AGORA EM SP: Começa em instantes a reunião da Congregação da Faculdade de Direito da USP (@de_usp) que analisará o pedido para a renomeação da sala Amâncio de Carvalho. Alunos e organizações se mobilizam no Largo de São Francisco em memória e justiça à Jacinta.👇🏿🎥:@gilluizmendes
Amâncio de Carvalho foi professor de medicina legal na USP e autor de um experimento racista que embalsamou e violou o corpo de Jacinta Maria de Santana durante 30 anos. A Ponte contou a história de Jacinta descoberta pela historiadora @jardim_suzane. 👇🏿 ponte.org/principal-facu…
Após a repercussão da reportagem da Ponte, coletivos de estudantes e organizações da sociedade civil se mobilizaram para cobrar que as homenagens ao professor Amâncio de Carvalho fossem retiradas da Faculdade de Direito. 👇🏿
Manoela Morais, presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, destaca que o corpo de Jacinta era utilizado em trotes estudantis racistas. "É importante a gente debater sobre e convencer eles [professores] que uma ciência racista é sim racismo. Eugenia é racismo". 🎥:@gilluizmendes
"Trata-se que essa universidade é um território que fabricou muitos eugenistas, muitos fascistas que foram e que são operadores de Direito. E os operadores de Direito neste país vão lidar com a população preta, pobre e periférica", diz Regina Lúcia, do MNU.👇🏿
"Mesmo depois de nossas mortes, nossos corpos são violentados, vilipendiados e expostos como o corpo de Jacinta", denuncia Mariana Souza, codeputada da @bfeministapsol durante o ato na frente da sala da Congregação. 👇🏿
"Sou antirracista, mas a Sanfran está defendendo eugenista", protestam os manifestantes na porta da sala da Congregação, que é formada em sua maioria por professores, mas há também funcionários, alunos e ex-alunos da @de_usp. 👇🏿
Segundo o repórter @gilluizmendes, houve um princípio de tumulto em frente a sala da Congregação. Membros da Congregação pediram para que parasse, momentaneamente, o protesto no local. Ali próximo também está sendo realizado um simpósio com pessoas autistas.👇🏿
Na porta da sala onde o colegiado está reunido, há um retrato do escritor Monteiro Lobato, que estudou na Faculdade de Direito da USP e também é alvo de repúdio pelo racismo presente em suas obras.👇🏿
Letícia Chagas, ex-presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto e formada na 1ª turma de cotistas da Sanfran, cobra os membros da Congregação: "nós vamos tirar Amâncio de Carvalho de lá a força. Aquela sala a partir de hoje não se chama mais Amâncio de Carvalho".🎥: @gilluizmendes
Na porta da sala onde ocorre a votação, os alunos citam os nomes dos professores que estão na Congregação e pontuam: "eugenia é racismo". 👇🏿
Na reunião, o diretor da Faculdade de Direito da USP Celso Fernandes Campilongo alega que os pareceres apresentados à Congregação são inconclusivos e propõe que a votação seja suspensa para que fosse feita mais investigações sobre a vida de Amâncio de Carvalho.👇🏿
Floriano de Azevedo Marques Neto, também professor membro do colegiado, propõe outro processo para homenagear Jacinta e outras personalidades esquecidas em uma só sala. Segundo @gilluizmendes, que acompanha o ato no lado de fora, os alunos não concordam com as sugestões. 👇🏿
Durante a votação, o professor Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi disse que há consenso sobre o combate ao racismo dentro da Faculdade de Direito da USP mas que não há informações sobre Amâncio de Carvalho.
Nenhum professor membro da Congregação é negro, informa @gilluizmendes.
"Ô professor, bora estudar! Os cotistas vão te ensinar", gritam os estudantes na porta da reunião do colegiado. 👇🏿
O professor Rafael Diniz Pucci apresentou seu parecer em favor da retirada da homenagem a Amâncio de Carvalho da sala. Na mesma linha, os professores Marcus Orione Gonçalves Correia e Flávio Roberto Batista falaram sobre a importância desse posicionamento. 👇🏿
Flávio Batista lembrou que eugenia é racismo também e que 20% do corpo discente da faculdade se sente desrespeitado. Após as discussões, a Congregação decidiu realizar duas votações: a primeira para avaliar o parecer da comissão da Sanfran e a segunda sobre a retirada do nome.👇🏿
AGORA: Congregação da Faculdade de Direito da USP (@de_usp) decide, em votação, pela retirada do nome de Amâncio de Carvalho da sala. Estudantes comemoram a vitória do parecer da comissão na Sanfran: "é pela Jacinta!".👇🏿
Valentina Garcia, do Coletivo Angela Davis, celebra a mobilização de estudantes negros para a renomeação da sala dentro da faculdade. "Era urgente que tirasse, todo movimento negro estava pedindo", afirma. 👇🏿
Logo após a decisão, os alunos foram até a sala para retirar o retrato do professor eugenista Amâncio de Carvalho. "Isso é só ocomeço, os estudantes vão virar a Sanfran do avesso", avisam. 👇🏿
Agora dentro do Centro Acadêmico XI de Agosto, o retrato de Amâncio de Carvalho é colocado sob o livro "Racismo Estrutural", escrito por Silvio Almeida (@silviolual), ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania.
