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Jul 31, 2023, 38 tweets

O assassino otaku:

AVISO: O conteúdo a seguir pode conter gatilhos de decapitação, mutilação, estupro, pedofilia e necrofilia. Caso não se sinta confortável, recomendamos não prosseguir com a leitura.

Tsutomu Miyazaki, mais conhecido como Otaku Assassino, Drácula e Maníaco de Saitama, nasceu em Itsukaichi, Tóquio, no dia 21 de agosto de 1962. Foi um serial killer que matou quatro meninas, de 4 a 7 anos.

Ele nasceu de forma prematura, e antes acreditavam que esse seria o motivo de ter nascido com suas mãos deformadas. Posteriormente, souberam que sua mãe não era biológica, e que ele era fruto de um relacionamento incestuoso entre seu pai e a irmã mais velha.

Suas mãos eram retorcidas e totalmente fundidas aos pulsos, sendo necessário que movesse todo seu antebraço para poder girá-las.

Sua infância foi conturbada, e o único suporte emocional que tinha e poderia contar, era de seu avô, pois suas irmãs e seus pais rejeitavam sua presença, apenas cobravam bom desempenho escolar.

Quando seu único apoio faleceu, ele se tornou uma criança mais isolada e teve depressão, então criou um refúgio da realidade através de mangás, animes e filmes de terror.

Segundo fontes, após o falecimento, uma de suas irmãs o flagrou a assistindo enquanto tomava banho. Quando o confrontou e pediu que saísse, ele tentou a agredir. Ao ouvir a discussão, a mãe tentou intervir, mas também sofreu uma tentativa de agressão.

Devido à pressão que sua família fazia em prol do seu bom desempenho escolar, ele escondeu que sofria bullying na escola primária de Itsukaichi, por causa das suas mãos. Era visto como um aluno inteligente e esforçado, mas mudou no decorrer do ensino médio.

Estudou na Meidai Nakano, uma escola de ensino médio; nos primeiros anos, era considerado um aluno popular por suas notas altas, mas ao longo do tempo, elas caíram drasticamente.

Seu plano inicial era ser professor de inglês, mas, pelas notas, resolveu estudar em uma universidade local para se tornar fotógrafo.

Tsutomu começou a consumir pornografia e "migrou" para a pornografia infantil com o passar do tempo. De acordo com as investigações, ele tinha mais de 5.700 itens de animes, mangás, filmes de terror e fitas com pornografia infantil.

Acredita-se que Guinea Pig (são oito filmes divididos em episódios de gore/slasher de terror japonês, dos anos 1980 e 1990) tenha sido a principal influência para que ele cometesse os crimes, principalmente os dois primeiros, pelo método ter sido semelhante aos seus assassinatos.

Por não ser considerado suspeito, começou a planejar sobre como abordaria a próxima vítima, e assim o fez, no dia 3 de outubro com Masami Yoshizawa, de 7 anos. Ele a avistou caminhando e repetiu o processo: a atraiu para o carro e a levou para as colinas de Komine.

Ao chegar no local, a estrangulou e a estuprou. Despiu seu corpo, como fez com a Mari, e levou as roupas como troféu. Seu corpo foi deixado a cerca de 100 metros de distância da primeira vítima.

Cinco meses após o assassinato de Mari, cortou as mãos e os pés para guardar como troféus, ateou fogo no corpo e comeu algumas cinzas. As partes que sobraram foram guardadas em uma caixa com fotos da roupa que ela usou junto a alguns de seus ossos.

A caixa continha uma carta, feita com papéis de jornal, que dizia: "Mari. Cremada. Ossos. Investigar. Provar." e deixou na frente da casa dos pais.

Depois, enviou outra carta para a família, mas com três páginas, para enfatizar que os ossos eram de Mari. Junto com as cartas, enviou uma foto dela, pois tinha assistido uma conferência em que a polícia disse que não eram os ossos da menor, e assinou com o pseudônimo Yuko Imada.

Os policiais analisaram a última carta enviada, perceberam que Yuko Imada poderia servir como um código que significa "Eu posso dizer agora" e graças à foto anexada, perceberam que o material só era acessível para fotógrafos profissionais.

No dia 12 de dezembro, ele foi atrás de sua terceira vítima, Erika Namba, de 4 anos. Como ele não conseguiu convencê-la a entrar no carro, teve de obrigá-la.

