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Para começar a sexta-feira... um #examexplica.

Hoje vamos fazer uma retrospectiva do primeiro ano do governo Bolsonaro. A ideia é mostrar as principais medidas e acontecimentos da nova gestão.
O governo Bolsonaro foi marcado por uma relação estremecida com o Legislativo. Até agora, o Executivo não se esforçou para montar uma base aliada no Congresso e o presidente entrou em crise até mesmo com o próprio partido.
No âmbito político, os primeiros problemas começaram no desentendimento entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com o ministro da Justiça, Sergio Moro.
Em determinado momento, Maia até ameaçou abandonar a articulação para aprovação da reforma da Previdência, mas voltou atrás e continuou a coordenar essa que foi uma das principais pautas do ano para o governo.
Como uma das suas primeiras medidas na Presidência, Bolsonaro assinou um decreto no dia 15 de janeiro que flexibilizou a posse de armas, que é a permissão para ter o objeto em casa. A alteração era uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro.
Em fevereiro, veio à tona as suspeitas de candidaturas laranja no PSL.
E com a suposta fraude do partido no uso do fundo eleitoral e um embate público com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, o ministro Gustavo Bebianno foi exonerado. Ele era o braço direito de Bolsonaro e o presidente nacional do partido durante as eleições.
Já em março, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos e se encontrou com o presidente americano Donald Trump.
Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro deixava claro a intenção de estreitar as relações entre Brasil e Estados Unidos caso fosse eleito.
No encontro com Trump, o presidente brasileiro conseguiu o apoio do líder americano para a entrada do Brasil na OCDE, uma organização que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento e estabelecer padrões de políticas.
Porém, em outubro, os Estados Unidos enviaram uma carta à OCDE na qual não citavam o apoio à entrada do Brasil, e sim apoiavam a Argentina e a Romênia.
Logo em seguida, Trump reforçou que o país apoiava sim a entrada dos brasileiros na organização, mas não deu prazos ou garantias de quando ou como isso vai acontecer.
Em maio, Bolsonaro voltou ao tema das armas e editou um decreto que facilitava o porte, ou seja, a permissão para transportar a arma fora de casa. A proposta liberava o porte para uma série de profissões como caminhoneiros, advogados e jornalistas e recebeu muitas críticas.
Então Bolsonaro voltou atrás, revogou a medida e enviou um projeto ao Congresso com o mesmo teor. Até o momento o Legislativo segue analisando outras propostas sobre armas além da enviada pelo presidente.
Em junho, foi fechado o acordo comercial entre Mercosul e a União Europeia, com o objetivo de liberar o fluxo de bens, serviços e investimentos entre os países.
A parceria era discutida há mais de 20 anos e ainda precisa ser aprovada por todas as nações dos dois blocos, um desafio político diante da crise ambiental vivida pelo Brasil.
Em agosto, o Brasil entrou no foco da discussão mundial devido ao aumento de incêndios na Amazônia. Entre janeiro e agosto, elas aumentaram 83% em relação ao mesmo período de 2018.
O grande avanço do desmatamento também foi motivo de críticas às políticas ambientais do governo.
Na ocasião, Bolsonaro afirmou, sem provas, que ONGs eram as responsáveis pelos incêndios e entrou em conflito com o presidente da França, Emmanuel Macron, que mencionou a ideia de uma Amazônia com status internacional.
Foi em agosto também que o Congresso aprovou a MP da Liberdade Econômica, uma medida do governo para desburocratizar a vida de empresários e mexer com regras trabalhistas, entre várias medidas.
Em outubro, a principal agenda econômica do governo foi aprovada, a reforma da Previdência. A tramitação do texto começou em fevereiro, quando a equipe econômica entregou o projeto para a Câmara com uma previsão de economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos.
Oito meses depois, a proposta foi aprovada pelo Congresso, mas com mudanças no texto original e com uma economia de R$ 855 bilhões. O principal ponto da reforma é a determinação de uma idade mínima para a aposentadoria, que ficou fixada em 65 anos para homens e 62 para mulheres.
Em novembro, o governo lançou o programa Verde e Amarelo para estimular a geração de empregos.
A ideia é que as empresas que contratem jovens paguem menos impostos sobre a folha. Foi também em novembro que em um caso inédito no Brasil, o presidente decidiu deixar o próprio partido.
A decisão de Bolsonaro ocorreu em meio a um conflito interno na legenda entre os parlamentares que apoiavam Bolsonaro, os chamados bolsonaristas, e os que apoiavam o dirigente do partido, o deputado Luciano Bivar, os chamados bivaristas.
No último mês do ano, o Congresso aprovou o pacote anticrime elaborado inicialmente pelo ministro Sergio Moro.
Porém, a proposta enviada por Moro aos parlamentares em fevereiro sofreu muitas alterações, e o texto final foi um compilado entre medidas de Moro e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Mesmo após muitas discussões, o pacote anticrime aprovado não inclui temas polêmicos, como o excludente de ilicitude e a prisão em segunda instância.
Há muitas questões que ainda devem ser definidas pelo Legislativo no próximo ano, incluindo as reformas tributária e administrativa e a privatização de estatais.
Vemos vocês em breve com mais um #examexplica.
Acompanhe nossa cobertura diária sobre negócios, economia, mercados, tecnologia, carreira e política em exame.com.
Todas as fotos usadas aqui são do Palácio do Planalto, da Reuters e da Getty Images.
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