Pensar a História Profile picture
"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade". Karl Marx

Mar 8, 2022, 13 tweets

Poucos regimentos militares foram tão odiados pelos nazistas quanto o das "Bruxas da Noite" — alcunha dada ao 588º Regimento de Bombardeios Noturnos da Força Aérea Soviética.

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O regimento era inteiramente feminino, composto por 80 mulheres que voaram em mais de 23 mil missões de combate, despejando 3 mil toneladas de bombas sobre as cabeças dos invasores nazistas, ajudando a garantir a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.

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Tamanho era o ódio que despertavam sobre os nazistas que os militares que conseguissem derrubar seus aviões eram invariavelmente condecorados com a medalha da Cruz de Ferro.

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Várias superstições e boatos sobre as pilotas soviéticas se espalharam entre os militares alemães - uma delas assegurava que as mulheres recebiam injeções de uma substância que fazia com que conseguissem enxergar no escuro, como felinos.

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Os nazistas as chamaram de "Bruxas da Noite" - insulto que as pilotas receberam como elogio. As pilotas soviéticas voavam em biplanos Polikarpov Po-2, aviões de madeira tão pequenos que não podiam ser detectados por radares.

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Sempre partiam para missões noturnas em grupos de três aviões. Ao se aproximarem dos alvos, desligavam os motores e planavam sobre território inimigo, largando silenciosamente as bombas sobre seus alvos - como se fossem fantasmas.

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Quando eram notadas, realizavam manobras evasivas: dois aviões ligavam os motores para atrair a atenção dos holofotes e se dividiam, indo um para cada lado, enquanto a terceira aeronave prosseguia planando para efetuar o bombardeio.

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Juntamente com os 586º e 587º regimentos soviéticos, as Bruxas da Noite foram as únicas pilotas a voarem em missões de combate na Segunda Guerra Mundial.

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Nas forças armadas dos demais países - tanto entre os Aliados quanto entre os integrantes do Eixo - mulheres só podiam voar em funções de apoio e transporte. O regimento era comandado pela coronel Marina Raskova e pela major Yevdokia Bershanskaya.

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Cada pilota voou em média mais de 800 missões. 23 pilotas do regimento foram laureadas com o título de Heroínas da União Soviética. A história do esquadrão foi contada no filme soviético "O Céu das Bruxas da Noite", de 1981.

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Em 2001, uma coprodução entre a Rússia e uma produtora do Reino Unido estava em planejamento, mas nenhum grande estúdio estadunidense ou europeu se interessou em produzir um longa metragem sobre as aviadoras soviéticas.

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Sugestão de leitura: "Bruxas da Noite: A História não Contada do Regimento Aéreo Feminino Russo Durante a Segunda Guerra Mundial", de Ritanna Armeni.

Há uma série sobre as Bruxas da Noite produzida pela TV russa disponível no Youtube. Legendas em inglês.

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