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Este perfil é contraindicado para reacionários, populistas e apologistas de ditaduras. A persistirem os sintomas, uma biblioteca deverá ser consultada.

Feb 25, 2022, 14 tweets

Lista com o nome de alguns opositores de Vladimir Putin que faleceram ou, a duras penas, conseguiram sobreviver a tentativas de assassinato:

ALEXANDER LITVINENKO

Ex-agente da KGB, crítico de Putin. Morreu três semanas após beber uma xícara de chá em um hotel de Londres. O chá havia sido contaminado com polônio-210.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Rússia pelo assassinato.

ANNA POLITKOVSKAYA

Jornalista. Denunciou o governo Putin pelos crimes de corrupção e violação aos direitos humanos. Foi assassinada com cinco tiros, no elevador do prédio onde morava, no dia de aniversário de Vladimir Putin.

NATALIA ESTEMIROVA

Ativista de direitos humanos. Denunciava abusos cometidos pelo Estado russo na Chechênia. Seus restos mortais foram encontrados em uma floresta. Tinha ferimentos de bala na cabeça e no peito.

STANISLAV MARKELOV

Advogado de direitos humanos. Defendeu inúmeros russos perseguidos pelo Estado. Foi assassinado a tiros ao deixar uma entrevista coletiva a menos de 800 metros do Kremlin.

Ao tentar ajudá-lo, a jornalista Anastasia Baburova também foi baleada e não resistiu.

BORIS NEMTSOV

Político russo. Foi assassinado, em 2015, próximo ao Kremlin, dois dias após protestar contra a crise financeira russa e a guerra na Ucrânia.

VIKTOR YUSHCHENKO

Ex-presidente da Ucrânia. Prometeu aproximar o seu país da União Europeia. Sofreu uma tentativa de assassinato ainda durante a campanha eleitoral. Enfrentou uma desfiguração como resultado do envenenamento. Culpa a Rússia pelo crime.

ALEXEI NAVALNY

Principal opositor político de Putin. Foi envenenado com Novichok, uma substância neurotóxica, e hospitalizado em estado grave. Nesse momento, cumpre uma pena de 3 anos e meio imposta pelo Estado russo. Sua condenação ainda pode ser estendida por mais 15 anos.

SERGEI YUSHENKOV

Político. Foi morto horas depois de registrar seu partido, Liberal Russia, para participar de eleições parlamentares. Reunia evidências associando Putin a um atentado terrorista - um suposto false flag que tornou Putin popular em sua primeira eleição.

YURI SHCHEKOCHIKHIN

Jornalista. Também investigava o atentado terrorista associado a Putin. Morreu misteriosamente, provavelmente envenenado, dias antes de viajar para os EUA, onde planejava se encontrar com investigadores do FBI. Seus registros médicos foram destruídos.

DENIS VORONENKOV

Político. Duro crítico de Putin, fugiu para a Ucrânia quando passou a ser perseguido pelo Estado russo. Horas antes de morrer, disse ser um alvo do Kremlin. Morreu assassinado, a caminho de um encontro com outro político russo exilado na Ucrânia.

SERGEI SKRIPAL

Espião. Foi agente duplo, atuando para os serviços de inteligência do Reino Unido. Foi condenado por alta traição, mas se estabeleceu no Reino Unido após uma troca de prisioneiros. Sergei e sua filha Yulia foram envenenados com Novichok, mas sobreviveram.

NIKOLAI GLUSHKOV

Empresário. Crítico de Putin, conseguiu asilo político no Reino Unido. Foi assassinado uma semana após o envenenamento de Sergei e Yulia Skripal. Sua morte foi planejada para parecer um suicídio.

ALEXANDER PEREPILICHNYY

Empresário. Entregou documentos a promotores suíços detalhando o envolvimento de altos funcionários russos na fraude do Tesouro do país. Morreu em Londres. Testes toxicológicos apontaram a causa como envenenamento.

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