Autor e Professor de Relações Internacionais
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Apr 14 • 7 tweets • 2 min read
🧵A União Europeia está distribuindo celulares descartáveis e notebooks básicos a autoridades que viajam aos EUA — medida antes reservada apenas para missões em países como China. 👇
2️⃣ A orientação vale para os comissários que irão a Washington entre 21 e 26 de abril, para as reuniões do FMI e do Banco Mundial. A ordem é clara: nada de equipamentos eletrônicos convencionais, por medo de espionagem.
Apr 10 • 7 tweets • 2 min read
🧵 Para entender os fundamentos “científicos” por trás da estratégia tarifária de Trump, é importante conhecer uma figura central — Ron Vara. O detalhe curioso? Ele não existe. Mas isso nunca foi um problema para Peter Navarro, arquiteto do protecionismo trumpista. 👇
2️⃣ Ron Vara era frequentemente citado por Navarro como especialista em comércio e China. O nome aparece em livros, artigos e apresentações. Sempre com frases de efeito, argumentos fortes e previsões catastróficas sobre Pequim.
Apr 8 • 10 tweets • 2 min read
1️⃣ Xi Jinping não pretende ceder à pressão dos EUA. Após Trump ameaçar impor 50% extras em tarifas, Pequim respondeu chamando a medida de “chantagem” e prometeu “lutar até o fim”. 🇨🇳💥🇺🇸
2️⃣ De fato, ceder seria visto como fraqueza — e Xi calcula que recuar teria um alto custo político, minando sua legitimidade interna. É uma luta de poder e prestígio.
Apr 7 • 8 tweets • 2 min read
Por que o mundo torce contra Wall Street? 🧵👇
1⃣No passado, quando os mercados entravam em colapso, líderes ao redor do mundo se mobilizavam para coordenar suas estratégias para estabilizar a situação.
Apr 4 • 6 tweets • 2 min read
1/ 📉 As bolsas dos EUA estão a caminho da maior queda semanal em 5 anos, impulsionadas pela escalada de uma guerra comercial após a China anunciar tarifas retaliatórias contra os EUA. O impacto foi sentido nos mercados globais, com forte onda de vendas.
2/ 🧨 Tudo começou com o anúncio das tarifas de Donald Trump na chamada “liberation day”, que gerou queda de 4,8% no S&P 500 na quinta-feira. Na sexta à tarde, o índice já acumulava queda de 5,4%, totalizando cerca de US$ 5 trilhões em valor de mercado perdido.
Apr 2 • 10 tweets • 1 min read
Trump anunciou tarifas abrangentes sobre dezenas de países. Se forem aplicadas como prometido, será a maior mudança na política comercial dos EUA desde a Segunda Guerra — com impactos profundos no comércio global. Algumas primeiras impressões👇🧵
A lista divulgada pela Casa Branca parece ter sido feita às pressas. Um exemplo: “Reunião” aparece como país, quando na verdade é parte da França — que já está coberta pelas tarifas contra a União Europeia.
Apr 2 • 9 tweets • 2 min read
Ao longo da história, os EUA recorreram várias vezes ao protecionismo — e quase sempre pagaram caro por isso. Tarifas elevadas geraram recessões, crises fiscais e até conflitos internos. A seguir, alguns episódios históricos que mostram os riscos dessa aposta 🧵👇
1️⃣ Em 1832, a Carolina do Sul ameaçou se separar dos EUA em protesto contra tarifas abusivas que prejudicavam seus produtores de algodão. Foi preciso a ameaça de guerra por parte do governo federal para conter a crise.
Mar 13 • 9 tweets • 2 min read
Para entender a posição da Rússia nas negociações, é essencial lembrar o que Putin mais teme: uma Ucrânia estável, próspera e democrática, seguindo o caminho da Polônia nas últimas décadas. Vale lembrar que, no fim da Guerra Fria, a Polônia era mais pobre que a Ucrânia. 🧵👇
A Polônia buscou laços mais próximos com a Europa, consolidou sua democracia e se desenvolveu economicamente. Já a Ucrânia permaneceu na esfera de influência russa, incapaz de copiar a estratégia da Polônia.
Mar 3 • 9 tweets • 2 min read
Uma pergunta frequente é: “Por que a Ucrânia simplesmente não se rende para evitar mais mortes?” Essa ideia parte do pressuposto de que a Rússia aceitaria um governo fantoche em Kyiv e deixaria os ucranianos em paz. Mas há muitas evidências de que isso não aconteceria. 🧵👇
Desde 2014, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, promotores já identificaram mais de 100 mil crimes de guerra cometidos por forças russas. Há registros de tortura, estupros sistemáticos tanto de mulheres quanto de homens e repressão brutal contra civis.
Feb 23 • 10 tweets • 2 min read
A Alternativa para a Alemanha (AfD) pode ser descrita como um partido de extrema-direita? A resposta é sim, e essa é a razão pela qual Friedrich Merz, líder da União Democrata-Cristã CDU, partido conservador, declarou explicitamente: “Temos visões opostas para o nosso país” 🧵👇
A diferença entre a CDU e a AfD não reside apenas em políticas migratórias ou críticas à União Europeia, mas em questões fundamentais sobre democracia e história.
