Este é o jornal G. O jornal G defende a liberdade econômica plena. Porém, quando um agente financeiro privado decide que determinado usuário fere as regras de uso de seu serviço e decide bani-lo, o jornal G vê nisso um atentado à liberdade de expressão 🤷♂️ 
Vamos explicar conceitos ao jornal G: ninguém está impedindo Olavo de Carvalho de falar. Tampouco alguém está impedido de ouvi-lo (quem gosta que fique à vontade, uai)
Ocorre que Olavo é notório espalhador de mentiras, como a de que Pepsi Cola é adoçada com fetos, cigarros não fazem mal à saúde e, recentemente, que não existe pandemia causada pelo coronavírus. Ele pode seguir falando isso, e quem gosta disso pode seguir ouvindo
O PayPal, site que administra transferências de dinheiro, decidiu (depois de considerável demora) que facilitar a vida de quem vive espalhando mentira e teoria da conspiração (nem falamos aqui em ataques e difamação) não combina com sua filosofia de negócios. Liberdade econômica
O jornal G, de família tradicional católica de Curitiba, quando publicava anúncios classificados, vetava os de massagistas e garotas e garotos de programa. Liberdade econômica, novamente. Feriu a liberdade de expressão dessas categorias? Não. Tampouco acabou com a prostituição
Olavo de Carvalho não foi banido do PayPal por ser de direita, como escreve um doidivanas compartilhado na matéria do jornal G. Foi banido porque é um cara que ganha a (boa) vida (que leva numa casona nos EUA) vendendo mentira e teoria da conspiração
Mentira e teoria da conspiração, durante uma pandemia, custam vidas. Os presidentes dos EUA e do Brasil, apoiados por Olavo e pelo jornal G, compram várias delas. Não por acaso, são recordistas mundiais em mortandade por covid-19
Se eu fosse banqueiro ou financista, não gostaria de fazer negócios com alguém como Olavo. Nem que ele usasse dos meus serviços pra embolsar a grana dos trouxas que o mantém dando tiros e baforadas na Virgínia. Ele que procure outro lugar, deve (finalmente) ter decidido o PayPal
Jornais e jornalistas sérios de direita (por exemplo, o britânico The Times, a também britânica The Economist, O Estado de S. Paulo e Veja, no Brasil) não precisam perder o sono. Improvável que lhes aconteça algo como o ocorrido com Olavo
O próprio jornal G, que esperneou dias a fio ao ser chamado de espalhador de fake news, jamais foi alvo do bravo @slpng_giants_pt. E olha que o jornal G mantém entre os colunistas Alexandre Garcia, Constantino e uma moça que jura que as mortes por covid-19 estão caindo há semanas
Dinheiro não tem ideologia (e, se tem, certamente não é socialista. Acreditar nisso fere qualquer lógica elementar de pensamento econômico). Mas ultimamente empresas andam preocupadas com suas reputações a menos afeitas a fazer negócios com extremistas
É um avanço civilizatório, eu diria, ainda que com os quatro pés atrás (é marketing! Não se trata de bom-mocismo ou de capitalismo domado por bom senso, tentativa de reduzir desigualdades sociais ou poupar os parcos recursos naturais do planeta)
Ah, sim! O jornal G é a @gazetadopovo. Eu só peguei um bode enorme de falar o nome dele
