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O grupo de extrema-direita “Resistência Nacional”, que organizou uma ação de intimidação ao estilo de uma parada do movimento supremacista branco KKK em frente à sede do SOS Racismo, em Lisboa, é DIRIGIDO E INTEGRA MEMBROS DO @PartidoCHEGA. [Thread]
Destacam-se os nomes de Nuno Cardoso, Ana Cardoso e Luís Mártires.

Nuno Cardoso é um velho conhecido da extrema-direita portuguesa. Foi braço direito de Mário Machado e fez parte da direcção nacional na Nova Ordem Social (NOS).
Em fevereiro de 2019, foi escolhido por Machado para discursar na concentração de homenagem ao ditador português António de Oliveira Salazar, organizada pela NOS em frente à Assembleia da República. E que o programa matinal Manuel Luís Goucha ajudou a publicitar.
Nuno Cardoso também é próximo de Alexandre Santos, que representou o NOS numa manifestação neonazi em Sófia, na Bulgária, em Fevereiro de 2019. Alexandre Santos também é membro da “Resistência Nacional”.
Em 2017, Machado e Cardoso viajaram juntos para a Suécia para participarem numa conferência neonazi organizada pela “Nordic Resistance Movement” e na manifestação internacional “Revolta contra os Traidores”. Os planos acabariam “por ir por água abaixo”.
A dupla neonazi portuguesa foi detida no Aeroporto de Gotemburgo e deportada para Portugal. A mesma sorte teve Julian Bender, líder do partido neonazi alemão “Der Dritte Weg”.
Em 2018, Nuno Cardoso foi um dos seis “Los Bandidos” esfaqueados pelos Hells Angels, no restaurante do irmão de Mário Machado no Prior Velho, em Loures. Mário Machado saiu fisicamente ileso da emboscada dos “Anjos do Inferno”.
O mesmo não se pode dizer da sua reputação junto da estrutura internacional dos “Los Bandidos”. O líder da Nova Ordem Social viu a sua integração no grupo motard rejeitada, apesar das suas tentativas para se manter nela.
No final de 2019, Mário Machado suspendeu a atividade da “Nova Ordem Social” e, passados uns meses, é notícia que vários membros da NOS se inscreveram no #CHEGA, entre eles um dirigentes nacional de primeira linha: Luís Filipe Graça, presidente da Mesa da Convenção Nacional.
Machado reage às notícias sobre a filiação de camaradas seus no partido de @AndreCVentura e promete não revelar as suas identidades, entre eles a de Nuno Cardoso e Ana Cardoso. Hoje, duas figuras de relevo do novo grupo de extrema-direita “Resistência Nacional”.
Nuno Cardoso e Ana Cardoso são militantes destacados do #CHEGA no distrito de Castelo Branco. Cardoso revelou à @revistaSABADO ter sido recentemente convidado para organizar a estrutura da Covilhã do partido de André Ventura.
A revista, na edição desta semana, revela ainda que Nuno Cardoso é um dos principais dirigentes da “Resistência Nacional”, tal como Alexandre Santos e Ricardo Santos, todos ex-NOS.
Ana Cardoso, que segue os passos de Nuno Cardoso pela extrema-direita há largos anos, é um dos elementos mais ativos no grupo do Telegram do “Resistência Nacional”.
Numa das mensagens que envia, explica aos membros do “Resistência Nacional” como podem andar armados sem vir a ter problemas legais: “4 dedos é crime a lâmina tem de ser inferior a 4 dedos”; acrescentando ainda que podem sempre andar “bisturi” que, apesar de ser “menor”, ...
... também “mata incoerências”.

Luís Mártires é ativo na militância digital do #Chega, estará organizado em Lisboa e é próximo da líder dos evangélicos neopentecostais do Chega, Lucinda Carvalho e de Luís Filipe Graça.
Curiosamente, a estrutura de Castelo Branco, que é dirigida por dois ex-membros do PNR, Guilherme Serra e Paulo Mendes, é muito próxima de Lucinda Carvalho, distrito pelo qual esta dirigente nacional do CHEGA foi candidata às legislativas de 2019.
Entre os membros da Resistência Nacional estão também elementos do grupo “Portugueses Primeiro”. Esta associação nacionalista de extrema-direita foi fundada por João Martins, condenado pelo assassinato do jovem negro Alcindo Monteiro e fundador da secção portuguesa do grupo...
... nazi 'Misanthropic Division', e por Nelson Dias da Silva, atual secretário da Mesa da Convenção Nacional do Chega. Nelson Dias da Silva tem assumido a função de porta-voz da P1, discursando em várias iniciativas e manifestações da extrema-direita portuguesa.
IMPORTANTE

No início deste ano, @AndreCVentura prometia expulsar os elementos do @PartidoCHEGA com ligações ao que apelidou de “movimentos extremistas” e impedir outros de entrar. A realidade, como se acaba novamente por constatar, é bem diferente.
O facto de elementos do #CHEGA, conhecidos da cena da extrema direita, da imprensa e das autoridades, integrarem e dirigirem grupos como a “Resistência Nacional” não é um acaso.
O #Chega alimentou e acolheu estes grupos, criando as condições políticas para a escalada da sua violência.

#VERGONHA
Um excelente trabalho da página Chega de Ventura (facebook.com/chegadeventura/).
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