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Mar 30, 2023, 27 tweets

AGORA EM SP: Começa em instantes a reunião da Congregação da Faculdade de Direito da USP (@de_usp) que analisará o pedido para a renomeação da sala Amâncio de Carvalho. Alunos e organizações se mobilizam no Largo de São Francisco em memória e justiça à Jacinta.👇🏿🎥:@gilluizmendes

Amâncio de Carvalho foi professor de medicina legal na USP e autor de um experimento racista que embalsamou e violou o corpo de Jacinta Maria de Santana durante 30 anos. A Ponte contou a história de Jacinta descoberta pela historiadora @jardim_suzane. 👇🏿
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Após a repercussão da reportagem da Ponte, coletivos de estudantes e organizações da sociedade civil se mobilizaram para cobrar que as homenagens ao professor Amâncio de Carvalho fossem retiradas da Faculdade de Direito. 👇🏿

Manoela Morais, presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, destaca que o corpo de Jacinta era utilizado em trotes estudantis racistas. "É importante a gente debater sobre e convencer eles [professores] que uma ciência racista é sim racismo. Eugenia é racismo". 🎥:@gilluizmendes

"Trata-se que essa universidade é um território que fabricou muitos eugenistas, muitos fascistas que foram e que são operadores de Direito. E os operadores de Direito neste país vão lidar com a população preta, pobre e periférica", diz Regina Lúcia, do MNU.👇🏿

🎥:@gilluizmendes

"Mesmo depois de nossas mortes, nossos corpos são violentados, vilipendiados e expostos como o corpo de Jacinta", denuncia Mariana Souza, codeputada da @bfeministapsol durante o ato na frente da sala da Congregação. 👇🏿

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"Sou antirracista, mas a Sanfran está defendendo eugenista", protestam os manifestantes na porta da sala da Congregação, que é formada em sua maioria por professores, mas há também funcionários, alunos e ex-alunos da @de_usp. 👇🏿

🎥:@gilluizmendes

Segundo o repórter @gilluizmendes, houve um princípio de tumulto em frente a sala da Congregação. Membros da Congregação pediram para que parasse, momentaneamente, o protesto no local. Ali próximo também está sendo realizado um simpósio com pessoas autistas.👇🏿

🎥: @DanArroyoFoto

O ato deve ser retomado assim que começar a votação entre os membros da Congregação. 👇🏿

📷: @DanArroyoFoto

Na porta da sala onde o colegiado está reunido, há um retrato do escritor Monteiro Lobato, que estudou na Faculdade de Direito da USP e também é alvo de repúdio pelo racismo presente em suas obras.👇🏿

📷: @DanArroyoFoto

Letícia Chagas, ex-presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto e formada na 1ª turma de cotistas da Sanfran, cobra os membros da Congregação: "nós vamos tirar Amâncio de Carvalho de lá a força. Aquela sala a partir de hoje não se chama mais Amâncio de Carvalho".🎥: @gilluizmendes

Na porta da sala onde ocorre a votação, os alunos citam os nomes dos professores que estão na Congregação e pontuam: "eugenia é racismo". 👇🏿

🎥: @gilluizmendes

Na reunião, o diretor da Faculdade de Direito da USP Celso Fernandes Campilongo alega que os pareceres apresentados à Congregação são inconclusivos e propõe que a votação seja suspensa para que fosse feita mais investigações sobre a vida de Amâncio de Carvalho.👇🏿

Floriano de Azevedo Marques Neto, também professor membro do colegiado, propõe outro processo para homenagear Jacinta e outras personalidades esquecidas em uma só sala. Segundo @gilluizmendes, que acompanha o ato no lado de fora, os alunos não concordam com as sugestões. 👇🏿

Durante a votação, o professor Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi disse que há consenso sobre o combate ao racismo dentro da Faculdade de Direito da USP mas que não há informações sobre Amâncio de Carvalho.

Nenhum professor membro da Congregação é negro, informa @gilluizmendes.

"Ô professor, bora estudar! Os cotistas vão te ensinar", gritam os estudantes na porta da reunião do colegiado. 👇🏿

🎥:@gilluizmendes

Os alunos leem em jogral o trecho do relatório que afirma que o professor Amâncio de Carvalho era eugenista. 👇🏿

🎥:@gilluizmendes

O professor Rafael Diniz Pucci apresentou seu parecer em favor da retirada da homenagem a Amâncio de Carvalho da sala. Na mesma linha, os professores Marcus Orione Gonçalves Correia e Flávio Roberto Batista falaram sobre a importância desse posicionamento. 👇🏿

Flávio Batista lembrou que eugenia é racismo também e que 20% do corpo discente da faculdade se sente desrespeitado. Após as discussões, a Congregação decidiu realizar duas votações: a primeira para avaliar o parecer da comissão da Sanfran e a segunda sobre a retirada do nome.👇🏿

AGORA: Congregação da Faculdade de Direito da USP (@de_usp) decide, em votação, pela retirada do nome de Amâncio de Carvalho da sala. Estudantes comemoram a vitória do parecer da comissão na Sanfran: "é pela Jacinta!".👇🏿

🎥: @gilluizmendes

Valentina Garcia, do Coletivo Angela Davis, celebra a mobilização de estudantes negros para a renomeação da sala dentro da faculdade. "Era urgente que tirasse, todo movimento negro estava pedindo", afirma. 👇🏿

🎥: @gilluizmendes

Logo após a decisão, os alunos foram até a sala para retirar o retrato do professor eugenista Amâncio de Carvalho. "Isso é só ocomeço, os estudantes vão virar a Sanfran do avesso", avisam. 👇🏿

🎥: @gilluizmendes

O ato continua fora do prédio da Faculdade de Direito. 👇🏿

🎥: @gilluizmendes

Regina Lúcia dos Santos, liderança do Movimento Negro Unificado (MNU), orgulha-se da luta da juventude negra. 👇🏿

🎥: @gilluizmendes

Retrato do professor eugenista Amâncio de Carvalho é retirado de dentro da Faculdade de Direito da USP pelos estudantes. 👇🏿

📷: @DanArroyoFoto

Agora dentro do Centro Acadêmico XI de Agosto, o retrato de Amâncio de Carvalho é colocado sob o livro "Racismo Estrutural", escrito por Silvio Almeida (@silviolual), ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania.

📷: @DanArroyoFoto

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