Faleceu ontem, 23/03, Madeleine Albright, primeira mulher a ocupar o cargo de Secretária de Estado dos Estados Unidos. Madeleine também foi uma das primeiras mulheres a se destacar entre os "falcões de guerra" Democratas, ganhando o epíteto de "Açougueira de Georgetown".
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Nascida na antiga Tchecoslováquia, Madeleine Albright imigrou para os Estados Unidos com sua família nos anos 40. Destacou-se como acadêmica e colunista de jornais nos anos 60, escrevendo uma série de textos recheados de anticomunismo virulento.
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Filiada ao Partido Democrata, iniciou sua carreira política angariando fundos para a campanha de Edmund Muskie ao senado. Em 1976, ingressou na equipe de Zbigniew Brzezinski, Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter.
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Durante o governo Carter, Madeleine ajudou a articular as ações militares conduzidas pelos Estados Unidos, como o financiamento aos mercenários que lutaram contra os sandinistas na Nicarágua e a criação da força de combate mujahidin no Afeganistão.
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Nos anos 80, integrou conselhos de think tanks e tornou-se pesquisadora do Smithsonian Institution, envolvendo-se com o fomento às revoluções coloridas no Leste Europeu e a movimentos anticomunistas como o Solidariedade, dirigido por Lech Walesa.
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Em 1992, após a eleição de Bill Clinton à presidência, Madeleine Albright foi nomeada como Embaixadora dos EUA na ONU. Sua gestão foi marcada pelo recrudescimento do intervencionismo belicista e pela imposição agressiva dos interesses estadunidenses no tabuleiro global.
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Como chefe da delegação estadunidense da ONU, Madeleine atuou para impedir a intervenção da comunidade internacional na guerra civil travada entre tutsis e hutus em Ruanda e buscou neutralizar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
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O conflito logo escalonou para um genocídio perpetrado contra os tutsis. Os Estados Unidos, entretanto, permitiram que o genocídio continuasse, pois tinham preferências comerciais pelo domínio político dos hutus. O Genocídio de Ruanda deixou mais de um milhão de mortos.
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Madeleine Albright também articulou a aprovação de sanções econômicas brutais contra o Iraque, alegando falsamente que o governo de Saddam Hussein estaria produzindo armas de destruição em massa.
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O embargo ao Iraque incluía até mesmo proibição de adquirir alimentos e remédios. Estima-se que mais de 1,5 milhão de iraquianos morreram em função das sanções, incluindo 500 mil crianças - a maioria de fome e doenças relacionadas à desnutrição.
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Ao ser questionada no programa 60 Minutes se acreditava que as sanções tinham valido a pena, mesmo custando a morte de 500 mil crianças, Madeleine respondeu que sim. Madeleine foi uma das principais defensoras da guerra ao Iraque.
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Em uma discussão com Colin Powell, Madeleine chegou a questionar "qual o sentido de ter esse magnífico aparato militar e não usá-lo". A falsa alegação de Madeleine de que o Iraque tinha armas de destruição em massa foi requentada para justificar a invasão do país em 2003.
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Em 1997, Madeleine foi nomeada por Clinton como Secretária de Estado. À frente da pasta, intensificou o assédio às nações do Oriente Médio, preparando o terreno para as guerras de Bush. Buscou isolar e sancionar governos não alinhados e atuou para ampliar a OTAN.
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Madeleine foi responsável por articular o ingresso da OTAN na Guerra do Kosovo, alegando que o governo iugoslavo estava conduzindo um genocídio. Embora não possuísse defesas antiaéreas, a Iugoslávia foi violentamente bombardeada por 78 dias seguidos.
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Alegando "razões humanitárias", a OTAN bombardeou estações de televisão, redes de eletricidade, sistemas de abastecimento hídrico e diversos outros alvos civis. Clinton alegou, falsamente, que 100 mil kosovares albaneses haviam sido assassinados pela Iugoslávia.
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A intervenção militar deixou quase 20 mil mortos. Após o conflito, o governo do Kosovo foi obrigado a privatizar seus sistemas de telecomunicações e os correios. Um fundo de investimentos pertencente a Madeleine - Albright Capital Management - beneficiou-se da transação.
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A Guerra do Kosovo e a fragmentação da Iugoslávia criaram diversas oportunidades de negócios para empresários estadunidenses, beneficiados em privatizações, concessões e contratos lucrativos. Muitos eram parentes ou pessoas diretamente vinculadas a Madeleine.
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Após o governo Clinton, Madeleine dedicou-se aos negócios, assumindo um assento no conselho gestor da Bolsa de Valores de Nova York e tornando-se sócia de Jacob Rothschild e George Soros em investimentos na África.
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Madeleine Albright também seguiu participando ativamente de think tanks de estratégias políticas e militares e assessorando os governos democratas nas últimas duas décadas. Foi condecorada por Barack Obama por "seus esforços em prol da paz".
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Após uma vida inteira dedicada a promover guerras, ataques, pilhagens, massacres e genocídios, Madeleine Albright publicou em 2018 o livro "Fascismo - Um Alerta", que lhe rendeu o inacreditável título de "militante antifascista" nos Estados Unidos.
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