Gente, as pessoas não correram aos bares no Leblon (e em toda parte) como se não houvesse Covid-19 e o vírus não estivesse matando por serem más. Se estivéssemos em uma guerra, fariam as mesmas coisas nos intervalos entre os bombardeios. É um impulso natural -->
Existe uma linha de pesquisa em comunicação estratégica chamada "risk perpception", que é o julgamento sobre o risco em que estou incorrendo. Há simplesmente certos grupos sociais e certos perfis que se acreditam invulneráveis ou menos vulneráveis que os outros
Jovens, atletas, homens etc compõem demograficamente os grupos com maior sensação de que o que está acontecendo de ruim com os outros não vai acontecer com eles. Todo anúncio de saúde pública, p. ex., tem que considerar o nível de percepção de risco do público-alvo
É muito difícil convencer pessoas com baixa percepção de risco de coisas como parar de fumar, não dirigir depois de beber, usar preservativo, usar cinto de segurança. Não seria diferente no caso de conselhos como use máscara, mantenha distância, fique em casa etc.
Por isso mesmo que o que Bolsonaro faz é tão infame. Precisaríamos que o governo estivesse gastando muito dinheiro em campanhas para convencer as pessoas a ficarem em casa e não contaminar os outros. O governo não apenas não faz isso, mas produz uma mensagem contrária. Aí ferrou
