O Brasil pagará um preço muito alto por ter um presidente que não leva a sério a pandemia, e a perda desnecessária de vidas e danos econômicos vão dificultar qualquer tentativa de recuperação por muito mais tempo do que apenas a primeira onda do COVID-19. [segue o fio👇]
Há um consenso crescente entre analistas e investidores internacionais de que o Brasil está à deriva em meio ao que pode vir a ser a pior crise econômica de sua história. Bolsonaro perdeu a capacidade de liderar e suas decisões são ignoradas pelos governadores.
A desconexão entre o presidente, parte dos Ministros e Governadores é grande. Exemplo: Bolsonaro decidiu reabrir salões de cabeleireiros e não informou o Ministro da Saúde (que ficou sabendo, ao vivo, por meio de um jornalista).
Além disso, os prefeitos e governadores devem ignorar a decisão, pois a taxa diária de mortes por COVID-19 no Brasil está aumentando rapidamente e agora está entre as mais altas do mundo.
Essa completa falta de liderança e a contínua recusa em ignorar as evidências científicas tornam impossível uma resposta ágil às futuras ondas do COVID-19.
Como sugerem os primeiros sinais de uma possível segunda onda em Wuhan, ter a capacidade de testar repetidamente milhões de pessoas será crucial. O Brasil não está testando o suficiente nem chegando próximo do pico de sua primeira onda.
1) Comunicação clara, 2) empatia, 3) liderança firme, 4) estabilidade política e 5) uma capacidade de testar muitas pessoas será crucial. Estes são os requisitos apreendidos pela maioria dos países que saíram da primeira onda de contágio. O Brasil já falha em todas as 5 dimensões
As novas ondas do COVID-19 vão requerer uma alternância entre lockdowns e aberturas, sempre envolvendo uma quantidade enorme de testes.
Como uma empresa de pesquisa macroeconômica escreveu recentemente sobre o Brasil, "[nosso] conselho de investimento seria evitar de entrar em um prédio em chamas. No momento, é melhor deixar o Brasil para os especialistas, malucos e [...] e [investidores] sem outros opções."
