Enquanto o Brasil enfrenta sua pior crise política em 30 anos, observadores internacionais estão prestando cada vez mais atenção à atuação das ForçasArmadas, vistas como um ator político crucial à medida q as tensões entre o presidente, o Congresso e o STF aumentam[segue o fio👇]
No entanto, compreender as Forças Armadas, geralmente menos transparentes, é uma tarefa + difícil do q avaliar a dinâmica dentro do Congresso ou no palácio presidencial. Quanto maior o envolvimento político das ForçasArmadas, mais complexa a leitura da conjuntura geral de um país
Por exemplo: avaliar a situação política no Paquistão e na Venezuela, onde os generais são muito influentes politicamente, costuma ser mais complicado do que em Portugal ou no Uruguai, onde as Forças Armadas são menos relevantes na política cotidiana.
No Brasil, onde as ForçasArmadas ficaram relativamente afastadas da vida política desde o fim da ditadura, mtos analistas políticos hj têm dificuldades ao buscar oferecer, aos investidores lá fora, avaliações específicas sobre o q pensam os generais e os soldados de baixo escalão
Investidores agora costumam fazer perguntas aos analistas, tais como: "Vamos supor q as investigações em andamento levem a polícia a executar um mandado de busca contra um dos filhos do PR, causando instabilidade política mais séria. Como as ForçasArmadas reagiriam nesse caso?"
Outros fazem perguntas como: “Quem é mais influente nas Forças Armadas: Heleno, Mourão ou Azevedo? Quem fala em nome de quem?”. Ou ainda: “Como uma ruptura institucional afetaria a probabilidade de reformas econômicas? (Ao meu ver não afetaria, já que a probabilidade já é de 0%)”
Há uma noção geral de que Bolsonaro tem forte apoio do Exército, com a Marinha e a Força Aérea um pouco mais céticas em relação ao presidente. No entanto, ninguém sabe o que isso significa na prática. Como diz o velho ditado, o Brasil não é para iniciantes.
Como conseqüência, apenas investidores com estômago para mta incerteza consideram apostar no Brasil. Uma crise política q poderia levar à ruptura institucional,uma crise econômica gravíssima e a pior crise sanitária em cem anos: é quase impossível imaginar um cenário mais volátil
"Heleno enviou o seu alerta ao ministro Celso de Mello. Mas ñ assinou somente como ministro. Sua letra mostra q assinou como general. Qual, afinal, a identidade dos militares em cargos de governo? Por quem falam? É o q o Brasil quer saber." www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/0…
Parlamentares identificaram mudanças na interlocução com representantes das três Forças. Os militares, que antes se apresentavam como moderadores e tentavam minimizar os ataques do presidente às instituições, passaram a endossar Bolsonaro.
www1.folha.uol.com.br/poder/2020/05/…
www1.folha.uol.com.br/poder/2020/05/…
