Na data de hoje o estupendo compositor Mauro Duarte estaria completando 90 anos. Com essa bela ilustração do artista paranaense Jonas Lopes, segue o fio
Excelente melodista, Mauro foi parceiro de Elton Medeiros, João Nogueira, Paulinho da Viola, Walter Alfaiate, Eduardo Gudin e Paulo Cesar Pinheiro, entre outros. Bolacha, como era chamado pelos amigos, é um dos grande nomes do samba carioca.
Mineiro de Matias Barbosa, Mauro veio para o Rio de Janeiro ainda criança e foi logo morar em Botafogo. Entrou para o mundo do samba a partir do contato com os blocos carnavalescos do bairro, ainda nos anos 1940. Ele é parte de uma geração de grandes sambistas que moravam por ali
Entre esses nomes, estão Paulinho da Viola, Pica-Fumo, Mical, Walter Alfaiate e Zorba Devagar.
A carreira musical de Bolacha começou a deslanchar nos anos 1960, quando substituiu Paulinho da Viola na apresentação do show Rosa de Ouro.
Mesmo assim, só muito depois foi conseguir viver exclusivamente da música. Para comemorar cada melhoria que o dinheiro oriundo dos direitos autorais lhe dava, ele nomeava os eletrodomésticos e outros bens com o nome das suas músicas.
Uma das principais intérpretes das composições de Mauro Duarte foi Clara Nunes. Afinal de contas, ele compôs alguns de seus maiores sucessos: Canto das Três Raças, Lama, Menino Deus, Meu Sapato Já Furou e Portela Na Avenida.
Além de Clara, suas músicas também foram gravadas por outros grandes nomes da MPB, como Elza Soares, Elizeth Cardoso, Paulinho da Viola, João Nogueira e Alcione. Com Cristina Buarque, gravou um álbum em 1985.
Mauro Duarte tinha uma intensa relação com o carnaval. Em Botafogo, participou dos blocos Mocidade Alegre de Botafogo, Gaviões, Funil, Barbas e Foliões de Botafogo. Compôs sambas para outros tantos, como Clube do Samba e Simpatia É Quase Amor.
Ele também compôs sambas em homenagem a várias escolas de samba, como Imperatriz Leopoldinense, Império Serrano, Mocidade, Salgueiro, Beija-Flor, Mangueira, Caprichosos de Pilares, União da Ilha do Governador, Vila Isabel e Portela. Quase todos foram gravados por Alcione.
Mauro faleceu em agosto de 1989, por conta de um câncer de fígado. Uma das homenagens que recebeu foi o nome de uma praça no bairro onde morou e viveu intensamente, a partir de articulação de Walter Alfaiate, Alfredinho do Bip Bip e do então vereador Eliomar Coelho.
Além de nome de praça, Mauro Duarte teve sua obra gravada em álbuns lhe dedicados exclusivamente, do grupo Samba de Fato e de Walter Alfaiate. Seu legado segue vivo nas suas composições e também através de suas filhas Eliane e Marcia, presença frequente em rodas de samba do RJ.
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Em 1908, nesta data, nasceu Angenor de Oliveira, que ficou mundialmente conhecido como Cartola. Cantor, compositor, poeta e violonista, Cartola foi fundador da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, em abril de 1928. (+)
Nascido no Catete, mudou-se para o Morro da Mangueira na adolescência. Por lá, conheceu Carlos Cachaça, parceiro de boêmia, de samba e de carnaval. Foi com ele e outros amigos que fundou o Bloco dos Arengueiros, que acabou sendo o núcleo inicial da Estação Primeira. (+)
O apelido Cartola surgiu pois usava um chapeu-coco em seu trabalho como servente de pedreiro, buscando assim se proteger do cimento que caía de cima da obra.
Na Mangueira, Cartola compôs "Chega de Demanda", o primeiro samba da escola. (+)
Nem sob o prisma de ressaltar um senso de responsabilidade das escolas de samba perante o cenário da pandemia é possível comemorar a decisão de hoje da #LIESA. (+)
A entidade que organiza o "maior show da terra" esperou meses para empurrar com a barriga. Não decidiu uma nova data, não apresentou um plano de reivindicações para o atendimento das demandas financeiras dos trabalhadores da festa, não definiu o que fazer para marcar a data. (+)
Ao novamente não decidir, a entidade parece estar mais ansiosa esperando as eleições municipais do que a vacina.
Mais uma vez, a LIESA se mostra aquém daquilo que se pretende organizadora. (+)
Hoje é dia de homenagear Elizeth Cardoso, a Divina, pelos 100 anos de seu nascimento. Além de ser uma cantora que marcou a Era do Rádio e que esteve no pontapé inicial da bossa nova, ela também tem muita relação com o carnaval.
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Além de cantar marchinhas e sambas carnavalescos, Elizeth participou também das agremiações da festa. Imperiana, a Divina foi escolhida como madrinha da Unidos de Lucas, escola fundada em 1966 e onde Elizeth desfilou por várias ocasiões.
Em 1974, a escola teve Elizeth como enredo e conseguiu o vice-campeonato do Grupo 2, conquistando o direito de desfilar no grupo das principais escolas no ano seguinte.
Martinho da Vila fez uma música para a primeira menstruação de uma de suas filhas!
Muito diferente do que o título pode nos fazer achar, o samba "Salgueiro na Avenida" é sobre a primeira menstruação de sua terceira filha, Juliana.
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Segundo Martinho, a primeira menstruação veio com a mesma força do Salgueiro entrando na avenida. Por isso o samba acabou ganhando esse nome. Além do Salgueiro, outras escolas que tem o vermelho como sua cor foram citadas.
A letra é bem detalhada e cita ainda a mãe de Juliana, a Ruça, presidente da Unidos de Vila Isabel durante o memorável desfile de 1988.
Há exatos 20 anos, aos 58 anos, falecia João Nogueira, devido a um infarte. Cantor e compositor, autor de grandes sucessos da música brasileira como “Espelho”, “As Forças da Natureza”, “Minha Missão” e “Poder da Criação”, João morreu em 05/06/2000.
Nascido no Meier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 1941, João teve contato logo cedo com a música, a partir de seu pai João Batista Nogueira e de sua irmã, Gisa Nogueira. Aos 15 anos, já compunha músicas para o bloco Labareda, que agitava as ruas do bairro.
Sua carreira profissional começou a deslanchar quando Elizeth Cardoso gravou “Corrente de Aço” em 1969.
Nos anos 1970 encontrou seu principal parceiro, Paulo César Pinheiro. Com ele, compôs alguns de seus maiores sucessos.
Um soldado brasileiro com sua cuíca indo para a II Guerra Mundial. Diante de tão simbólica e inspiradora foto, rascunhei umas linhas. Segue o fio!
Indo para a II Guerra Mundial, um soldado brasileiro levou sua cuíca. Nesses tempos de pandemia mundial e de luta contra o avanço de ideias fascistas no Brasil (e no mundo), essa foto tem ainda mais significado.
Não é à toa que essa imagem ilustra a capa do livro “Latin America During Word War II”. Ela transborda esperança em dias melhores. Mesmo indo para uma guerra de proporções mundiais, a importância de levar seu instrumento, pois alguma hora haveria de ser possível tocá-lo.