Aproveitando a onda do #LavaJatoTraiuAPatria e o aniversário do Assenge, lembro de um texto que escrevi em 2016 que cogita um elo entre a Lava Jato e o lobby das empresas de petróleo americano revelado pelo Wikileaks. Vou resumir o texto rapidinho nesse fio:
Todo mundo deve lembrar que em 2010 o Wikileaks demonstrou documentos oficiais enviados a embaixada americana.
Nesse documento, Carla Lacerda - até então diretora de relações internacionais da Exxon Mobile - demonstrou preocupação com o Conteúdo Local (engenharia brasileira) da lei do Pré-Sal. Segundo Carla, os "fornecedores americanos" seriam "prejudicados" pela lei.
Vale lembrar, que o documento ainda cita a ligação das empresa americanas com o tucano José Serra, então candidato a presidente. Serra perdeu pra presidente mas ganhou pra senador em 2014 e seu primeiro projeto foi pra mudar as regras do Pré-sal.
Aí que está o elo que trato como hipótese: se o desejo americano era destruir concorrentes brasileiras poderiam usar a Lava Jato pra isso?
Lembrando que as empresas brasileiras penaram na mão da Lava Jato enquando as estrangeiras passaram suave pelas sede de justiça brasileira. Já escrevi sobre isso também
Ahhhh e a Carla Lacerda que tava preocupada com os fornecedores americanos hoje é presidenta da Exxon e está feliz em investir no Brasil 3,5bi. A Petrobrás gastou mais de 5x esse valor pagando multas da LJ nos EUA (imagina essa grana aqui, hein?).
Sei q debater treta com o Felipe Neto ou debate dos EUA tá bem legal, mas queria chamar atenção para um assunto que entra na pauta hoje q é crucial para o país. Basicamente, o supremo vai decidir o grau de influência da população brasileira sobre a venda do nosso patrimônio.
Trata-se da Reclamação 42.576 na qual congresso e senado acusam o governo Bolsonaro de liberar "subterfúgios que possibilitam encolher o tamanho das empresas-matrizes ilimitadamente, sem o aval do Poder Legislativo". Fachin, relator do processo, já se manifestou contra o governo.
Por exemplo, se o legislativo sair derrotado a Petrobrás poderá vender suas refinarias sem o mínimo de debate sobre o tema. Isso é bem perigoso e pode acarretar no desabastecimento do país ou numa crise de combustíveis pior do q a de 2018 que culminou na greve do caminhoneiros.
Cara, como petroleiro posso falar q pra gente é muito gratificante ser citado como exemplo de comunicação pelo @AnarcoFino dentro de uma mídia tão respeitada como o @LadoBdoRio. Na moral e na humildade a gente fica muito feliz por tentar uma forma diferente de se comunicar.
Na greve de fevereiro ficou escancarado quem invisibilizou nossa pauta e quem deu voz ao nosso pleito. A mídia tradicional está fechada com o pacto nacional que mantém o país com alguma coesão: a destruição do Estado. Investir em mídias alternativas é sobretudo sobrevivência.
No podcast, foi falado sobre como a esquerda precisa de construir um ecossistema para agir nas redes. Algumas peças desse ecossistema, como a nossa categoria, já existem. Temos espalhados pelo país milhares de trabalhadores e trabalhadoras cheias de talento e disposição de luta.
Desde a 1ª vez q vi Moana achei bem feminista. Ela n aceita ser chamada de princesa, a escrotice machista do Maui ("vc n vai dar conta!") é gritante e por aí vai. Contudo, tem um "easter egg" que mostra, pra mim, que o machismo é um câncer e que achei sensacional!!!
Convenhamos que o Maui é um machista clássico (arrogante/inseguro/inconveniente) que muda de postura ao longo do filme. Sua mudança mais drástica vem de qdo ele recupera o anzol e volta da batalha com Tamatoa, o caranguejo coco. A música "Shiny" traz mta informação sobre isso.
(usando a original pois é mais ligada a essência do filme)
Cara, é inacreditável. No meio da crise do Covid19 a gestão da Petrobrás COVARDEMENTE demitiu 2 trabalhadores da P55, alegando "abandono de emprego", ou seja, pela participação na grande greve do mês passado. Com isso, a empresa dá um claro recado de guerra contra os sindicatos.
Os trabalhadores são meus amigos, trabalham comigo na plataforma P55 e foram pegos totalmente de surpresa. E mais: os trabalhadores a bordo da P55 receberam essa revoltante notícia junto com o recado de que não vão poder desembarcar e devem ficar 21 dias confinados.
Ou seja, o clima a bordo está terrível. Longes da familia e com medo do vírus, os trabalhadores ainda tem que lidar com a retaliação covarde que amigos sofreram. Nesses 10 anos de empresa nunca vi uma atitude tão irresponsável.
A decisão do ministro Ives Gandra, do TST, que autoriza a Petrobrás a "sanções disciplinares" contra os grevistas é um caso à parte. Trata-se de um jabuti no alto da árvore. Mas, diferentemente da anedota, todos sabem quem colocou o bicho lá.
A enorme vontade de destruir a Petrobrás, em favor das grandes empresas do petróleo, não e nova. Mas a decisão de Ives, em 17 de fevereiro é uma novidade, e uma variável a mais.
A greve começou porque a Petrobrás assinou, em 4 de novembro de 19, cláusula coletiva se comprometendo a não promover demissão em massa, e... demitiu. Quando assinou o acordo, a empresa já havia se decidido por fechar a Fafen-PR, e demitir em massa seus empregados. Mentiu!
O @JornalOGlobo escreveu um editorial nessa segunda criticando a greve dos petroleiros. Não surpreende o tom panfletário do texto, já que a os marinhos sempre se posicionaram ao lado do mercado. Mas assusta que, num momento desse, a emissora falte tanto com a verdade factual.
Depois aparece a @MiriamLeitaoCom surpreendida com Fake News e linchamento. Cara, se a dona dos maiores recursos públicos de comunicação distorce a realidade objetiva desse jeito, como vai ter moral para reclamar das mentiras das milicias virtuais?
Vou apontar apenas uma, das diversas incoerências do texto (gritante). A globo escreve que a @FUP_Brasil se manteve em "silêncio obsequioso* durante os governos do PT". Isso não condiz com a realidade. A própria Globo já noticiou greves nossas com mais impacto que a atual!