Estamos em um cenário muito fértil para gestores ativos e fundos Long-Short no exterior. Enquanto Tech voa, outras empresas se afundam com os desafios da crise:
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A agenda do dia será a mais importante deste começo de ano, com a divulgação do Core CPI nos EUA e do IPCA no Brasil. Eu diria que o mercado está em compasso de espera para estes números.
Eles terão enorme influência naa curvas de juros que, consequentemente, irão afetar a direção de todos os ativos de risco ao redor do mundo.
Abaixo, comento alguns temas de prazos mais longos que, a qualquer momento, podem virar foco do mercado:
Primeiro, o problema dos déficits fiscais nas economia desenvolvidas, em um ambiente de juros mais altos do que nas últimas décadas.
Os ativos de risco, em geral, continuam operando com dinâmica positiva ao redor do mundo, exceto por acomodações pontuais em alguns nichos do mercado, como alguns ativos locais nos últimos dias.
Não há grandes mudanças de cenário, com os dados recentes, como veremos abaixo. Acomodações e ajustes são normais nesta fase do ciclo econômico.
A agenda do dia terá como destaque a decisão de política monetária por parte do Fed nos EUA.
Espero que as taxas de juros fiquem estáveis, mas o FOMC deve manter um tom duro em seu discurso, apontando para a necessidade de juros altos e restritivos no horizonte relevante de tempo.
Os ativos de risco estão apresentando alguma acomodação essa manhã. De qualquer forma, a narrativa que descrevi na semana passada, por ora, parece estar sendo seguida a risco:
O pano de fundo está mais propício para um fechamento das taxas de juros nos EUA, que tem sido o grande destaque dos últimos dias. Neste ambiente, algum suporte as bolsas e aos mercados emergentes é evidente.
Os sinais de desaceleração global que, por uma lado, ajudam no movimento de fechamento das taxas de juros, por outro lado, acabam colocando alguma pressão no mercado de commodities. Apenas ontem, o Petróleo caiu cerca de 4%, a título de exemplo.
O final de semana foi de poucas novidades relevantes.
Os ativos de risco continuam operando em torno da parte superior de suas bandas recentes, mostrando um otimismo com o ambiente de curto-prazo e um quadro técnico que estava saudável e “leve”.
O VIX – medida de volatilidade do mercado de ações nos EUA – atingiu o seu menor patamar em mais de 1 ano na sexta-feira:
Ouro - O ativo tem sido um dos destaques de desempenho do ano e ganhou tração nos últimos dias. Gosto bastante do ativo para compor portfólio no atual momento de transição que vejo a economia global.
O ativo apresenta desempenho positivo em prazos longos:
Momentos de queda das taxas reais de juros costumam ser acompanhados por alta do Ouro. Se uma desaceleração ou recessão ocorrer nos EUA, como eu espero, há um caminho para este cenário:
Pode ser que estejamos em um ponto de inflexão, onde países como a China, Rússia e o Mundo Árabe, busquem a proteção do Ouro em detrimento as moedas dos países ocidentes.
A quarta-feira trouxe informações importantes para o cenário econômico global.
Nos EUA, o Core CPI (núcleo da inflação) ficou em linha com as expectativas do mercado. Por um lado, o número tira um risco de cauda de aceleração adicional da inflação no curto-prazo.
Por outro lado, a inflação se mantém em patamar desconfortavelmente elevada e acima da meta do Fed.