Quando falo do Novo Banco, aparecem-me na timeline toda a espécie de pessoas da nossa direita, reais ou imaginárias, bradando de indignação com o rumo que a coisa tomou. Como as redes sociais se prestam pouco ao uso da memória, vai aqui um curto exercício para distraídos: (1/7) 
A história do Novo Banco começa com a resolução do BES assinada pelo Governo de Passos Coelho: uns Ministros no Terreiro do Paço, outros na praia. A ideia foi tão boa e correu tão bem que, depois da separação entre Banco bom e Banco mau, o Banco bom teve de ser salvo outra vez.
Já depois das eleições e depois de saber que não ia ficar como Primeiro-Ministro, Passos Coelho acertou com o BdP a nomeação do seu Secretário de Estado Sérgio Monteiro para conduzir o processo de venda do Novo Banco. Um bonito prémio de fim de mandato.
dn.pt/dinheiro/sergi…
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Sérgio Monteiro é o autor da ideia de vender o banco a um fundo abutre. Vender, não. Oferecer. E encomendar-lhe a gestão de mais 3,9 mil milhões de dinheiro público para "limpar" o banco. Para chegar a esta bela ideia, Sérgio Monteiro recebeu cerca de meio milhão e gastou 25.
Apenas duas forças políticas se opuseram a esta catástrofe e apresentaram a única alternativa colocada em cima da mesa: a nacionalização. As propostas de BE e PCP foram chumbadas pelo PS e pelo PSD e CDS, que também não apresentaram outra alternativa.
rtp.pt/noticias/econo…
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Finalmente, Em Fevereiro deste ano, o PSD voltou a juntar-se ao PS para chumbar a proposta do Bloco que sujeitava as injeções de capital no Novo Banco a aprovação obrigatória do Parlamento. O PSD recuou nessa posição, depois da injeção de capital ter sido concretizada.
Portanto, Mário Centeno e António Costa têm pesadas responsabilidades no desastre do Novo Banco. Mas esse processo tem uma história. Com episódios, aliás, bem recentes. Uma história que tem de ser lembrada a todos aqueles a quem falta memória onde sobra o descaramento.
