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Elmo da Imperial Guarda de Honra, cunhado em metal dourado na década de 1820.
Este item pertence ao acervo da Museologia do @museuimperial Acompanhamento técnico das museólogas Aline Maller e Muna Raquel Durans.
📸 Luis Azevedo.
História da Guarda de Honra na thread 🧵
OS DRAGÕES DA INDEPENDÊNCIA

Apesar de ser conhecido como Dragões da Independência, a história do 1º Regimento de Cavalaria do Exército se inicia muito antes de 1822.
Texto- fonte: Imperio dos Trópicos.
Trata-se da mais antiga e tradicional unidade militar das Forças Armadas — o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas — "Dragões da Independência", transferido em definitivo para Brasília, por decreto de 19/01/1968, depois de 160 anos de permanência na antiga capital.
Foi criada em 13 de maio de 1808 pelo Príncipe Regente D. João, com a denominação de 1º Regimento de Cavalaria do Exército e, em data coincidente com o aniversário de seu criador.
Com isto, D. João procurou distinguir e prestigiar a unidade de elite por ele criada, com a missão de guardar o governo e sua sede e a de impedir e destruir o invasor, em caso de desembarque de tropas napoleônicas no litoral.
A unidade, desde então, jamais desmereceria a confiança que nela depositou seu criador. Era uma das divisões militares mais prestigiosas até o golpe que impôs o fim da Monarquia no Brasil.
Com a Independência do Brasil, o regimento foi denominado Imperial Guarda de Honra dos Mosqueteiros do Imperador D.P.I do Brasil ou Dragões da Independência. Com a abdicação de D.P.I, a Guarda foi mantida, conservando seu sentido original de oferecer proteção ao governo Imperial.
Assim nasceu o 1º Regimento de Cavalaria do Exército, que desde sua criação, esteve presente em muitos dos momentos mais importantes da nossa história. Apesar de o Regimento contar com montarias, os cavalos só eram utilizados para deslocamento: os combates eram realizados a pé.
No início da república, a Guarda foi relegada ao ostracismo, o uniforme, característico do Regimento – belo e altivo, foi modificado e o prestigio decaiu.
Relevante destacar que atento a gastos dispendiosos D. Pedro II mandou acabar com os Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
As tradições do 1º Regimento foram resgatadas em 1927 pelo deputado e historiador Gustavo Barroso. Iniciou uma ação para exaltar os símbolos nacionais, quando então a Guarda foi alvo de restauros.
Para a confecção dos uniformes, em 1927, foram tirados moldes de peças autênticas pertencentes a antigos oficiais da Guarda de Honra no acervo do Museu Histórico Nacional, tendo se recorrido à estampa de Debret, que foi devidamente estudada e interpretada.
Algumas modificações foram introduzidas na ocasião: a sigla "PI" (Pedro I), que era usada como tope do capacete, foi substituída por uma estrela, e as Armas do Império, estampadas nos talins, foram substituídas pelas Armas da República.
Os Dragões da Independência usam um fardamento do sec. 19, em branco e vermelho, que são as cores tradicionais da cavalaria desde a Idade Média. Em festas cívicas e algumas competições esportivas de hipismo, os dragões se apresentam e fazem demonstrações de agilidade e destreza.
A farda característica dos Dragões da Independência, que traz brilho e garbo para as atividades de cerimonial da Presidência, foi concebido pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, durante a missão artística francesa no Brasil, em 1816.
O fardamento homenageia a Imperatriz Maria Leopoldina, Arquiduquesa d' Áustria, e tem inspiração na tropa de Cavalaria de Dragões do Império Austríaco.
Originalmente metálico, o capacete é dourado e escamado, possui um dragão heráldico do brasão da Casa de Bragança, escorrendo farta crina por entre as asas abertas emolduradas.
Atualmente, o regimento é responsável pela guarda do presidente da República e pelo cerimonial militar — por exemplo, o desfile de 7 de Setembro. Nesse evento, a Guarda Presidencial escolta a presidente, realiza a guarda dos Palácios Itamaraty, do Planalto, da Alvorada...
... e do Buriti, e fazem apresentações ao público. Os Dragões da Indepedência, por sua vez, participam da cerimônia com a cavalaria e encerram o evento.
Com um longo histórico de honra, tradição e presença nos momentos mais importantes da nossa história, os Dragões da Independência são um dos grandes motivos de orgulho nacional. Texto do Império dos trópicos no Facebook
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