Começa hoje 2ª noite da #RepublicanConvention. Comentários q ouvi de Republicanos tradicionais sobre ontem foram q os discursos dos 4 Trumpistas do Apocalipse (concluído c/ Trump Jr.) foram bem menos eficazes q os de "pessoas comuns" e de figuras + ligadas ao partido
Não passou desapercebido q após os 4 Trumpistas do Apocalipse (Charlie Kirk, Matt Gaetz, Kim Guilfoye e Trump Jr - os 2 últimos achando q estavam em 1 auditório lotado), a noite foi fechada c/ nomes + tradicionais como Nikki Haley e Tim Scot q reforçaram temas caros ao partido
Além disso, momentos considerados + eficazes não foram os depoimentos de políticos mas os de pessoas como o empresário de origem cubana e o jogador de futebol americano.
Vamos ver o q a 2ª noite nos reserva
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🧵A postura de Trump em relação à Colômbia reflete uma visão de mundo mais ampla que guia sua política externa: uma rejeição completa ao que conhecemos como "ordem liberal internacional".
1/ Durante a maior parte da história, era assim que o mundo operava: países poderosos dominavam suas regiões, e os vizinhos mais fracos pouco podiam fazer. Fronteiras mudavam constantemente, impérios se expandiam (e colapsavam). Guerras eram uma constante.
2/ Após a Segunda Guerra Mundial, emergiu um sistema internacional baseado em normas (como integridade territorial, cooperação multilateral e resolução pacífica de conflitos) e instituições promovidas pelos EUA e pela Europa: a ordem liberal internacional. A ONU é produto disso.
1/ 🏆 Com as indicações ao Oscar 2025 divulgadas, há uma curiosidade lógica: Emilia Pérez e Ainda Estou aqui estão indicados tanto para Melhor Filme quanto para Filme Internacional. O que isso significa? As notícias não são muito boas para o 🇧🇷👇
2/ 📊 Historicamente, o filme com mais indicações tem 60% de chance de ganhar Melhor Filme. Com 13 indicações, Emilia Pérez lidera a lista esse ano, o que o torna forte concorrente para melhor filme e, obviamente, melhor filme estrangeiro
3/ 🎥 Um dos dois, por dedução lógica, deve levar Melhor Filme Internacional. Na história do Oscar, apenas Parasita (2019) - o único filme não falado em inglês a ganhar a categoria principal - ganhou os 2 prêmios (estrangeiro e geral)
🧵Anexar o Canadá, comprar a Groenlândia, "resolver" o Panamá. Como entender Trump? Temos que esquecer os manuais de ciência política. Vou tentar explicar com base no "The Art of the Deal".
1/ Trump não pensa como um político tradicional. Ele vê o mundo como uma grande negociação. Uma técnica clássica do seu livro é começar com uma proposta outrageous (absurda) para moldar o terreno da barganha.
2/ A lógica é simples: ao propor algo tão chocante, ele:
- Chama atenção e domina a pauta.
- Reposiciona o ponto de partida da negociação.
- Cria espaço para alcançar o que realmente quer, parecendo mais "razoável" no final.
Na nossa última aula do curso de política dos 🇺🇸 ontem apresentei essa possibilidade de mapa eleitoral em novembro: um empate no Colégio Eleitoral entre Kamala e Trump. Nesse caso, teríamos alguns desdobramentos interessantes👇
Se uma eleição presidencial nos Estados Unidos terminar empatada com 269 votos eleitorais para cada candidato, o processo de escolha do presidente é transferido para o Congresso, de acordo com a 12ª Emenda da Constituição americana. Há alguns poréns:
Antes de mais nada, o Congresso que decide nāo é o atual, mas o que será eleito e toma posse em 3 de janeiro. A posse do presidente é dia 20 de janeiro.
🗳️Quando discuto eleições no meu curso de Introdução à Ciência Política, começo falando sobre o papel das eleições em regimes autoritários.
Por que governos como a Coreia do Norte, por exemplo, se dão ao trabalho de fazer eleições?
Destaco aqui 3 motivos:👇
Em uma democracia as eleições desempenham várias funções, sendo a mais importante delas a seleção dos líderes pelo público. Em governos nāo-democráticos isso nāo acontece: os resultados sāo pré-determinados.
Mas o ritual eleitoral cumpre alguns papéis importantes nesses regimes:
1) Legitimação do Poder: Eleições criam aparência de governança democrática, conferindo uma fachada de legitimidade ao regime.
Demonstram a "popularidade" e apoio ao líder, funcionando como ferramenta de propaganda para retratar o regime como legítimo.
Meus 2 centavos sobre Le Pen e o rótulo de extrema direita.
Na verdade nāo meus, mas de um dos mais respeitados estudiosos do tema, Cas Mudde.
Entendo que a origem da confusāo é que nos falta (em português e francês) uma traduçāo para diferenciar "far right" e "extreme right"👇
Primeira coisa a entender é que, como acontece com frequência nas ciências sociais, os termos são contestados e não há absoluto consenso. Nāo estamos falando de ciências exatas. Além disso, tais conceitos são sujeitos a um contexto histórico específico, e portanto, mutáveis.
Tanto em francês ("extrême droite") como em português, os termos "far right" e "extreme right" sāo frequentemente usados como sinônimos ("extrema direita"), mas Mudde e outros os diferenciam claramente, o que, na minha opiniāo, fornece uma melhor clareza analítica.