Enquanto os olhares de todo mundo estão sobre a pandemia, o Sul da Ásia está sob ameaça direta de um ciclone tropical, com intensidade equivalente à de um furacão de categoria 5 (01/11)
edition.cnn.com/videos/weather…
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A previsão é de que os ventos cheguem a arrasadores 265 km/h. O ciclone está se deslocando para o norte, a partir do Oceano Índico e a previsão é que na quarta-feira atinja em cheio uma das regiões mais densamente povoadas do planeta. (02/11) 
Estima-se que nada menos que 5 milhões de pessoas terão de evacuar suas casas na Índia e em Bangladesh. (03/11) bloomberg.com/news/articles/…
Bangladesh é um dos países mais vulneráveis à elevação do nível do oceano. Nada menos de 100 milhões de pessoas moram a menos de 10 metros acima do nível médio do mar. (04/11)
Para tornar tudo mais dramático e trágico, os dois países estão em fase de ascensão da pandemia. Com economias já combalidas e agora as comunidades na mira do ciclone se vêem sem condições de praticar isolamento social. (05/11)
Especialmente sobre os mais pobres e vulneráveis, o casamento de pandemia com caos climático pode levar a um desastre terrível. "Fique em casa!" versus "Deixem suas casas!". (06/11)
Caos climático e pandemia poderão, neste século, matar os pobres que os fascistas gostariam de ver exterminados. Dá pra entender agora porque os fascistas são negacionistas tanto da pandemia quanto da emergência climática? (07/11)
Ver os indesejáveis, pobres, periféricos, negros, indígenas, habitantes do Sul Global, serem exterminados sem ter de fazer nada, a não ser tocarem adiante o "business-as-usual" (os "negócios de sempre", acabando o isolamento e voltando a queimar combustíveis fósseis). (08/11)
Os genocidas do século XXI não precisam de câmara de gás, mas apenas deixar as maiorias sociais expostas a um vírus letal espalhado num planeta de clima aquecido e desestabilizado. (09/11)
Não podemos aceitar que um planeta inóspito e adoecido seja o legado que deixemos para nossos jovens e crianças e para as gerações futuras. (10/11)
Há que se defender igualdade social e justiça climática, direito à saúde e à renda, defender a ciência contra as trevas do negacionismo. Para não ser cúmplice de grandes tragédias que ainda podem ser evitadas. (11/11)
