fazendo oposição intransigente ao PT e ajudando a insuflar os protestos antigovernamentais de 2013 e 2014, o PCB se recusou a participar da frente antigolpista.
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Em 2016, o PCB não reconheceu o impeachment de Dilma como um golpe, mantendo uma postura ambígua diante da defesa da ordem constitucional, preferindo perfilar-se mais com a narrativa da grande mídia do que com a esquerda brasileira e organizações comunistas internacionais.
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Ainda em 2016, quando militantes do PT começaram a denunciar os interesses estrangeiros por trás da Lava Jato e as ligações entre Sergio Moro e o governo dos EUA, o PCB saiu em defesa da operação, desqualificando as denúncias como "teoria da conspiração".
8/11
Marilena Chauí, uma das primeiras denunciar a intervenção imperialista da Lava Jato, foi rotulada como destemperada e leviana. As inúmeras evidências de lawfare e arbitrariedades foram descartadas em favor da narrativa, comum ao PSTU e PSOL, de que o PT "cavou a sua cova".
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Mesmo em 2019, após a exposição das irregularidades da Lava Jato, o PCB publicava um artigo sofrível em que tentava imbuir a pauta moralista e reacionária do combate à corrupção de empostagem pseudo-revolucionária, chegando a reconhecer supostos méritos da operação.
10/11
O artigo não vincula o golpe de 2016 e a Lava Jato e trata a intervenção imperialista como mera hipótese. E demonstra mais uma vez a histórica tendência antimarxista do PCB de basear suas posturas na percepção da opinião pública e não na análise da realidade concreta.
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