Thread | A história esquecida dos Soldados da Borracha, nordestinos recrutados pelo governo brasileiro para trabalhar nos seringais durante a Segunda Guerra, mas que, ao término do conflito, foram abandonados pelo Estado brasileiro e até hoje lutam na justiça para receber o que o
Governo da época prometeu.
Quando o governo de Getúlio Vargas se tornou, oficialmente, aliado dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra, o Estado brasileiro, visando obter lucros, iniciou um novo ciclo da borracha na região amazônica. A ação visava coletar látex para
exportar o produto aos Estados Unidos e Europa.
Para concretizar o projeto, Vargas apelou, novamente, aos homens nordestinos, mesma população que migrou para o norte do país, 4 décadas antes, para desbravar os seringais amazônicos. Então, o governo brasileiro criou o órgão SEMTA
(Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia), o qual alistava compulsoriamente jovens nordestinos, obrigando-os a seguirem para os extensos seringais da região norte.
O regime de contratação de trabalho pertencia ao exército brasileiro e era realizado pela
FEB (Força Expedicionário Brasileira), transformando esses jovens em soldados da borracha, ou seja, no papel, eram como qualquer outro soldado do exército brasileiro.
A cidade escolhida como centro do recrutamento foi Fortaleza, no Ceará. Em dois anos de esforço, mais de 60 mil
pessoas foram enviadas para a região amazônica.
Os jovens e suas famílias foram expostos a terríveis condições de sobrevivência. Parte significativa deles, mais de 10 mil, morreu de malária, ataque de indígenas e de outras causas muito comuns mata adentro. No norte, já na
região amazônica, trabalhavam cerca de 14 horas por dia, e ficavam à mercê de donos de seringais. Mesmo sendo equiparados a soldados brasileiros, o Estado resolveu mantê-los como empregados normais, ajudando a enriquecer os grandes proprietários da seringa na região.
Ao fim do
conflito, Vargas simplesmente esqueceu dos soldados da borracha. Quando iniciou o recrutamento, o governo brasileiro prometeu aos soldados da borracha pensão vitalícia concedida a veteranos de guerra, terras e retorno para a casa.
A grande maioria, porém, não conseguiu voltar às
suas cidades, por conta de dívidas contraídas em armazéns de proprietários de seringais, falta de dinheiro para o retorno ou enfermidades que dificultavam a viagem penosa de volta ao lar.
Nenhum deles recebeu um centavo, e muitos morreram de fome após serem demitidos, por causa
da diminuição da demanda pelo látex. Ao contrário do tratamento dado aos pracinhas, que combateram na Europa, os soldados da borracha foram abandonados à própria sorte.
O abandono desses homens pelo Estado brasileiro, pra variar um pouco, só foi reconhecido em 1988, e as
indenizações foram liberadas apenas em 2014. Nesse ano, a quantia de 25 mil reais deveria ter sido depositada na conta dos poucos homens que sobraram.
No entanto, essas indenizações ainda não foram totalmente pagas aos ex-soldados.
Destino bem diferente dos benefícios que o
Estado deu às famílias de donos de seringais, que, em sua maioria, continuam ricas e dominando parte significativa da economia na Região Norte.
Numa viagem ao interior de Minas Gerais, o Imperador Dom Pedro II observou, no meio da multidão, uma negra que fazia grande esforço para se aproximar dele, mas as pessoas à sua volta procuravam impedi-la.
Compadecido, ordenou que a deixassem aproximar-se.
“Meu senhor, eu sou Eva, uma escrava fugida, e venho pedir a Vossa Majestade a minha liberdade.”
O Imperador mandou tomar as notas necessárias, e prometeu dar-lhe a liberdade quando regressasse. E efetivamente entregou à cativa o documento de alforria.
Algum tempo depois…
indo a uma das janelas do Palácio se São Cristóvão, no RJ, viu um guarda a tentar impedir que uma negra velha entrasse.
Sua memória prodigiosa reconheceu imediatamente a ex-escrava de Minas Gerais, e ele ordenou: “Entre aqui, Eva!”
ACRE • o nome vem de ‘aquiri’, corruptela de ‘uwákürü’, vocábulo do dialeto Ipurinã que denominava um rio local.
ALAGOAS • deriva dos numerosos lagos e lagoas que banham a região. Só Maceió possui 17 lagoas das mais de 30 no Estado.
AMAPÁ • a origem desse nome é controversa.
Na língua tupi, o nome Amapá significa ‘o lugar da chuva’.
A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialeto tupi jesuítico, que significa ‘terra que acaba’, ou seja: ‘ilha’.
AMAZONAS • o nome, que se transmitiu do rio à região e, depois, ao Estado, deve-se ao explorador espanhol Francisco de Orellana que, em 1541, ao chegar à região, teve de guerrear com uma tribo indígena.
O cronista da expedição relatou que os guerreiros eram, na verdade…
O lendário cão Argos, conhecido pela sua velocidade e inteligência, esperou 20 anos pelo retorno de seu amado dono, Ulisses (Odisseu), a Itaca.
Quando Odisseu se aproximou de sua casa, ele encontrou Argos velho, abandonado e maltratado, vítima de tiranos que tomaram sua terra…
ameaçando e matando quem ousasse enfrentá-los. O único que reconheceu Ulisses disfarçado de mendigo foi Argos, nem seu velho amigo o reconheceu. Ele ainda tinha força para baixar as orelhas e abanar o rabo, como que querendo se despedir, mas não conseguiu se levantar…
Incapaz de cumprimentar seu amado cachorro pois esse gesto revelaria sua verdadeira identidade, Ulisses passou por Argos (com os olhos marejados de lágrimas). Argos morreu abanando o rabo depois de ter reencontrado com Ulisses, após 20 longos anos.