Pena q o artigo crítico de ontem não toca nas questões conceituais e erra com os dados para negar o obvio: o teto constrange gastos sociais que beneficiam mais a população negra.
Vamos aos 5 erros do artigo
O artigo faz comparações com base em 2016, mas ignora que a referencia para o piso de saúde e educação é a vinculação de receita de 2017.
Ao tomar 2017 como base, o crescimento do gasto com saúde sujeito ao teto é praticamente nulo. 2/
O autor ignora o obvio sobre os pisos de saúde e educação: esses não garantem sequer a estabilidade do gasto real com saúde per capita.
Com o piso anterior (EC86) a saude teria R$ 9 bilhões a mais em 2019, e mais em 2018 considerando a ADI5595. 3/
O artigo mistura previdência e assistência, sendo que o mais relevante para o tema é a assistência, q beneficia proporcionalmente mais os negros.E aponta aumento dos benefícios sociais mas não faz referencia aos efeitos futuros da Reforma da Previdência, aprovada em 2019
O autor adere à campanha q manipula dados para difamar os servidores públicos. Acusa o aumento dos recursos para pagamento de servidores, mas ignora que os dados não são per capita e esse aumento pode aumentar o numero de servidores e a prestação do serviço. Além disso..
Cada estatística tem a sua finalidade. Os dados por função do governo(metodologia Cofog) servem para o Sistema de Contas Nacionais e possibilitar comparações internacionais mas precisam de mais qualificação para analisar o impacto do teto no gasto social...
Depois porque trazem imputações contábeis (contribuições intra-orçamentarias/imputadas) que chegam a 30% da remuneração dos empregados e não são despesas efetivas.
Lamento q a mídia tenha aderido ao vale tudo para defender o teto.