1) No front externo estamos assistindo a materialização do cenário mais negativo. Trade war continua escalando com atitudes erráticas do Trump. As chances de algum acordo estão cd dia menores.Por outro lado, os banco centrais, embora estejam retomando a injeção de estimulos, ...
2) não estão em posição de adotar a postura agressiva como esperada pelo mercado.Faltam instrumentos.Neste ambiente, a confiança nao volta e continuamos numa clara tendência de desaceleração do crescimento global. Com manufaturas começando a contaminar outros setores da economia.
3) a situação parece mais administrável nos EUA onde a economia parte de uma condição mais sólida e o FED tem mais espaço pra relaxar a política monetária q outros bancos centrais. Mas mesmo lá os sinais de desaceleração estão se espalhando.
4) Para mercados parece um ambiente pouco favorável para Bolsas e ativos de paises emergentes em geral. O blow out de Argentina só reforça a percepção negativa sobre esta última classe de ativos. Juros continuam com tendência de queda no mundo todo e difícil imaginar uma virada.
5) No Brasil, muito ruido político mas a agenda econômica continua blindada aparentemente. Pressão no câmbio muito ligada a este cenário externo e fluxos pontuais de saidas de empresas trocando captação externa por emissões locais. Crescimento e inflação continuam favorecendo..,
6)Queda de juros, apesar da alta do dólar. As intervenções do BC trocando swaps por spot não influenciam a tendencia do câmbio, mas mostram um BC em sintonia com as necessidades do mercado.
7)Adotamos uma postura mais defensiva.Em antecipação a esta piora dos mercados, reduzimos posições em bolsa e juros e colocamos algumas posições nos mercados internacionais (Juros US, short bolsa US e long USD) que defenderam o portfólio mantendo nosso fundo proximo ao CDI no mes
8) Continuamos com uma visão estratégica positiva no Brasil, mas no curto, diante deste cenário fluido no mercado internacional, a tática deve prevalecer sobre a estratégia. Preferimos estar mais leves para no momento adequado aproveitar as oportunidades q surgirão neste processo
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1/ COPOM veio significativamente mais hawk do q o esperado. Na minha avaliação tiveram 2 pontos relevante. O primeiro foi a elevação das suas projeções de inflação m, q agora apontam inflação de 3.4% (de 3% ) no cenário de referência (SELIC caindo a 12.50% deste ano e 9.50% em 24
2/ Além disso introduziu um cenário alternativo onde mantem a SELIC constante de em 13.75% em todo horizonte relevante. Neste cenário a inflação cairia pra 3.10% no 3o. Trimestre de 2024 e 2.8% no fim de 24.
3/ Este conjunto de projeções sugere que o BC passou a ver muito pouco espaço para queda de juros no horizonte relevante. Em particular menos q o Focus (425bps) e até possivelmente menos q o mercado (180bps).
1/ Na economia global, se 2022 foi o ano das altas de juros, 2023 o tema principal na minha opinião vai se o efeito destas altas no crescimento, emprego e inflação.
2/ Nos EUA a economia ainda parece mt forte diante do aperto monetário agressivo do FED. Em particular o mercado de trabalho continua mt apertado e deve manter a núcleo da inflação resiliente ainda desconfortavelmente acima da meta de 2%.
3/ Para alcançar sua meta o FED deve encerrar o ciclo de altas em entre 5-5.5% e manter as taxas la por um período prolongado.
1/ Uma pena o Brasil entrar numa aventura de expansão fiscal a esta altura do ciclo. As condições econômicas estavam se alinhando para o início de um ciclo de cortes de juros já em meados de 2023.
2/ Banco Central foi um dos primeiros no mundo a colocar os juros em território fortemente contracionista. E os resultados começam a aparecer.
4/ Atividade econômica enfraquecendo na margem. Dados de confiança, crédito e mercado de trabalho ja sinalizam um importante desaceleração da atividade em 2023. Nossa expectativa é de um crescimento do PIB entre 0.5-1.0% em 2023.
1/ FED entregou uma mensagem hawk hj. Manteve a opção aberta entre 50/75 para a próxima reunião e ainda sinalizou uma taxa terminal mais alta do que tinha projetado no último SEP, possivelmente acima de 5%, devido as surpresas negativas na inflação observada desde então.
2/ O comunicado tinha alimentado a esperança de um pivot dove ao mencionar os “the Committee will take into account the cumulative tightening of monetary policy, the lags with which monetary policy affects economic activity and inflation, and economic and financial developments”
3/ Mas no press conference Powell entregou uma mensagem inequivocamente hawk. Reconheceu q o mercado de trabalho ainda apertado e a piora nos dados de inflação deve levar a uma revisão altista da taxa terminal expressa nos “dots”
1/ O país escolheu seu caminho assim funciona a democracia. Na minha opinião um erro histórico. Deixando de lado as visões sobre os personagens q na prática tem impacto pequeno na vida das pessoas.
2/ Num país atrasado economicamente como Brasil a decisão sobre a organização da economia é ainda o principal determinante do bem estar da população.
3/E nesta área escolhemos entre 2 visões antagônicas. De um lado o governo atual que com erros e acertos, levava a economia pro caminho da economia de mercado, com diminuição do tamanho do estado, estabilidade fiscal (abalada mas não derrubada pela pandemia) e abertura econômica.
1/ Mercados precificando cenário muito benigno. Algo como:I) FED levando a taxa de juros ligeiramente acima da neutra,ii)vai provocar um leve desaceleração econômica,iii) suficiente pra trazer a inflação de 8.5% para próximo de 2%,iv) num relativo curto espaço de tempo.
2/ Suspeito q teremos uma combinação mais negativa. Mais juros, por mais tempo causando maior desaceleração econômica. No entanto, no curto prazo a sensação de goldilocks deve ter suporte dos dados.
3/ Economia americana continua mostrando sinais de resiliência com mercado de trabalho aquecido, apesar de alguns focos de contração nos setores mais sensíveis a juros (imobiliário por ex).