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Atençãããooooo!
Soem trombetas!
Vamos com outra edição do "O atacadão do thread"... Hoje, sobre o ódio do bárbaros pelos livros e a cultura....
Educação & Cultura: Só como dado histórico, nestes tempos de ignorância alastrada e de jeca desprezo pela cultura, me lembrei de Hermann Goering, um dos truculentos e genocidas braços-direitos de A.Hitler, que teria dito “Quando ouço a palavra Cultura, pego meu revólver!"
Mas, tudo indica que Goering – que era um jacu, como tantos outros políticos nascidos antes dele e depois - teria copiado a frase ...
...da peça “Schlageter” de Hanns Johst: "Wenn ich Kultur hore ... entsichere ich meinen Browning!" Isto é, “Quando ouço a palavra cultura...retiro a trava de segurança de minha Browning!" (Ato 1, cena 1)
Heinrich Heine, poeta alemão, escreveu em 1821: “ali, onde queimam-se livros, depois acabam queimando seres humanos”.
Tal como no Terceiro Reich e na Santa Inquisição, a ditadura militar argentina (1976-83) protagonizou várias incinerações de livros em diversas cidades do país.
Isto é, além de serial-killers, os integrantes da Junta Militar comandada pelo general Videla, eram piromaníacos.
O general Luciano Benjamin Menédez – com a autorização de Videla – transformou-se em um dos principais protagonistas das queimas, para as quais organizava solenidades que presidia e que imitavam as queimas de livros feitas pela Inquisição e o nazismo.
“Da mesma forma como destruímos pelo fogo a documentação perniciosa que afeta o intelecto e nossa maneira cristã de ser, serão destruídos os inimigos da alma argentina”, disse Menéndez em abril de 1976.
Em junho de 1980 a ditadura queimou 24 toneladas de livros confiscados do Centro Editor América Latina.
Na lista de autores suspeitos dos militares estavam escritores como Gabriel García Márquez, passando por Julio Cortázar, Sigmund Freud e até Marcel Proust.
(isto é, para os ignaros e jecas militares argentinos, o livro “Em busca do tempo perdido” era “subversivo)
O regime proibiu o ensino da teoria matemática dos conjuntos, por considerar que era “subversiva”.
A palavra “vetor” também foi proibida nas escolas, já que os militares consideravam que era utilizada na “terminologia marxista”...
Sim...a cambada dos quartéis argentinos era assim....
Em setembro de 1980 as autoridades da ditadura de Videla proibiram o uso do livro “O pequeno príncipe”, do francês Antoine de Saint-Éxupery, nas escolas, por considerá-lo “subversivo”.
Aquelas broncas autoridades também proibiram um livro de engenharia elétrica, o “Cuba electrolítica” (isto é, ‘célula eletrolítica’). Os censores acreditaram que o ‘cuba’ referia-se à ilha caribenha, controlada pelo regime comunista de Fidel Castro.
Biblioclasmo ou Livrocídio: Denominações das práticas de destruir – em alguns casos, com cerimônias incluídas – livros e outros tipos de material escrito.
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