Feb 19 • 8 tweets • 2 min read
Em setembro de 1938, o então primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, encontrou-se com Adolf Hitler e outras lideranças europeias para negociar um acordo que ficou conhecido como o Pacto de Munique.👇🧵
O objetivo era evitar uma guerra, e, para isso, as potências ocidentais aceitaram a anexação da região dos Sudetos pela Alemanha nazista, sem consultar a Tchecoslováquia.
Feb 18 • 8 tweets • 1 min read
Na Alemanha, uma série de atos de sabotagem contra veículos levou autoridades a suspeitarem de uma campanha orquestrada pela Rússia para influenciar as eleições parlamentares no próximo domingo, 23 de fevereiro 👇🧵
De acordo com a revista Der Spiegel, centenas de carros foram danificados em diversos estados, com seus escapamentos entupidos com espuma expansiva.
Feb 14 • 7 tweets • 1 min read
Ocasionalmente, ouço pessoas defenderem a ideia de que os ucranianos deveriam simplesmente ter aceitado o desejo da Rússia de controlá-los, em vez de resistirem militarmente à invasão, evitando assim a morte de dezenas de milhares de soldados e civis 👇🧵
Esse argumento ignora o fato de que a invasão russa não é apenas uma tentativa de impedir que Kiev fortaleça seus laços com o Ocidente, mas a continuação de séculos de esforços para "russificar" a sociedade ucraniana, suprimir e deslegitimar sua língua, cultura e identidade.
Feb 10 • 11 tweets • 2 min read
O maior desafio para analistas políticos, jornalistas e governos ao redor do mundo desde que Donald Trump voltou ao poder tem sido diferenciar notícias relevantes de manobras diárias de distração promovidas pelo presidente dos EUA 👇🧵
Trump certa vez pediu a seus principais assessores que pensassem em cada dia de sua presidência como um episódio de um programa de televisão no qual ele derrota seus rivais.
Feb 2 • 10 tweets • 2 min read
Além da mudança política com a eleição de Trump, os Estados Unidos parecem atravessar uma profunda transformação cultural. Em outras palavras, o zeitgeist – ou a “vibe” (clima, energia ou sensação geral ou ambiente) do momento – está mudando 👇🧵
Em um artigo interessante no Financial Times, Jemina Kelly argumenta que ser “woke” já não é mais vanguardista ou transgressor. ft.com/content/7c8256…
Feb 1 • 11 tweets • 2 min read
As South American governments are increasingly concerned about Trump's tariff threats, the European Union has a once-in-a-generation opportunity to regain influence in the region by finally ratifying the EU-Mercosur trade deal. Not doing so would be incredibly short-sighted.🧵👇
A quarter of a century ago, in June 1999, heads of state and government from the EEU gathered with their Latin American and Caribbean counterparts in Rio de Janeiro for their first interregional summit. To great fanfare, the delegates established a strategic partnership.
Jan 29 • 9 tweets • 1 min read
Um dos maiores equívocos ao tentar entender as táticas agressivas de Trump contra países da América Latina é analisá-las sob a dicotomia entre direita e esquerda. 👇🧵
Muitos fãs de Trump na América Latina acreditam que ele atacou Colômbia e México por terem líderes de esquerda.
Jan 13 • 10 tweets • 2 min read
Como era de se esperar, Donald Trump está apostando novamente na estratégia de valentão insano no âmbito externo. O presidente-eleito está ameaçando países com tarifas, sanções e uso de força militar para anexar parte de seus territórios – como Panamá, Canadá e Dinamarca🧵👇
É improvável que Trump envie soldados para esses países. Seu plano é intimidar e desestabilizar seus interlocutores ao ponto de eles fazerem concessões significativas em negociações com Washington.
Jan 12 • 8 tweets • 2 min read
Por que X e Meta estão alinhados com Trump? Em um excelente artigo no @FinancialTimes, o advogado David Allen Green explica: essas empresas precisam do apoio de Washington para combater ações regulatórias fora dos EUA, como na União Europeia e no Brasil. 🧵👇
As plataformas sociais estão mais fracas do que aparentam. Elas dependem de seus modelos de negócios baseados em engajamento, mas enfrentam desafios regulatórios globais que visam moderar conteúdos e combater fake news.
Dec 2, 2024 • 13 tweets • 2 min read
Para cientistas políticos, a volta de Donald Trump à Casa Branca representa um experimento fascinante
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Trump, que em vários sentidos se assemelha a caudilhos como Viktor Orbán na Hungria ou Recep Erdogan na Turquia, vai seguir o exemplo dos dois e enfraquecer os famosos freios e contrapesos, fundamento da democracia americana? E, se tentar, conseguirá?
Nov 18, 2024 • 13 tweets • 2 min read
Como o Uruguai resistiu à onda global de polarização
Uma das democracias mais consolidadas do mundo oferece uma série de lições sobre como não cair na tentação do ‘nós contra eles’
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Em 24 de novembro, eleitores uruguaios irão às urnas para escolher, no segundo turno, seu próximo presidente. O cenário eleitoral no Uruguai se destaca em meio a uma tendência mundial de polarização crescente e cada vez mais destrutiva.