Agora o trabalho da Jennifer Stromer-Galley e colegas sobre as eleições nos EUA (shout out para a @patyrossini ). #aoir2019
A Jennifer diz que a maioria dos estudos que temos feito sobre as eleições não são generalizáveis, são estudos de caso e que precisamos de coisas mais amplas.
O trabalho deles está focado na questão do conteúdo negativo, ou seja, ataques feitos entre os candidatos, por exemplo.
Está explicando que tem várias pesquisas mostrando que aqueles que estao no governo tendem a atacar menos pois estão numa posição mais privilegiada do que a oposição ( que tende a ser mais agressiva).
Além disso, tem o problema de gênero. Candidatas mulheres tendem a ser valorizadas de modo diferente do que os homens (por exemplo, as mulheres que são mais agressivas são mal vistas) - oi campanha de 2014 e o meu estudo s/ os debates 😃
Ela está mostrando agora que depois do Trump houve um aumento da incivilidade online (oi governo do BR).
O trabalho que estão apresentando está principalmente focado no Facebook e nas diferenças de incivilidade entre as eleições de 2014 e 2018 em termos do discurso dos candidatos.
Os problemas da pesquisa
Os dados mostram menos ataques dos candidatos no Facebook do que no Twitter. Mulheres tendem a atacar menos. Republicanos tendem a atacar mais.
Ela fala tb que o Twitter permite mais que exista a amplificação da negatividade por aqui, pois as pessoas reproduzem a violência.
Finalmente achei a @ da jen @profjsg (para quem quiser seguir).
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Fico com a impressão de que não se tem dados ou dados confiáveis sobre casos de Covid e contágio nas escolas, o que reforça a narrativa de que está tudo bem. Pais não testam as crianças, não comunicam à escola e tudo continua "normal". Escolas não reforçam as medidas.
E não falo do teatrinho do álcool gel e do termômetro na porta. Mas das medidas que a gente sabe que são as efetivas, como o USO CORRETO da máscara, VENTILAÇÃO CRUZADA, por exemplo.
Sabemos que é difícil. Mas se decidimos que as aulas são obrigatórias e 100% presenciais, é preciso assumir a responsabilidade de mitigar os danos para a saúde das crianças. Tem que fiscalizar.
Duas semanas de aula e começam a aparecer os casos de provável contágio de Covid dentro das escolas. Várias crianças positivando ao mesmo tempo e bastante sintomáticas. Acho q estamos errando em reduzir tão rápido as medidas de distanciamento.
E claramente, as escolas não estão conseguindo manter medidas básicas. Enquanto não conseguirmos vacinar todas as crianças, vai estar tenso.
E fico ainda mais preocupada com o fato de não sabermos direito que tipo de sequela essa variante, em particular, pode gerar.
Algumas coisas interessantes: (1) Queda na articulação geral nos últimos dias. (2) Grupos de extrema-direita utilizando automatização de contas para tentar inflamar as conversações sobre a manifestação ...
(3) Baixa articulação da esquerda; (4) A conversação não derrama, não engaja outros atores da sociedade civil, o que provavelmente indica apenas uma articulação de grupos politicamente filiados.
Uma coisa q acho bem importante salientar nessa conversa de polarização é o seguinte: Todos os nossos estudos, desde 2018, identificaram o q alguns autores chama de "polarização assimétrica". Isso significa q há uma polarização acentuada de um lado e não necessariamente do outro
Ou seja, há uma radicalização extremada de um lado da conversação, mas não necessariamente do outro.
Também no Brasil não conseguimos, em quase nenhum dos nossos estudos, identificar uma "esquerda" e "direita" nessa polarização. Ao contrário, chamamos sempre de pró e anti, pois é ESTA a polarização que vemos construída.
Mãe contando que meu tio (idoso, porém não tanto) não quer tomar vacina pra Covid-19, quanto tiver, pois leu "na Internet" que ela altera o DNA humano e que as consequências são catastróficas. Esse é o poder da desinformação.
Ficou sabendo também que a vacina chinesa vai implantar microchips de controle. Está preocupadíssimo.
Claro que nisso ele falou para todos os irmãos. E claro que outros também ficaram preocupados, afinal, ele é uma pessoa que estudou. E fortaleceu a crença de que não tem que tomar vacina.