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Diria Bob Dylan: "The times, they are a-changin". Nesses tempos que vivemos, em velocidade acelerada, em todas as áreas, nos fazendo nos questionar todos os dias sobre nosso papel, nosso propósito, nossas certezas, nossos conceitos. A questão racial é uma delas. Segue fio.
Hoje me junto à corrente de pensamento dos que entendem que não basta não ser racista. A gente precisa ser ativo para banir o racismo do mundo. O jornalismo ainda é uma área em que há poucos colegas negros e negras em posições de destaque, mas isso vem mudando, também rápido.
Mudar nosso mindset às vezes não é tão simples, mesmo para quem tem uma disponibilidade grande para mudar, e acho que posso dizer que sou uma dessas pessoas. Assumi o comando do #RodaViva há menos de 5 meses. Uma das coisas que adoro é escolher as bancadas.
Desde que assumi, tenho procurado equalizar a composição das bancadas entre homens e mulheres, jovens talentos e jornalistas consagrados, veículos impressos, internet, rádio, TV, e contemplar a especialidade dos colegas.
Mas reconheço que não tinha os olhos atentos para a importância de contemplar a diversidade racial na bancada, e ela existe. Sim, já tive o privilégio de dividir a bancada com colegas negros e negras, mas não foi pensando nisso que os chamei. E é também meu papel pensar nisso.
No último fim de semana, parei para pensar nisso a partir da provocação do @adjunior_real, da @trace_brasil, que levou o assunto ao Instagram. Não concordo com a designação "Roda Branca", que ele usou, e o procurei para fazermos um debate franco sobre o assunto.
Ouvi argumentos que já conhecia e outros novos para mim sobre como o racismo estrutural aparece mesmo quando achamos que estamos sendo antirracistas.
Me coloquei no lugar dele, fiz um exercício de escrutinar as redações em que já estive, e o fato é que se contam nos dedos os negros com quem trabalhei ou estudei. E isso num país negro. Isso não é normal, e não pode mais ser aceito e perpetuado.
E a mudança não é só dos tempos, ela tem de vir de cada um de nós. De mim, que ocupo o lugar de formadora de opinião que ocupo. Com muito trabalho, dedicação, mas sim, a partir de um ponto de partida privilegiado, que reconheço e quero que sirva para levantar quem não teve.
Diante disso, venho até aqui chamar os colegas jornalistas, os demais formadores de opinião, os ativistas: eu quero receber os nomes e os contatos dos colegas jornalistas negros que estão por aí, nas redações, no YouTube, nos blogs, na TV, no rádio.
Colegas que me acompanham por aqui: o que vocês cobrem, do que vocês falam, quais suas áreas de interesse? Me ajudem a deixar a Roda mais viva, plural, colorida, com saberes múltiplos e caras novas. Vamos juntos?
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