Fui perguntar pro meu pai, bolsonarista, o que ele achou da saída do Moro. Ele disse que Moro "pisou na bola" porque queria "dar um golpe" no Bolsonaro e que tudo é culpa da China que "inventou o vírus" pra "vender máscaras". 😳Nunca subestime o poder da lavagem cerebral. Nunca.
Em tempo: amo meu pai, sei que ele me ama e até admira o fato de eu ser jornalista. Mas como dói ver tão de perto que os fatos parecem não mudar a opinião de quem foi convertido ao bolsonarismo. Não é um paradigma racional, é outra coisa que ainda precisamos compreender.
Aos que tentam criar intriga: tá tudo bem, eu e meu pai seguimos nos amando (e terminamos a ligação falando da chuva!) Trouxe o exemplo justamente para mostrar os desafios reais de dialogar com alguém que amo, pq não acredito que o "ódio" nos trará respostas. Love is the answer.
Vocês não acham contraditório alguém criticar políticas de viés fascista espalhando o mesmo ódio? O ódio é a arma deles (a lógica da desumanizar pra justificar a destruição do outro), não antídoto. (OU: por favor, não xinguem meu pai nos comentários).Dá pra discordar com respeito
Não esperava tanta repercussão do tuíte sobre meu pai. Parece que muita gente enfrenta questões semelhantes. Baseada nos comentários, estou até pensando em escrever um artigo, "o amor em tempos de Bolsonaro". Não consegui ler tudo ainda, mas agradeço pelo rico fórum de discussão
Bom lembrar que os que acreditam nas fake news espalhadas pelo gabinete do ódio não são robôs. Estão entre nós, nas nossas famílias. Como criar pontes de reconexão social? Não sei, mas fico com Belchior. "Amar e mudar as coisas me interessa mais":
