A comparação que estão fazendo não se sustenta com um minuto de reflexão. Gilmar Mendes impediu um crime, com base numa gravação de áudio, em que o Bessias levaria o documento às pressas para Lula fugir da Justiça no foro privilegiado.
Alexandre de Moraes impede uma suposta tentativa de ingerência com base na fala de Sergio Moro, sem qualquer prova, sem qualquer crime, numa escolha absolutamente legal que cabe ao presidente. Os dois casos são BEM diferentes.
Um conhecido meu, juiz federal, ficou horrorizado com a decisão arbitrária e fez uma comparação: seria como um juiz decretar a prisão preventiva de alguém com base numa pessoa, com credibilidade, que alegasse que o outro pensa em mata-lo. Mas e as PROVAS?! Isso não é Justiça.
Por mais peso que tenha a palavra de Moro, por mais credibilidade que ele tenha, o que ele diz não é A LEI! Existe o devido processo legal. Moro pode ter SENTIDO, por exemplo, que era pressionado para uma coisa diferente. Sua opinião tem relevância, mas não substitui a prova.
