Cariocas falam sobre a capital, mas acho que uma coisa que cariocas e não cariocas deveriam entender é que não deveria ser tabu falar da gente se tornar cidade federal. Nunca achamos nossa vocação porque nunca nos deixaram. Um exemplo é que 1/3 dos órgãos federais estão no Rio.
A União também é a maior proprietária fundiária da cidade. É a dona do Porto Maravilha mas também até de terras no Vidigal, sem alugá-las ou vendê-las. A verdade é que existe um problema na raiz do Rio de Janeiro que é a sua dinâmica institucional, machucada com a nova capital.
Fomos Estado da Guanabara até 1975, quando a ditadura militar decidiu pela fusão com o Estado do Rio de Janeiro como forma de enfraquecer a oposição democrática no Congresso. E a cidade acabou ficando perdida. Com administração federal muito presente, sem se achar sozinha.
Na Alemanha, Bonn – que era a capital da Alemanha Ocidental – se tornou uma cidade de interesse federal (“Bundesstadt”). São Petesburgo tem uma dinâmica similar. Acho que a União precisa deixar o Rio seguir seu próprio caminho ou então pensar bastante em uma alternativa dessas.
#polêmica
Não sei o que achar totalmente não, mas é que eu realmente acredito que exista um problema institucional no município. Após ter sido capital, acumular tantos equipamentos para depois ser esvaziada no seu dinamismo de cidade política, o Rio ficou meio “Leviatã Anêmico”.
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Eis o que acho a parte mais forte da denúncia da PGR:
06/12/2022 – Mauro Cid conta que Bolsonaro recebeu de Filipe Martins texto de decreto que prenderia Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco. Bolsonaro ajustou a minuta: prenderia somente Moraes; novas eleições.
07/12/2022: Decreto é apresentado no Palácio da Alvorada a chefes das Forças Armadas. Bolsonaro introduziu a minuta, com auxílio de Filipe Martins, para os comandantes do Exército (Freire Gomes) e da Marinha (Almir Garnier) e para o ministro da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira).
– O relato é corroborado pelos registros de entrada e saída do portão principal do Palácio da Alvorada;
– A reunião foi confirmada por Freire Gomes em depoimento à PF. Ele contou que foi convocado por Bolsonaro, corroborou os presentes, e disse Filipe Martins leu a minuta.
Andréia Sadi e Julia Duailibi apuraram que um grupo de ministros fez uma reunião com o Lula sem o Haddad para culpá-lo pela impopularidade do Governo. Estavam presentes todos os puxa-sacos do presidente: Padilha, Rui Costa, Sidônio Palmeira, Gleisi Hoffmann e Alexandre Silveira.
É incrível para mim, e um pouco assustador, como uma leitura tão errada pode ser tão comum. Se medidas para aumentar a arrecadação foram desgastantes, elas eram necessárias justamente porque o ministro estava de mãos atadas por esse grupo e por Lula. O ideal seria cortar gastos.
Um cenário alternativo em que Haddad e Tebet ganham a disputa de braço contra o incompetente Rui Costa, que não gere nada; o articulador que não articula, Padilha; e o puxa-saco Silveira; é um ano de 2025 com menos inflação e dólar mais barato, já que cortes teriam sido adotados.
O PSDB tem data de óbito marcada pro mês que vem, quando deve ser absorvido pelo PSD ou pelo MDB.
A morte do partido tradicional da centro-direita (esse lugar que ocupava) é um sintoma de como nossa democracia degringolou.
A direita se radicalizou e os tucanos ficaram perdidos.
Tucanos históricos apoiaram Lula em 2022, começando pelo próprio Alckmin. FHC, Serra, Tasso Jereissati, Aloysio Nunes, José Aníbal, José Gregori, Pimenta da Veiga, Teotônio Vilela Filho etc.
O PSDB decidiu pela neutralidade. Acho que tem um bom retrato do que aconteceu nisso aí.
Enquanto a direita se radicalizava, o PSDB tentou acompanhar. E isso vem desde a oposição à Dilma no período posterior à eleição de 2014. O papel que assumiu, os questionamentos que fez, o impeachment que apoiou. Mas falhou em surfar a onda. Bolsonaro era o extremismo de verdade.
Vamos começar com um dos líderes da AfD, Björn Höcke, que chefia a sigla na Turíngia. Ele já foi condenado duas vezes por usar o slogan “Alles für Deutschland” (“Tudo pela Alemanha”), associado às SA. Em dezembro de 2023, fez uma multidão completar o lema. politico.eu/article/bjorn-…
Höcke também causou enorme controvérsia em 2017, quando criticou o Memorial do Holocausto, em Berlim, chamando-o de um “monumento da vergonha". Na ocasião, pediu uma "virada de 180°" na memória histórica alemã. Quem concordaria seria o debaixo.👇🏼
O Bolsonaro falou que acusam ele de querer um golpe desde 2019.
E, embora ainda em 1999 ele tenha dito ao vivo na TV que queria uma intervenção e guerra civil…
Eu diria que eu consigo PROVAR que o ex-presidente queria um golpe desde, pelo menos, 2020.
Duvida? Vamos ao fio👇🏼
15/03/2020: Contrariando as recomendações do próprio ministro da Saúde, Bolsonaro prestigia um protesto a favor do Governo – e com teor antidemocrático –, sem máscara e promovendo aglomeração. Tinha até faixa pedindo AI-5. E o país entrava em quarentena.
24/03/2020: Em pronunciamento na TV, famoso por ter sido aquele que definiu a Covid-19 como “gripezinha”, o presidente questionou as medidas de isolamento social adotadas por governadores e atacou a imprensa. Foi a virada sobre a pandemia. Será relevante:
Já está demonstrado que o Bolsonaro tentou dar um golpe. E o papel do Braga Netto também.
Vamos fazer uma cronologia apenas com alguns fatos:
07/12/2022: Bolsonaro apresenta um decreto golpista aos três comandantes das Forças Armadas.
09/12/2022: Bolsonaro se encontra com o comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter). O general Estevam Cals Theofilo ofereceu as tropas para o golpe.
Naquela mesma data, Jair discursou em público para apoiadores: “Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês!”
14/12/2022 (data provável): Em segunda reunião, um novo decreto golpista foi apresentado. Decretava estado de defesa. Os comandantes do Exército e da Aeronáutica se recusaram a participar da aventura; o comandante da Marina estava disposto a tentar um golpe ao lado do presidente.