THREAD | Amazônia, queimadas e fumaça estão no topo do debate brasileiro e mundial. Nesta sequência de postagens procuraremos trazer informações e números alicerçados em sólidos dados científicos das melhores fontes existentes. [foto de Daniel Beltrá/@GreenpeaceBR]
O problema na Amazônia é grave? Sim! Dados do @Imazon e @inpe_mct confirmam aumento do desmatamento. Só entre agosto de 2018 e julho de 2019 foram destruídos 5.054 km² de florestas na Amazônia, segundo o @Imazon. Apenas no mês de julho de 2019, o desmamento aumentou 66%.
Desmatamento e queimadas tem relação? Sim! Estudo do @IPAM_Amazonia mostra que as queimadas aumentam principalmente em zonas desmatadas. ipam.org.br/queimadas-na-a…
Por que a Amazônia é importante? Região no Brasil e países vizinhos é essencial para o equilíbrio ambiental e climático do planeta. Reúne biodiversidade incomparável. Umidade da floresta é vital pra ocorrência de chuva e, assim, da viabilidade da agricultura nacional. [foto @WWF]
As queimadas são um fato novo? Não! Elas tradicionalmente ocorrem nesta época do ano, temporada seca no Brasil Central. São criminosas, incidentais e, no caso do bioma Cerrado, algumas vezes naturais. [imagem @NASA]
Alguns meios noticiam uma temporada de fogo “sem precedentes” no Brasil. Procede? Não até agora! Os anos de 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010 tiveram muitas queimadas no Brasil. Até o momento, as queimas não superam recordes históricos informados pelo Inpe. [gráfico do @inpe_mct]
Mas as queimadas não estão mais numerosas nesse ano? Em alguns estados muito acima de anos anteriores e em outros perto ou abaixo de anos prévios. No cômputo nacional, é a pior temporada de fogo até agora em 7 ou 8 anos e tende a se agravar. [foto da @ebcnarede]
E em série histórica mais longa? Até o dia 16/8, a @NASA informou que as queimadas na região amazônica estavam “um pouco abaixo da média na comparação com os últimos 15 anos”. Mais em earthobservatory.nasa.gov/images/145464/….
Já o Global Fire Emissions Database, com dados de satélites da @NASA aponta que até 22/8 na Amazônia Legal as queimadas estão acima da média dos últimos dez anos e dentro da média dos últimos 20 anos.
No último fim de semana, a fumaça chegou até Buenos Aires, Montevidéu e o Rio Grande do Sul. Isso é inédito? Não! Quase todos os anos ocorre. Com maior ou menor densidade. A imagem de satélite é de 29/8/1995 e mostra um corredor de fumaça da Amazônia até Buenos Aires.
É possível que a fumaça desça de novo mais ao Sul? Totalmente! Tudo está relacionado às correntes de vento na baixa troposfera. Já neste fim de semana a fumaça retorna ao Nordeste argentino. [imagem @CopernicusEU]
Foi fumaça que escureceu São Paulo na segunda? Em parte. A redução da visibilidade ocorreu primariamente por nuvens carregadas. A fumaça foi um significativo agravante. A soma dos dois fatores gerou a escuridão incomum.
A fumaça que chegou a São Paulo veio da Amazônia? Em parte sim. Já havia um corredor de fumaça da região amazônica até São Paulo. No trajeto foi alimentado por fumaça muito densa de um grande incêndio em Roboré, na Bolívia.
A fumaça pode trazer chuva de fuligem? Sim, em 13 de agosto de 2010, Porto Alegre teve chuva laranja. Carros ficaram cobertos de fuligem que se precipitou junto com a chuva. A origem foram queimadas na região amazônica. [foto de arquivo da @metsul]
Houve chuva preta mesmo em São Paulo na segunda? Sim! Análises químicas feitas por experts da USP e Universidade de São Caetano encontraram compostos na chuva resultantes de queima de biomassa. Foi um evento excepcional e raro, tamanha era a densidade da fumaça na atmosfera.
A fumaça pode afetar a saúde! Sim, trata-se de material particulado que, assim como a poluição não resultante de biomassa, pode agravar problemas respiratórios. Isso é pior em cidades do Centro-Oeste e do Norte do Brasil.
As queimadas interferem no clima planetário? Sim! A atmosfera é caótica e múltiplos fatores podem interferir. Queima da biomassa gera gases do efeito estufa que contribuem para o aquecimento do planeta. Julho foi o mês mais quente já documentado pela Meteorologia.
O clima neste ano tem relação com o aumento das queimadas. Em parte. O número de dias com chuva no ano pode até ser maior em 2019, mas os últimos três meses foram de temperatura muito acima do normal e chuva abaixo da média nas áreas com muito fogo. [mapas via Inmet].