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FOLHA NA DITADURA 🪖| Uma série de reportagens da Ponte revelou detalhes de como o Grupo Folha, que publica o jornal Folha de S.Paulo (@folha), atuou com auxílio material e editorial na ditadura militar no Brasil.
Vem entender no fio essa ligação investigada pelo MP-SP.🧶
O Grupo Folha é alvo de um inquérito do Ministério Público de São Paulo (@mpsp_oficial) que se baseia em um relatório feito por pesquisadores de diferentes universidades reunindo depoimentos de vítimas e algozes, além de arquivos de memória sobre o golpe de 1964.👇🏿
A pesquisa, coordenada pela professora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ana Paula Goulart, tem como alvo a participação de empresas e foi financiada com dinheiro da Volkswagen, que assinou um acordo de reparação de danos por cumplicidade e violações durante o período.👇🏿
AGORA EM SP | Movimentos de mulheres dão início à @marchamulheres em frente ao MASP, na Av. Paulista, no centro da capital, neste #DiaInternacionalDaMulher. Este ano, a marcha tem como mote a defesa da vida de mulheres, no Brasil e na Palestina. #8M #8M2024
🎥: @DanArroyoFoto
A Marcha Mundial das Mulheres cobra a legalização do aborto no Brasil e luta contra a violência de gênero, de raça, o machismo. O ato também pede por uma Palestina livre ao cobrar por paz, justiça, liberdade e igualdade. A @PMESP acompanha o protesto. 👇🏿 📷:@DanArroyoFoto
Rose Santos, 39, militante e professora, fala da importância da manifestação de hoje: "a gente vem de um governo progressista mas é importante essa participação ativa e independente das mulheres. As mulheres estarem nas reuas e não só confiando em governos". 📷:@DanArroyoFoto
[AGORA] Protesto reúne sindicatos e movimentos sociais contra privatização do sistema prisional pelo governo @LulaOficial. Ato acontece diante da B3, centro de São Paulo, logo após leilão p/ construir presídio privado em Erechim (RS). Foto: @DanArroyoFoto
"Não à privatização" é o grito de guerra, relata a repórter @mendoncjeniffer
@mendoncjeniffer "Muito triste ao ver que se alastra o desejo de torturar seres humanos", afirma Vera Lúcia, da coordenação nacional da @carceraria
Há 59 anos, o Brasil adentrava uma das eras mais sombrias de sua história. O golpe civil-militar de 1964 deixou sequelas na construção do país e nas centenas de vítimas que foram perseguidas pelo regime. Apesar disso, a @PMESP exalta o golpe no brasão da corporação desde 1981. 🧶
O símbolo composto por 18 estrelas prateadas representa “marcos históricos” da Polícia Militar de São Paulo e traz a figura de um bandeirante e um soldado. Inicialmente, quando foi criado em 1958 pelo ex-governador Jânio Quadros, o brasão tinha 16 estrelas.👇🏿
Passados 23 anos, um decreto do então governador do estado Paulo Maluf incluiu outras duas estrelas em homenagem à 2ª Guerra Mundial e à “revolução de março” de 1964, termo usado pelos simpatizantes da ditadura para se referir ao golpe. 👇🏿
AGORA EM SP: Um ato em memória e justiça por Jacinta Maria de Santana acontece na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, região central da capital paulista. O encontro é organizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto e o Coletivo Angela Davis.👇🏿
📷: @DanArroyoFoto
Alunos, organizações e movimentos sociais se reúnem para pedir a mudança do nome de uma sala que leva o nome do médico Amâncio de Carvalho, professor que foi responsável por uma experiência racista que violou o corpo de Jacinta. 👇🏿
A Ponte contou a história de Jacinta em 2021. Ela teve o corpo embalsamado, exposto como
curiosidade científica e utilizado em trotes estudantis no Largo São Francisco. Uma reportagem especial destrinchou a pesquisa da historiadora Suzane Jardim.👇🏿 ponte.org/principal-facu…
IMPACTO | Reportagem da Ponte de 2019 que denunciou a prisão sem provas de Vinicius Villas Boas foi citada na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que o absolveu. 👇🏿
Vinicius ficou preso por quase três anos após passar por reconhecimento irregular. Desembargadores reconheceram provas frágeis e citaram as imagens divulgadas pela Ponte que mostraram contradições na versão da polícia.