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Uma das mortes mais misteriosas do mundo e suas teorias. O caso do garoto da caixa, que permanece sem solução após 63 anos:
No dia 25 de fevereiro de 1957, um viajante que passava pela estrada Susquehanna, Filadélfia, notou uma caixa, original de um berço, com letras vermelhas que diziam: “Mobiliário frágil, não abra com a faca”.
Ao abrir, o homem acreditou que se tratava de uma boneca, mas o que ele havia realmente encontrado era o cadáver de uma criança. Vale ressaltar que, como ele tinha problemas com a justiça pelo hábito de espiar meninas, demorou 24h para contatar a polícia.
Tratava-se de um menino, com cerca de 6 anos, enrolado em um cobertor. Embora suas unhas estivessem aparadas, seus cabelos estavam desleixadamente cortados. A causa da morte foi determinada como traumatismo craniano, mas seu corpo estava desnutrido e coberto de hematomas.
O legista constatou uma cicatriz em forma de L embaixo do queixo e cicatrizes cirúrgicas no tornozelo, como também na virilha. Seus olhos apresentavam sinais de tratamento para alguma condição crônica. Além disso, foi detectada uma substância escura em seu esôfago.
Logo, a saga em busca de sua identidade iniciou-se. Infelizmente, nenhuma criança com suas características estavam na lista de desaparecidos, e também não foram encontradas suas impressões digitais em nenhum hospital.
Desse modo, milhares de panfletos com fotos do menino foram distribuídos na região. Sem ver muitas saídas, ele também foi fotografado com diferentes tipos de roupas. Contudo, ninguém conseguiu identificá-lo, nem surgiram novas pistas.
Nesse contexto, a caixa foi rastreada, mas todos os doze compradores daquele produto pagaram em dinheiro, não deixando nenhuma identificação. Já o cobertor era produzido em série, sendo impossível rastreá-lo. Ou seja, a investigação se deparou com um beco sem saída.
Próximo à caixa foi encontrado um chapéu, passo otimista em direção a uma possível conclusão: A proprietária da fábrica Robbins Bald Eagle Hat and Cap Company informou que os modelos daquela confecção eram vendidos junto com um cordão de couro afivelado.
Na época, a mulher lembrou-se de um homem que voltou à loja, para que a tira fosse substituída. Com a aparência muito semelhante ao garotinho na foto que os oficiais mostraram, a pessoa não deixou nenhum registro no ato da compra.
Algum tempo depois, apareceu uma testemunha, relatando que, um dia antes do corpo ser encontrado, viu uma mulher e uma criança na estrada, inclusive perguntou se eles precisavam de ajuda, porém ela apenas acenou negativamente.
Os detetives começaram a sondar todas as famílias da região. Alguns rumores levaram a uma mulher com nove filhos, que havia respondido a uma acusação por ter despejado o cadáver de uma das filhas no lixo. Todavia, não havia indícios que ligavam o caso à mulher.
Outra teoria, que dizia que o garoto da caixa teria sido criado como garota, também foi considerada. Entretanto, a família que teria perdido a tal menina foi encontrada, mas o DNA de um dos membros e da criança não bateram. Assim, rapidamente, foi descartada.
Em julho de 1957, os oficiais responsáveis pagaram um funeral para a criança. O epitáfio, gravado em pedra, dizia “Pai Celestial, abençoe este garoto desconhecido”. Cinco anos mais tarde, o corpo foi exumado, mesmo com avanços genéticos, o exame de DNA não resultou em nada novo.
Aos poucos, o caso foi esquecido. Apenas o investigador Remington Bristow continuou com seu próprio dinheiro, procurando pistas. Desesperadamente, chegou a consultar um médium, que descreveu em detalhes que a criança vinha de uma casa a menos de 3 km do local onde foi encontrado.
A casa era um lar adotivo, do casal chamado Arthur e Catherine Nicoletti. Lá, eles tinham até vinte filhos adotivos, e uma mulher de vinte anos, fruto de Catherine em um casamento anterior.
Depois de um tempo, Remington assistiu a uma prévia de um leilão do casal, e encontrou um berço que teria chegado na caixa em que o garoto havia sido descoberto, além de cobertores aos encontrados com o corpo. A polícia investigou o lar adotivo mais de uma vez.
Mesmo depois de incessantes buscas e interrogatórios, nada foi encontrado para conectar os Nicoletti ao crime. O detetive Remington acabou falecendo em 1993, sem saber a verdade. Apenas em 2002, aconteceu o que se esperava que fosse uma reviravolta.
Naquele ano um psiquiatra de Ohio contatou a polícia, quando uma de suas pacientes, Marta, declarou que sabia como o “garoto da caixa” havia morrido. Ela revelou que sua mãe tinha comprado a criança, em 1954, para usar como um brinquedo sexual, e que ele recebeu o nome Jonathan.
Ademais, ela até teria esclarecido que a substância marrom no esôfago do menino era fruto do vômito de feijões cozidos. Tal circunstância irritou muito a mãe, que desferiu golpes na cabeça do menino. Em seguida, ainda inconsciente, teriam lhe dado banho, momento de sua morte.
Apesar de todos esses relatos e o testemunho coerente de como teriam despejado o corpo na mata, não foi possível comprovar a história. Isso porque Marta tinha um histórico de doença mental, e seus vizinhos da época negaram a probabilidade de um menino morando na casa.
Tempos depois, um homem relatou que sua família alugou uma casa para um homem que vendeu o filho. Especialistas analisaram as imagens e afirmaram coincidências na fisionomia dos três. Porém, os resultados dos exames de DNA não foram divulgados.

Fontes: Cinema Id Br e TecMundo.
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