A MP 910 premia grileiros, estimula a violência no campo, favorece o crime organizado, flexibiliza a lei ambiental e incentiva o desmatamento ilegal. A crise ambiental é o assunto do século. Que a Câmara, na votação de hoje, fique no lado certo da História #MP910Não#MPDAGRILAGEM
O Inpe divulgou, ainda nesta semana, que a área desmatada na Amazônia de agosto de 2019 a abril de 2020 aumentou na porcentagem de 94% em relação ao ano anterior. As atitudes do Governo Bolsonaro e do seu ministro do Meio Ambiente em relação à crise climática afetam o mundo todo.
Não podemos deixar isso continuar acontecendo. Não é só o nosso futuro que está em jogo. Nem só o dos nossos filhos e netos ou do Brasil como um todo. É o futuro da humanidade. É preciso enfrentar a crise climática, não incentivá-la. pscp.tv/w/cYm77zFlVmpZ…
A #MPDAGRILAGEM pode ter efeitos muito nocivos. Além de abrir o caminho para o desmatamento, ao flexibilizar a lei ambiental (o que pode significar um aumento de 11 a 16 mil km² de terras desmatadas até 2027), ainda é permissiva com esse tipo de CRIME:
Ouvindo o Foro de Teresina – que, repito, está ÓTIMO –, queria fazer um comentário sobre a comparação entre as milícias e o PCC, quando se falou da questão da licitação de ônibus.
Em dado momento, comparou-se ambos. Foi dito que o PCC tenta “legalizar o crime”, a milícia não. 🧶
“Há uma intenção do PCC de legalizar o crime, então você entra nas licitações públicas, você entra no setor financeiro (…)
Os postos de gasolina são muito usados como forma de lavagem (…)
No caso da milícia, ela usa o gatonet, o gás, mecanismos ilegais para se financiar”.
Então, pra falar de milícias: desde os primórdios desse modelo de organização criminosa, era preciso diversificar as fontes de receita, já que – embora hoje existam essas “narcomilícias”, que rivalizam com as antigas – os tradicionais não arrecadavam com tráfico, muito lucrativo.
A confirmação do envolvimento do clã Brazão no assassinato de Marielle Franco precisa acender um debate sobre a relação entre crime organizado e política no RJ.
Esse texto vai ser longo, mas precisa ser mesmo. A classe política fluminense é conivente com organizações criminosas.
Todo mundo da política sabe que Domingos Brazão é envolvido com grupos milicianos. Todo mundo sempre soube. Mas o campeão de votos de Rio das Pedras, por anos reduto mais forte da milícia, integrou a cúpula do PMDB-RJ na sua época de ouro. Sempre fez dobradinha com Eduardo Cunha.
Na Alerj, Brazão era poderoso – ainda que tenha sido mencionado na CPI das Milícias de 2008 e que tenham cassado seu mandato por um tempinho em 2011. O motivo era usar a “ONG Centro de Ação Social Gente Solidária” para compra de votos. Mas ele ganharia os holofotes com uma briga.
Após o lobby internacional, vários países reconheceram a vitória do Lula assim que os resultados eleitorais de 2022 foram divulgados, e figuras importantes do nosso establishment político também.
Uma análise concreta de custo-benefício sugeria que um golpe não era sustentável. +
Mesmo assim, o Bolsonaro tentou. Tinha o apoio, segundo notícias, do comandante da Marinha; do comandante de Operações Terrestres, com muitas tropas à disposição; e de uns 5 generais do Alto Comando do Exército.
Um golpe seria bem-sucedido? Depende do que você considera isso. +
A falta de aval internacional e empresarial indica que o presidente eventualmente seria forçado a renunciar.
Mas eu tenho a impressão que o golpe seria inicialmente bem-sucedido, e por uma razão muito simples:
Ninguém iria parar o avanço das tropas leais ao Bolsonaro. +
O relatório da OCHA (Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários) dá um panorama realista e muito grave da situação.
A quantidade de mortes ser reportada pelo Hamas e por Israel importa pouco diante de outros números oficiais da ONU:
Dentre as informações gravíssimas relatadas:
A quantidade de deslocados internos em Gaza é estimada em 1 milhão – pessoas que deixaram suas casas – e 527 mil delas tão em abrigos da UNRWA (agência da ONU pra refugiados palestinos). Esses abrigos tão em condições cada vez piores.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que foram 59 ataques contra o sistema de saúde no total, matando 491 pessoas e ferindo outras 370.
Isso inclui 16 mortos entre profissionais da Saúde e 28 feridos, todos no exercício da função médica.
A Resolução 2334 (2016) obriga Israel a parar de criar assentamentos nos territórios ocupados, porque são uma “flagrante violação do direito internacional”.
A Resolução 465 (1980) condena os assentamentos.
A Resolução 452 (1979) pede que Israel pare de construir assentamentos.
E a Resolução 446 (1979) “determina” que os assentamentos são uma “obstrução séria” à paz, pedindo para Israel respeitar a Quarta Convenção de Genebra.
Ou seja, por meio da referência a decisões passadas do Conselho, incluíram o repúdio aos assentamentos ilegais na Palestina.