"Abaixo a escravidão da cozinha! Viva a nova vida cotidiana!". O cartaz soviético de 1931 faz referência à socialização das tarefas domésticas. A personagem aponta para as novidades: clube recreativo para trabalhadores, uma cantina comunitária e uma creche estatal.
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A Revolução de Outubro de 1917 e a subsequente instalação do governo socialista transformaram a Rússia soviética em uma nação pioneira da promoção dos direitos das mulheres.
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Sob a liderança de Vladimir Lenin, o governo revolucionário russo editou decretos estabelecendo a igualdade formal e jurídica de homens e mulheres e instituiu o direito ao divórcio. No mesmo ano, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a legalizar o aborto.
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Os casamentos religiosos foram substituídos pela parceria civil. O policiamento das vestimentas foi abolido. Alexandra Kollontai coordenou uma série de programas incentivando as soviéticas a se libertarem da "opressão do casamento, da maternidade e do trabalho doméstico".
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O objetivo era criar um modelo mais saudável e autônomo de núcleo familiar, não subordinado à dependência financeira e à lógica do capital. Mulheres eram incentivadas a estudar, trabalhar e a participar da vida política do país.
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Conforme Lenin: "No decorrer de dois anos, o poder soviético, em um dos mais atrasados países da Europa, fez mais para emancipar as mulheres e tornar seus direitos iguais aos do sexo 'forte' do que todas as repúblicas 'democráticas' avançadas e esclarecidas do mundo..."
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"...nos últimos 130 anos. (...) Conhecimento, cultura, civilização, liberdade – em todas as repúblicas capitalistas burguesas do mundo essas palavras bonitas são combinadas a infames, repugnantes e brutais leis nas quais as mulheres são tratadas como seres inferiores,...."
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"...leis que lidam com direitos no casamento e divórcio, que falam sobre o status inferior de uma criança nascida fora do casamento quando comparada a uma criança 'legítima', leis que garantem privilégios aos homens, leis que humilham e insultam as mulheres."
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"(...) A República Soviética, a república de trabalhadores e camponeses, prontamente exterminou essas leis e não deixou pedra sobre pedra na estrutura da fraude e da hipocrisia burguesas."
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O governo soviético buscou combater a dupla jornada e o trabalho doméstico não remunerado através da socialização das tarefas domésticas.
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Assim, trabalhos tradicionalmente feitos pelas mulheres passaram a ser realizados por profissionais assalariados em creches, lavanderias públicas e restaurantes comunitários.
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Consolidando as reformas iniciadas em 1917, a União Soviética incentivou a educação feminina, garantiu a equidade dos salários em uma mesma função e encorajou as mulheres a ocuparem os postos de trabalho tradicionalmente relegados aos homens - inclusive nas Forças Armadas.
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As mulheres também foram incentivadas a participarem da vida política do país, votando nas eleições locais e se candidatando aos cargos eletivos nos sovietes.
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Assim, a União Soviética colocava em prática na década de vinte ideais de emancipação feminina que só começariam a ser debatidos pelos países ocidentais nos anos 60 e 70.
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Algumas leis de igualdade de gênero aprovadas nos primeiros anos da União Soviética eram tão avançadas que até hoje não foram adotadas em países do Ocidente.
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