A mim, o mais importante das revelações da #VazaJato de hoje é o fato de que Dallagnol, outros procuradores, funcionário da Receita e provavelmente Moro, empreenderam uma devassa criminosa em dados fiscais de um monte de gente ligada à Lula. O que acharam? Absolutamente...
...nada. A paranóia persecutória e politicamente motivada de Dallagnol e sua turma os levavam a praticar crimes do tipo com base em “achismos” convenientes, com base no apetite por encontrar algo que pudesse incriminar Lula. Devassaram dados fiscais de Marisa Letícia...
...caseiro do sítio de Atibaia, antigos proprietários do sítio, nora de Lula e até de 11 seguranças do ex-presidente. Queriam encontrar um laranja e não acharam nada, ao contrário das pencas da família Bolsonaro, que continua em paz, muito bem, obrigado.
É mais uma prova de um monte de provas cabais de que por mais que tentassem, não conseguiam indício de crime de Lula e, na ausência disso é com apoio de poderosos, empreenderam uma ação criminosa para impedir que Lula tomasse parte na política e voltasse ao poder. Tivessem...
...alguma decência e compromisso com a justiça, nunca teriam condenado o cara. Assim como, estivéssemos num país de gente decente e minimamente democrática, Lula, a essa altura, já não estaria mais preso. Mas está. E isso diz muito sobre muito.
“Ligada a Lula”, sem crase.
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1) Reforça que é uma falácia a ideia de que jovens não se interessam por política. Se interessam e discutem sobre temas políticos nas redes digitais. É do jeito que você gostaria que fosse? Não? Problema seu. Continua sendo sobre política.
2) Lideranças de opinião importam, como já demonstravam Lazarsfeld, Berelson, Gaudet, Katz, lá na primeira metade do século XX. Na versão contemporânea, as lideranças são apelidaras de influencer e não se dedicam a falar diretamente sobre política, mas colateralmente;
Depois do absurdo da equivalência entre Dilma e Bolsonaro em editorial, hoje @folha investe na desinformação por metonímia maliciosa em outra clara investida em sinergia com o Governo Bolsonaro. "Servidor concentra 6 das 10 ocupações mais bem pagas" estampa manchete. (1)
"Servidor", assim no singular, como uma classe só. Uma classe só de grandes privilegiados endinheirados que oneram indevidamente os cofres públicos. E o singular é de propósito, serve para confundir e alimentar um movimento anti-funcionalismo. Mas aí você abre a notícia e (2)
E vê que esses funcionários que ocupam essa faixa de grandes salários e privilégios se concentram num segmento ultra-restrito e minoritário do funcionalismo público, principalmente no Judiciário: juízes, procuradores, promotores. Entram também diplomatas (3)
A Lava Jato, sempre defendi, nunca funcionou, exatamente, como uma operação jurídica e policial. As ações da operação sempre serviram menos para investigar e punir do que destruir reputações na esfera pública por meio de sua longeva parceria com a grande imprensa....
Seja vazando conversas privadas e íntimas que nada tem a ver com processos e muito menos configuram crimes, mas que permite ao juízo público condenar - e aí tivemos exemplos que vão de empresários a políticos passando por jornalista - seja vazando acusações de delatores que não..
... apresentam nenhuma prova do que dizem. Agora a coisa mudou. Com o caso do suposto membro do TCC, a Lava Jato inaugurou os vazamentos que não consistem em atacar e interferir na política por meio da destruição de reputações, mas em elogiar seus membros, mais notadamente...