Ela estava voltando da casa de uma amiga quando foi raptada por Miyazaki. Ele dirigiu seu carro até um estacionamento em Naguri, Saitama, quando a obrigou a se despir para fotografar seu corpo no assento traseiro do veículo.

Por ela estar chorando muito, Tsutomu perdeu a paciência, gritou com a menor e a enforcou no automóvel. Dirigiu até um bosque perto do local para envolver o corpo de Erika em um lençol e descartá-lo em um bosque que ficava a cerca de 50 km de onde ela morava.

O corpo foi encontrado no dia seguinte, pois a polícia seguiu as pistas que mostravam que as três vítimas moravam em Saitama. Com isso, chegaram à conclusão de que poderia se tratar de um serial killer. A família recebeu uma carta que dizia: "Erika. Frio. Tosse. Garganta. Morte".

Pelo caso dela ter chamado atenção da polícia e da mídia, ele não cometeu nenhum crime até o dia 6 junho de 1989, quando raptou Ayako Nomoto, de 5 anos, após ganhar a confiança da criança e a convencer a tirar fotos no interior de seu carro.

Após esperar algumas horas, colocou seu cadáver sobre a mesa, o limpou, bebeu seu sangue e começou a filmar. Dois dias depois, o corpo de Ayako começou a exalar um cheiro forte de decomposição, o que fez com que ele se livrasse dele.

Ele cortou a cabeça, os pés e as mãos, que foram cozidos e ingeridos por ele posteriormente. Abandonou o tórax em um dos banheiros públicos próximos a um cemitério e jogou o resto do corpo em um bosque que ficava a cerca de 200 metros de sua casa.

A polícia encontrou o tórax de Ayako cinco dias após o abandono. Apesar das tentativas de buscar e prender o serial killer, nunca chegavam a alguma resposta, até o dia 23 de julho daquele mesmo ano.

Ele tentou fazer mais uma vítima ao ver duas irmãs brincando em Hachioji. Ao notar o sumiço da filha mais velha, o pai saiu imediatamente para procurá-la e a encontrou com Miyazaki, que fotografava suas partes íntimas.

Ao ver a cena, o pai derrubou Miyazaki no chão, mas ele conseguiu fugir, sendo preso por policiais que passavam pelo local. O assassino ficou detido por 17 dias, quando resolveu confessar o assassinato das quatro vítimas.

A polícia foi para sua casa e apreendeu vídeos que mostravam Mari e Erika. Ele confessou onde estava a cabeça de Ayako e seu crânio foi encontrado em uma das colinas de Okutama. Continuou preso até o julgamento, que começou no dia 30 de março de 1990.

No julgamento, ele disse que a culpa dos assassinatos foi do "homem rato" que o obrigava a fazer coisas que não queria. Após análises, os médicos acreditavam se tratar do seu alter ego.

As avaliações psiquiátricas detectaram que ele tinha esquizofrenia e transtorno dissociativo de identidade. Seu pai se recusou a pagar fiança, suicidando-se em 1994, 4 anos depois.

No dia 14 de abril de 1997, a decisão do tribunal distrital de Tóquio foi de condená-lo à pena de morte por enforcamento, e tal decisão foi reforçada em 2001, pois ele tinha conhecimento da gravidade dos crimes que cometeu.

Aos 45 anos, no dia 17 de junho de 2008, vinte anos após o primeiro crime, ele foi enforcado com mais dois detentos. Mesmo depois de tantos anos do crime e do julgamento, ele nunca pediu desculpas às famílias das vítimas, por acreditar ter feito um bom trabalho.

Pela repercussão do caso, o termo ‘otaku’ começou a ser usado de forma negativa no Japão, a partir de 1988. Era usado para retratar uma pessoa fanática pelas animações japonesas que tinha comportamentos criminosos e psicopatológicos.

Só após um certo tempo, pela cultura mundializada que aumentou a popularidade, que o termo foi reinventado por japoneses, para falar de pessoas que são fanáticas a respeito de qualquer hobby, principalmente por animações (animes e mangás), mas de forma positiva.

No livro intitulado ‘Monstros Asiáticos: 28 assassinos em série aterrorizantes da Ásia e do Extremo Oriente’, escrito por Robert Keller em 2017, ele cita casos como de Miyazaki, e também, de Futoshi Matsunaga, Zhang Yongming, Duan Guocheng e outros.

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