Rolou panelaço hoje com #ForaBolsonaro#AcabouBolsonaro . Em SP, nos bairros Barra Funda, Bela Vista, Jardins, Lapa, Higienópolis, Perdizes, Paraíso, Pinheiros, Pompeia, Vila Madalena e Vila Romana. Só bairro de classe média metida. É noix na fita.
Mas acho que os barulhentos fomos nós, os moradores que sofremos tanto nesses bairros em 2016, e sonhávamos com uma mísera possibilidade de vingança. Tomara que meus vizinhos coxas tenham passado um pouquinho de raiva ou vergonha. Pode ser útil, mas berrei com gosto
Inútil*
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Farei um fio sobre aquele dado amplamente divulgado sobre a maioria de crianças que não come três vezes ao dia. É uma informação que vem do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN do SUS. (1)
Mas antes de entrar no tecnicismo de quem trabalha e estudo base de dados populacionais, quero afirmar que a Fome voltou com tudo. E o mais cruel, sua volta se expressa primeiro e com força total nos pratos e nos corpos de nossas crianças. Não há dúvida sobre isso. (2)
SISVAN não é inquérito epidemiológico populacional, mas sim um sistema gerencial de informação em saúde. Tem muitos usos e potenciais para orientar o planejamento em saúde e monitor e avaliar impacto de programas. Já fizemos bom uso dele. Um exemplo. (3) aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferra…
Com o fim do Bolsa Família, sinto-me na obrigação de lembrar de um estudo que coordenei junto com colegas do MDS, em 2014. Mostramos o impacto positivo do programa no estado nutricional das crianças beneficiárias. Foram avaliadas mais 360 mil crianças de até 5 anos.
Integramos três bases de dados: Cadastro Único da assistência social, Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS e folhas de pagamento do Bolsa Família. Cerca de 2 milhões de dados anuais para o período de 2008 a 2012.(2)
O estudo mostra que houve redução na desnutrição crônica e que as crianças melhoraram o padrão de crescimento. Também vimos que o acompanhamento contínuo no SUS potencializa esse resultado, chegando a reduzir o risco de desnutrição em 51,4%. (3)
Vamos esclarecer uma coisa. Todos os atores sociais, individuais e coletivos, tiveram oportunidade de dar sua opinião sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira em 2014. Consulta pública serve para isso, minha gente.
A nossa história está mais acostumada com lobby comercial e corporativo que tem canal privilegiado de diálogo e influência junto ao poder público. Então estranha quando uma política pública é feita de forma transparente e aberta a todos.
É público o relatório da análise da consulta pública do Guia. Tem até pesquisa científica que se debruçou sobre esse processo. É desonesto o discurso que não foram ouvidos.
Notas históricas sobre o termo “comida de verdade”. Um fio das lembranças que fui acumulando em minhas andanças.
Considero que o termo surge ou ganha força narrativa no seio do movimento social brasileiro voltado à luta pelo direito à alimentação adequada e saudável, nos debates do CONSEA.
O ano de 2014 foi um marco de acúmulo de um rico debate sobre políticas públicas para qualificação da alimentação no Brasil.
Que a compreensão que nos permite ver que a alimentação é mais que a ingestão de nutrientes, não nos limite as singularidades e necessidades individuais. #nutritwitter
Se não houver a compreensão que além do indivíduo existe a sociedade e um mundão de desigualdades e interseccionalidades, qualquer nova Nutrição será tão alienada como aquela baseada em nutrientes.
Se Nutrição não reflete sobre o sistema alimentar, a política e sociedade, ela nao se compromete com a alimentação enquanto direito social e mantém o status quo.
Bora falar sobre cozinhar, saúde, nutrição e genero? Meu fio sobre o assunto #NutriTwitter
Na epidemiologia nutricional descritiva dos padrões populacionais de consumo alimentar é bem conhecido o efeito de coorte geracional. Em geral, os mais velhos se alimentam melhor.
Dois indicadores importante neste diagnóstico: menor consumo de ultraprocessados e maior consumo de frutas,verduras e legumes.