Thread by @Small__Caps

Vivemos um momento de grande incerteza na área de saúde, econômica e política no Brasil que levou a nossa bolsa a maior queda em dólar no ano em comparação aos pares (pouco acima de 50%).

Esta não é a primeira vez que vivemos essa situação no nosso país. Somos prodígios em construir crises novas sem nem ao menos sair das anteriores. Vivemos nossa adolescência. E isso afeta decisivamente o emocional, a disposição em assumir risco e a motivação.

Essa pitada de desesperança e incerteza, no entanto, costumam guardar as grandes oportunidades no mercado financeiro. Não é possível saber de antemão quando chegará o ápice da queda e do pessimismo.

Mas uma coisa é certa: quem manter o equilíbrio emocional e seguir fazendo boas compras nesse momento sempre ganhou dinheiro. Algo diferente disso só se dará se o país escolher um caminho que nunca trilhou, rumo a rasgar a tradição de seu povo.

Vivemos novamente esse momento difícil, de algumas decepções, de dificuldades, de forte abalo emocional da confiança. Devemos lembrar, contudo, que é justamente em razão disso que temos a queda em níveis fortíssimos perante todo o mundo.

O epicentro da crise está aqui sendo precificado.
Todo o sentimento negativo indo para os preços.... Os preços já mostram vários ativos sendo negociados abaixo do custo de reposição na indústria.

Empresas utilities que vão levar impacto forte também no curto prazo, mas que negociam a Taxa Interna de Retorno entre 12 e 15% a.a. Empresas de propriedade com 30 a 50% abaixo do valor de mercado anterior ao início da pandemia.

E, ainda, bancos a P/L abaixo de 5 e a 70% do valor patrimonial. É certo que só em situações de muita incerteza e um turbilhão de cisnes negros podem produzir isso quando se tem taxas de juros tão baixas.

Portanto, paciência para a travessia, ciência de que tudo um dia passa, e racionalidade para aproveitar o que o mercado lhe oferece. O prêmio também vira a quem fazer por merecer.