UNIDADE III: Aulas exclusivas de Alberto Carlos Almeida
1. ABERTURA: razão e história no pensamento político
2. PLATÃO: o fundador da filosofia política baseada na razão (A República, 379 a.C. aproximadamente)
3. ARISTÓTELES: o fundador da filosofia política baseada na história (Política, 340 a.C. aproximadamente)
4. HOBBES: a guerra de todos contra todos e a razão como caminho para
a paz (O Leviatã, 1651)
5. ROUSSEAU: paraíso idílico, sociedade civil e o contrato social baseado na razão (Do contrato social, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, década de 1750)
6. KANT: o Imperativo Categórico e os seres humanos livres
(Fundamentação da metafísica dos costumes, 1785)
7. DAVID HUME: o hábito como guia da moralidade (Ensaio sobre o entendimento humano, Ensaios morais, políticos e literários, década de 1740)
8. EDMUND BURKE: o afeto provocado pelo costume e tradições (Reflexões sobre a Revolução
em França, 1790)
9. JOHN RAWLS: o contrato sob o ponto de vista da razão (Uma teoria da justiça, 1971)
10. FREDERICK HAYEK: o repositório de informações de todos os indivíduos (Direito, lei e liberdade, 1973)
AGENDA DO MUNDO POLÍTICO vs. O QUE REALMENTE IMPORTA PARA A POPULAÇÃO
É triste vermos que muito da energia dos políticos vem sendo gasta com disputas em torno de nomes, de leis que os protegem, de questões pouco importantes.
O Brasil precisa de um vigoroso e longo ciclo de
crescimento econômico. É o que melhoraria a vida de todos nós. Inúmeros países estão nos ultrapassando em PIB per capita sejam eles democracias ou ditaduras, estejam localizados na Ásia ou nas Américas. Não se observa debates, discussões ou iniciativas legislativas que tenham
como objetivo esse tipo de crescimento econômico. Anos e décadas vão passando e o Brasil está aos poucos ficando para trás. O nosso país melhora sim, pois há melhorias que são globais. Porém, não damos saltos, não aceleramos. Grande parte disso se deve a uma elite que olha apenas
1/n A ECONOMIA VAI BEM, ESTÁ MELHORANDO, MAS A AVALIAÇÃO E O VOTO DE LULA PERMANECEM NO MESMO PATAMAR
Não há dificuldade para entender esse fenômeno. Se algo está bem avaliado, a economia, e continua melhorando, é mais do mesmo: a não ser que ocorra uma melhora muito acentuada, a
maioria não passa a votar mais em Lula por causa disso. Considera que ele está apenas fazendo a obrigação.
COMO SERIA POSSÍVEL LULA MELHORAR A AVALIAÇÃO
Dedicando-se a algo que não vai bem, que pode melhorar e que é considerado o principal problema do país, a segurança pública
TEM GENTE QUE VAI OBJETAR: ISSO É DA ALÇADA DOS GOVERNOS ESTADUAIS
Verdade, verdade, verdade. Porém, a opinião pública mesmo sabendo disso, quer ver o presidente agindo. Não precisa que suas ações resultem em melhora, precisa sim que suas ações demonstrem que ele está também com
(1/n) LULA E A MOTIVAÇÃO PARA SER PRESIDENTE
Não é preciso conviver com Lula para avaliar que sua motivação para ser presidente, hoje, é muito menor do que em 2003 quando assumiu o cargo pela primeira vez. Naquela quadra histórica não apenas ele era um homem na faixa dos 50 anos
(2/n) de idade, mas o que mais importante, a esquerda chegava ao poder pela primeira vez no Brasil. Era preciso deixar a sua marca, mostrar para a elite que os que vinham de baixo poderiam fazer melhor. O tesão e a motivação para governar não tinham limites. Tudo era novidade
(3/n) e tudo estava por fazer do ponto de vista político, ao menos para a esquerda. O tão almejado e cultivado sonho de comandar o país tinha sido realizado. Na eleição de 2022 certamente a motivação de Lula para retornar ao poder também era grande, ao menos por dois motivos.
(1/n) LULA, SEU ELEITORADO, CORTE DE GASTOS E O MERCADO FINANCEIRO
Essa matéria é bem interessante. Ela mostra em um texto só alguams coisas: que Lula deu grande peso à comunicação política e, portanto, à sua imagem e de seu governo na divulgação do corte economia.uol.com.br/colunas/gracil…
(2/n) de gastos (maldade); que importantes agentes do mercado gostaram de tudo, menos da isenção do IR para quem ganha até 5 mil; e que há uma leitura de que a política derrotou a técnica.
Lula desejava evitar que ele e seu governo (a esquerda) ficassem com a imagem de direita.
(3/n) Pensou Lula: "já que é inevitável cortar gastos e que ninguém gosta disso, a não ser aqueles que não dependem desses gastos (não é meu eleitorado), então é preciso chamar atenção de algo que não sejam os cortes". Foi aí que entrou a isenção do IR. Com essa medida Lula
(1/n) GRANDES DERROTADOS DA ELEIÇÃO DE 2024:
PT e BOLSONARO (com implicações diferentes)
Bolsonaro perdeu porque traiu vários governadores de direita - Caiado, Ratinho Jr., Zema - apoiando nas capitais candidatos contrários aos de seus respectivos governadores, sendo que os
(2/n) apoiados por Bolsonaro foram todos derrotados. Pior, não se empenhou na campanha de Ricardo Nunes e ele venceu. Bolsonaro é considerado hoje por toda a elite de direita, mais do que antes da eleição, uma figura não confiável. Em suma, a direita quer se livrar de Bolsonaro.
(3/n) O PT foi o segundo grande derrotado porque o eleitorado confirmou que não o quer no estado de São Paulo e nas grandes cidades. O partido de Lula está muito fraco no Sudeste e no Sul, as regiões mais ricas do país, e cresceu nos grotões do Brasil, onde há menos
(1/N) O QUE MALAFAIA EXPRESSOU SOBRE BOLSONARO
Bolsonaro saiu muito queimado das eleições municipais junto a quem lhe poderia apoiar na elite política. Não fez campanha para Nunes em SP enquanto Tarcísio arregaçou as mangas e deu a cara a tapa. Lançou candidato em Curitiba
(2/n) contra quem Ratinho apoiava. Fez o mesmo com Zema em MG e com Caiado em GO. A elite de direita nunca confiou em Bolsonaro e depois da eleição municipal de 2024 reforçou esse sentimento. Assim, isso pode vir a ter impacto na tentativa de anistiar Bolsonaro no Congresso.
(3/n) A ver. O fato é que a direita tem vários candidatos. Caiado se colocou e Tarcísio tem o apoio do PIB. As conversas entre Zema, Ratinho, Caiado e Tarcísio podem fluir melhor sem que Bolsonaro seja uma carta para 2026. Malafaia apenas expressou publicamente o que todos eles