O governador João Doria anunciou hoje o “Plano São Paulo”, que vai direcionar a reabertura gradual da economia do estado, hoje restrita pela pandemia da covid-19, a partir de 11 de maio.
Mas, atenção, isso não significa que a quarentena vai acabar nessa data!
Em entrevista coletiva nesta tarde, a equipe do governo explicou que a autorização para retomada de serviços hoje suspensos será feita em fases e de acordo com as especificidades de cada região e setor.
Os 645 municípios de SP serão divididos em zonas de risco: zona vermelha, zona amarela e zona verde. Será levado em conta a situação epidemiológica da doença e a capacidade dos sistemas públicos de saúde.
Setores que apresentam menor risco de contaminação e maior vulnerabilidade econômica devem ser priorizados. Detalhes sobre eles serão divulgados só em 8 de maio.
Ao menos que a pandemia seja contida, o que é improvável dado o cenário atual, não deve haver autorização de reabertura massiva de escolas e comércio. Aglomerações também devem continuar proibidas.
“Nós não estamos dizendo que deixaremos de ter quarentena depois do dia 10 de maio. Nós teremos o Plano São Paulo que vai estabelecer áreas e setores que poderão ser estendidos e outros não”, disse Doria
Mas para o plano ser colocado em prática o estado vai precisar: 1) entrar na fase de queda na curva de novos casos diários; 2) estabilizar a capacidade de atendimento do SUS, hoje em situação crítica; 3) definir, implementar e monitorar protocolos.
O plano, afirma o governo, será conduzido para evitar que uma reabertura desordenada provoque uma disparada ainda maior no número de casos confirmados e mortes pela doença.
São Paulo é o estado que concentra os maiores índices da covid-19: são 15.385 casos confirmados e 1.093 óbitos, segundo dados desta terça-feira, 21.
Na avaliação de autoridades do governo, mais do que as vidas perdidas, o prejuízo econômico será muito maior se a retomada descoordenada levar a uma quarentena ainda mais rígida posteriormente.