Por fim, temas com tal gravidade geram confrontos de narrativas. Recomendamos sempre a consulta diretamente em fontes científicas de qualidade. No caso do Brasil, o @inpe_mct faz estupendo trabalho de monitoramento que é usado de exemplo até pelo governo norte-americano. 👍🌳
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🔴 ATENÇÃO | Guaíba está refluindo pela rede pluvial e causa muitos alagamentos na Avenida Voluntários da Pátria, perto da estação São Pedro do @Trensurb. É o maior alagamento que já vimos em cheia nesta área. Situação complicada na Voluntários com muita água. 📷 @metsul
AGORA | Funcionários de empresas estão auxiliando as pessoas que deixam a estação São Pedro a cruzar o alagamento pela enchente do Guaíba que tomou conta da Voluntários da Pátria. A água subiu muito na madrugada, nos relatou funcionário de loja de refrigeração. Evite a região!
AGORA | Há muita água na área da Voluntários da Pátria, Ernesto da Fontoura e Avenida Missões. Alagamento é intransitável na Missões com Ernesto da Fontoura para veículos leves.
💨🌀 THREAD | Há críticas nesta quarta à previsão do tempo pelo ciclone. Críticas são sempre bem-vindas e legítimas desde que fundamentadas em dados objetivos. Como nossa relação com vocês do público é de transparência, analisemos o que foi previsto e o que ocorreu (ou não).
1️⃣ Que seria um ciclone atípico de natureza subtropical e posteriormente tropical. Ocorreu! Sistema foi batizado pela Marinha de tempestade subtropical Yakecan e apenas sistemas anômalos (subtropicais ou tropicais) são nomeados na costa brasileira.
2️⃣ Que o sistema seria intenso na costa com pressão atipicamente baixa. Ocorreu! Pressão ontem no centro do ciclone era de 990 hPa, o que é muito raro de ocorrer em latitudes de 30°S.
TEMPO | Experimente olhar para o céu agora em Porto Alegre e região metropolitana. Era pra estar azul. Está cinza. Por fumaça, muita fumaça em suspensão na atmosfera. Se fotografar o céu agora ou no pôr do sol envie para nós. metsul.com/muita-fumaca-d…
TEMPO | A imagem de satélite mostra que não há nuvens em Porto Alegre. Existe uma camada de nuvens baixas a Oeste da Lagoa dos Patos e nuvens esparsas a Sudoeste da cidade e no Sul da Serra, mas não em Porto Alegre. Mesmo assim a Capital está com aparência de nublado.
TEMPO | Céu no Rio Grande do Sul tomado por fumaça de queimadas do Pantanal, Amazônia e países vizinhos.
THREAD - TEMPO | Veja as belas imagens do amanhecer congelante de hoje na Serra Gaúcha por @aop2007 em Canela.
TEMPO | A temperatura mínima deste sábado na estação do Castelinho, quase na entrada do Parque do Caracol, foi de 3,2°C abaixo de zero. As lindas imagens de Canela são de @aop2007.
TEMPO | A geada foi forte em Canela e cobriu os campos de branco neste sábado, como mostram as fotografias de @aop2007. Quem pegou a estrada e acordou cedo viu paisagens deslumbrantes na região.
🔴 THREAD - ALERTA | A MetSul adverte para uma grave situação de enchentes de diversos rios com nascentes ou que cortam a Metade Norte do Rio Grande do Sul. As cheias em alguns locais devem ser as maiores desde o Super El Niño de 2015/2016.
ALERTA | A chuva volumosa do ciclone bomba da última semana somada a do último domingo e aos elevadíssimos volumes fará com que diversos rios saiam do seu leito. Alguns transbordarão já nas próximas horas e outros terão cheia nos próximos dias.
ALERTA | Rios de resposta mais rápida à chuva na Serra que exigem muita atenção nas próximas horas são o Caí (região de São Sebastião do Caí), Paranhana, o Antas e o Taquari no médio e alto Vale.
TEMPO | Ciclone extratropical de hoje foi o mais grave episódio de vento no Litoral Norte gaúcho desde o furacão (ciclone tropical) Catarina em 28 de março de 2004, segundo análise da @metsul. Danos em Capão da Canoa (fotos) foram piores que no Catarina que afetou mais Torres.
TEMPO | Capão da Canoa foi um dos locais mais atingidos no Litoral Norte gaúcho pelo ciclone bomba com significativos estragos na área central do balneário e nos bairros. Modelo WRF da @metsul projetava desde segunda vento de 120 km/h no município.
Casas, prédios, estabelecimentos comerciais e prédios públicos foram destelhados pelo vento do ciclone bomba em Capão da Canoa. Estruturas colapsaram e houve ainda desabamentos. Não há leitura de vento em Capão da Canoa, mas estimamos rajadas acima de 120 km/h.