A pergunta é:
Será que a grama dos brasileiros está tão mais verde do que a dos vizinhos?
Em 2007, 7 em cada 10 brasileiros acreditavam que o Estado deveria controlar o preço de TODOS OS PRODUTOS VENDIDOS NO PAÍS!
A pesquisa consta na obra ‘A Cabeça do Brasileiro’, de @albertocalmeida, e já dá o tom do que escreverei nos próximos tweets dessa thread
Pode ser no passado distante do Governo Sarney, no passado recente do Governo Dilma ou ainda em dias atuais.
A regra é simples: havendo demanda popular por uma intervenção, os políticos ficarão felizes em corresponder
Era o milagre do desaparecimento da inflação sem dor, a partir da troca de moeda e de controle de preços.
“Por que não fizemos isso antes?”
Marcel Telles, hoje o 3º homem mais rico do país, se escondeu com medo de ser preso por um suposto descumprimento da tabela da cervejaria Brahma!
A festa dos Fiscais do Sarney acabou quando o descompasso entre o tabelamento e o preço real dos produtos foi tamanho que houve escassez:
As prateleiras ficaram vazias
Proibiu a Petrobras de reajustar os combustíveis, apesar do aumento de preços do petróleo:
Quanto mais a estatal vendia, maior seu prejuízo!
Também congelou preços do setor elétrico: R$ 110 bi de prejuízo em 4 anos!
Foi o que aconteceu, mas em valor acima do de equilíbrio. Houve excesso de oferta e desincentivo à demanda.
Resultado: a renda dos caminhoneiros autônomos despencou em 20%!
Na pandemia, controlaram preços de álcool em gel.
E tabelaram TODOS os medicamentos do país!
Do antiviral ao viagra: nada poderia ser vendido com preço acima do autorizado pelo governo federal.
Além do Brasil, apenas Filipinas e Rússia tomaram medidas semelhantes
A diferença é que aqui houve um Plano Real, que atacou a inflação de fato e diminuiu a pressão por haver intervenções governamentais nos preços.
Jamais duvide do que políticos são capazes