Tentando acertar o momento da recessão, assim pressionar ainda mais os “salvadores do mundo” pós-2008 (os Bancos Centrais), há o confrontamento da ideia de Schumpeter, que os ciclos duram de 8 a 10 anos, com o ponto de Samuelson, que os ciclos são obras de ficção científica.
Há a inevitabilidade do reconhecimento de que o poder emana realmente daquele capaz de influenciar diretamente o bem-estar e a vida das pessoas, mesmo que artificialmente, como no período em que foi formado deliberadamente o cataclísmico subprime model.
Do outro lado, as verdades absolutas históricas vêm sendo dizimadas pela realidade e posto escolas e operadores em constante negação. A insistência em não aceitar a transformação piora ainda mais o ambiente.
Modelos preditivos obsoletos não passam de exercícios inócuos de futurologia. O desejo enlouquecido de acreditar na capacidade infinita de resgate pelo “Estado”, representando pelas “independentementes” autoridades monetárias cegou uma (ou várias) geração de donos da verdade.
A revolução nos meios de produção e consumo já deveria ter posto em questionamento as aferições de PIB, potencial e por consequencia hiatos de produto e dinâmica inflacionária. Perdemos o medo no senso comum, apoiados na falsa afirmação de que seremos resgatados no matter what.
É natural que busquemos espaço para acomodar o tsunami de recursos que (ufa!) busca a indústria de investimentos. O fluxo gigantesco de recursos alocados nos mercados mais líquidos do mundo (juros), não têm qualquer relação com a realidade da dinâmica econômica nem com o “ciclo”.
Estamos lutando para criar o convencimento coletivo de que a nova normal é ver postes urinando em cachorros, esperando que o odor do movimento jamais contamine o ambiente. Deveríamos ser questionar mais e ter menos convicção, mas fomos engolidos pela soberba! Pena! E um perigo!
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Minha crítica à balburdia que estão a cidade e o estado de São Paulo com estas medidas mais ou menos restritivas, é que não há qualquer tipo de planejamento objetivo. É cada vez mais evidente o modelo de tentativa e erro, sem qualquer parâmetro tangível de mensuração. (+)
O sacrifício que está sendo feito pelas empresas, pelos empresários e profissionais que arduamente mantém seu emprego é confrontado com as medidas impostas sem que exista a menor chance de preparação, adaptabilidade para implementação. Pior, não há responsabilização por isso! (+)
Durante o fim de semana (não dia util), fui ao supermercado e optei por não descer em duas unidades, tamanha era a movimentação e aglomeração. Se o argumento é que não há ciência aos que pedem a liberação gradual da economia, tampouco vejo dados efetivos no plano de contenção (+)
A decisão do @brunocovas é tão inacreditável, que nem olhando todos os pontos de vista é possível encontrar razoabilidade. Não há qualquer plano de ação em qquer esfera (municipal, estadual, federal). Recomendações genéricas enfraquecem o processo de entendimento. (1/7)
Este tipo de postura geral amplifica o quadro que criou esta falsa dicotomia que somente aceita verdades absolutas e posições diametralmente opostas. O ambiente de discussões está cada vez mais histérico e menos racional. A retórica parece dispensar o planejamento. (2/7)
Ao invés da caminharmos na direção da compreensão dos caminhos de saída da situação, o Estado segue exigindo esforços extraordinariamente grandes daqueles que simplesmente tentam fazer sua parte e são achacados pela política da tentativa e erro. (3/7)
Segundo circuit breaker em três dias. Thread para tentar contribuir e acomodar o lado comportamental. O investidor tende a ser contraintuitivo. Comprar no momento da euforia e vender no momento do pânico. Agora, há uma convergência de fatores de alta complexidade e incerteza (+)
O grande período de alta acumulou lucros e gorduras que em momentos de reversão de fluxo são (ou tentam ser) protegidos a qualquer custo e este movimento só faz aumentar a intensidade da força vendedora. A exaustão dos BC's como arrimo de tudo foi testada sem dó. (+)
Parte importante do atual movimento vem da incredulidade (e do medo consequente) que o mercado tem frente à evidente ineficácia do mesmo remédio prescrito desde 2008. Liquidez abundante e estímulo monetário via juros. Em função do quão sem precedente foi o ciclo (+)