Tenho observado, ao longo de minha vida, que o intelectual
E nenhum socialista deixará de repetir, com obtusa e bovina teimosia: — “Socialismo é liberdade!”. Bem. Se o problema é de palavras, também se poderá dizer que a burguesia é mais, ou seja: — “Liberdade,
Se os intelectuais fossem analfabetos, diríamos: — “Não sabem ler”; se fossem surdos, diríamos: — “Não sabem ouvir”; se fossem cegos, diríamos: — “Não sabem ver”. Por exemplo: — d. Hélder. Bem sei que na sua casa não há um livro, um
O socialista que
Bem. Estou falando, porque estive outro dia numa reunião de intelectuais. Entro e, confesso, estava disposto a não falar de política, nem a tiro. Eu queria mesmo era falar do escrete, o abençoado escrete que em terras do México conquistou a flor das vitórias.
E súbito um dos presentes (socialista, como os demais) vira-se para mim. Há dez minutos que me olhava de esguelha e, fingindo
Nem todos se lembram de
(...)
Volto à reunião de intelectuais. Estava lá um comunista que
As
Disse-lhe que um comunista como ele, membro do partido ainda em vida de Stalin, não podia sussurrar contra nenhuma censura. Devia querer que o nosso governo fizesse aqui o Terror stalinista. Devia querer o assassinato de milhões de brasileiros. Não era assim que
Fiz-lhes a pergunta final: — “Vocês são a favor da matança do embaixador alemão?”. Há um silêncio. Por
Nelson Rodrigues
Na sua crônica "Os que Propões um Banho de Sangue", escrita em 03/07/1970, ele mostra toda a sua ojeriza à classe com mais hipócritas por metro quadrado: os intelectuais esquerdistas. Criaturas