NO AR. No Roda Viva, Salles distorce fatos sobre queimadas e acusações de Bolsonaro a ONGs. aosfatos.org/noticias/no-ro…
FALSO. "O presidente determinou que se investigue [a causa das queimadas], sem assumir de antemão que pode ser o caminho A, B ou C", disse o ministro @rsallesmma no @rodaviva. Antes de ordenar investigação sobre as queimadas, o presidente culpou ONGs pelos incêndios, sem provas.
@rsallesmma@rodaviva Diferente do que disse Salles, antes do anúncio de qualquer tipo de investigação de incêndios na Amazônia, o presidente @jairbolsonaro já havia atribuído publicamente, sem provas, e em mais de uma ocasião, as queimadas a uma suposta atividade criminosa de ONGs na floresta.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro Em discurso no Congresso do Aço no dia 21 de agosto, o presidente afirmou que o avanço do fogo devia-se ao corte de 40% no repasse de verbas do Fundo Amazônia às ONGs da região. As queimadas seriam, nesse caso, uma espécie de ato de vingança perpetrado pelos ambientalistas.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro No dia seguinte, na quinta-feira (22), ele reforçou a hipótese de que membros das organizações seriam os grandes culpados. Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Bolsonaro suavizou as declarações e disse que aquele era o seu “sentimento”.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro Na noite da última quinta-feira (22), em transmissão ao vivo no Facebook, o presidente ainda atribuiu parte da suspeita de culpa aos fazendeiros e indígenas da região, mas não deixou de citar a possível responsabilidade de ONGs.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro Foi somente nesta segunda-feira (26) que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o chamado “Dia do Fogo”, suposta ação de fazendeiros e grileiros da região de Altamira (PA). Esta é a primeira investigação aberta pelo governo para apurar as causas das queimadas.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro FALSO. "[O ano] 2016 tem um volume de queimadas muito parecido com (...) 2019. [Em] 2016 [teve] mais queimadas, 2017 e 2018 [teve] mais chuva e, portanto, menos queimada, e 2019 mais queimadas", disse @rsallesmma, usando dados verdadeiros para apresentar uma conclusão enganosa.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro Nesse trecho da entrevista ao Roda Viva, o ministro usou um argumento verdadeiro – de que períodos de seca costumam registrar mais incêndios florestais – para chegar a uma conclusão falsa: de que a estiagem seria a razão por trás da evolução do fogo na Amazônia neste ano.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro Este raciocínio de Salles é refutado por uma nota técnica do @IPAM_Amazonia (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), ONG que atua na região. O documento diz que 2019 teve menos dias de estiagem que a média de 2016 a 2018, mas registra número maior de incêndios na floresta.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia Uma comparação do Ipam entre seis estados da Amazônia Legal também mostra que 2019 é um ano menos seco que os anteriores, inclusive 2016, apesar de registrar mais queimadas. Quanto mais vermelha a barra, mais dias sem chuva. Quanto mais alta, mais incêndios registrados.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia No gráfico anterior, é possível observar que, em cinco estados, 2019 teve menos estiagem (está mais azul) que os anos anteriores, mas seu número de queimadas é sempre maior.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia O estudo do Ipam também mostrou que não foram nos municípios amazônicos com menos chuva que mais incêndios ocorreram. Para os técnicos, a provável causa do aumento de queimadas foi, na verdade, a explosão do desmatamento na região. Pesquisador da Nasa corrobora esta hipótese.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia Além disso, a comparação entre 2016 e 2019, feita por Salles, é imprecisa. No bioma Amazônia, foram registrados 33.639 focos de janeiro a agosto de 2016 ante 42.719 ocorrências no mesmo período deste ano (+27%). Esta diferença cai para 2,94% se considerada só a Amazônia Legal.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia CONTRADITÓRIO. "Não é verdade que a gente não quer receber [ajuda financeira de outros países]", disse @rsallesmma, mas integrantes do governo, o presidente Bolsonaro incluído, têm apresentado opiniões distintas das do ministro do Meio Ambiente.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia@onyxlorenzoni Em outras ocasiões, o presidente Bolsonaro também menosprezou a ajuda internacional, como quando a Noruega e a Alemanha anunciaram que deixariam de contribuir com o Fundo Amazônia, criado em 2007 para ajudar a custear projetos de preservação da floresta.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia@onyxlorenzoni IMPRECISO. "Não havia nenhuma determinação nossa, como de fato não há, para não fazer qualquer operação de fiscalização ou atenuar o rigor da lei. Não há nenhuma determinação nesse sentido. Nós não mudamos nenhum regramento, nenhuma norma nem nada", disse @rsallesmma.
@rsallesmma@rodaviva@jairbolsonaro@IPAM_Amazonia@onyxlorenzoni De fato, não houve alteração formal em políticas de fiscalização e na aplicação de multas por parte do @brasil_IBAMA e do @ICMBio. Mas o governo Bolsonaro tem exibido um posicionamento crítico a esses procedimentos e interfere sistematicamente nos quadros dessas instituições.
EXCLUSIVO. A ameaça de Elon Musk ao STF foi explorada por apoiadores de Trump e Bolsonaro em uma estratégia coordenada para retratar o Brasil como um país em escalada autoritária – e que deveria servir como um alerta para o eleitor americano.
Os principais pontos de contato com os americanos são dois extremistas investigados pelo STF e radicados nos Estados Unidos: o blogueiro foragido Allan dos Santos e o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo Filho.
No lado americano, destacam-se Jim Pfaff, presidente da organização de lobby The Conservative Caucus, e o influencer Mario Nawfal, cujo podcast contou com a participação de Musk e representantes da extrema-direita brasileira para discutir os Twitter Files.
Das primeiras horas após os atos golpistas até hoje, nossa equipe produziu reportagens que combateram a desinformação em torno do #8deJaneiro e ajudaram a entender o maior ataque às instituições brasileiras desde a redemocratização.
Relembre: 🧵
GOLPEFLIX. Com mídias coletadas pelo Radar Aos Fatos, construímos a memória digital do 8 de janeiro.
Lançado em março, o especial é uma amostra histórica do conteúdo que alimentou o golpismo. A preservação do acervo conta com o apoio da @MuckRock.
NO AR. CPMI do 8 de Janeiro aprova relatório que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 pessoas.
Checagens e contador de mentiras de Jair Bolsonaro do Aos Fatos serviram como subsídio para relatora @ElizianeGama pedir indiciamento do ex-presidente. ⬇️ aosfatos.org/bipe/cpmi-do-8…
⚖️Com 1.332 páginas, o documento pede o indiciamento de 61 pessoas — incluindo Jair Bolsonaro — pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. 🧵
🤖 O relatório traça antecedentes de ameaças e ataques à democracia, nos quais se enquadram respectivamente estratégias de manipulação de redes para disseminação de desinformação e declarações diretas de Bolsonaro e seus apoiadores contra o sistema eleitoral. 🧵
🚨Desde que o Hamas — organização extremista que controla a Faixa de Gaza — iniciou um conflito com Israel no sábado (7), que já deixou ao menos 1.500 mortos, uma onda de desinformação atingiu as redes. Confira a seguir o que já checamos: 🧵
É FALSO que um vídeo mostrando diversas pessoas em parapentes registra o momento em que militantes do grupo extremista Hamas invadiram uma festa em Israel no último sábado (7). Entenda ⬇️ aosfatos.org/noticias/falso…
Identificamos que as imagens circulam ao menos desde o dia 27 de setembro deste ano nas redes sociais e foram gravadas no Egito. As publicações com esse conteúdo enganoso acumulam mais de 150 mil visualizações no TikTok.