Apesar de aparecer em oitavo na tabela do Brasileiro, o Grêmio tem o terceiro melhor ataque da competição. Mesmo jogando muitas vezes sem sua força máxima, o poderio ofensivo chama atenção.
Fica a pergunta: como o Grêmio ataca?
É um time que vai pra cima.
Nos dois jogos contra o Palmeiras pela Libertadores, por exemplo, os zagueiros trocaram 15 passes entre eles, deram 12 passes para os laterais e 47 para os volantes.
Mas não podemos subestimar quem jogar ao seu lado - Maicon ou Michel
O goleiro não participa - a bola raramente volta para ele.
Mesmo assim, os defensores não têm o menor pudor de bicar pra frente ao menor sinal de pressão.
Quando encontra, acelera e insiste na jogada até o fim. Raramente o time pausa, recua e recicla a posse de bola.
O adversário precisa se preocupar com eles e não pode subir com todo mundo.
É nisso que o Grêmio aposta: uma caixa de ferramentas repleta de opções para que o time seja imprevisível.
Se o jogo fica congestionado pelo meio, o Grêmio acaba não tendo saída e não consegue trocar passes. Os laterais participam pouco da construção e voltam os chutões.
Mesmo com a vitória gremista por 3x0, os gaúchos tiveram muita dificuldade para sair jogando por dentro, especialmente no primeiro tempo, já que a pressão de Sampaoli é muito organizada ( ).
Na ida, em Porto Alegre, o Grêmio acertou 404 passes (com 93.3% de acerto). Na volta, em Curitiba, só acertou 130 (com 79.8% de acerto).
Ao encaixar uma pressão bem feita, o CAP literalmente matou o jogo do Grêmio.
Mas isso é assunto para a próxima parte...
Por enquanto, ficamos por aqui.