Bom dia!
Hoje decidi aproveitar a manhã para partilhar convosco 3 histórias reais que ilustram a meritocracia associada ao processo de selecção para os quadros de uma universidade privada num curso de medicina dentária (4 cursos privados) ou veterinária (2 privados) em Portugal.
1) Susana (nome fictício) está no 3.º ano do curso numa faculdade pública. A meio do 1.º semestre é convidada para leccionar uma cadeira do 1.º ano na universidade privada que abriu recentemente. Alunos serão ± da idade dela.
Algo inesperado, mas o pai é amigo do(a) reitor(a).
2) Artur (nome fictício) acabou o curso na pública, e o futuro sogro, que lecciona na mesma faculdade, quer que ele seja assistente de uma cadeira.
Reúnem-se os presidentes dos conselhos pedagógico e científico, que vetam esta nomeação.
Meses depois, Artur é professor na privada.
3) Roberta (nome fictício) concluiu o curso na pública com alguma dificuldade, sendo que a média de curso foi das mais baixas no ano dela.
Depois de uns anos frustrantes como clínica (expectável), falou com o pai.
Hoje em dia é a coordenadora das pós-graduações na privada.
O curso de medicina é particularmente exigente. Prepara profissionais para que estes possam, de acordo com o que aprenderam, abordar os casos que lhes são apresentados com o rigor analítico que lhes é requerido.
O exemplo das outras privadas não me assegura tal seja exequível.
A título de curiosidade, deixo-vos aqui uma história extra, desta feita sobre os futuros profissionais que ali serão formados.
Sérgio (nome fictício) está no 4.º ano do curso na privada. Normal, apesar de ainda não ter concluído o ensino secundário (falta-lhe matemática do 12.º).
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1. Cristina Rodrigues (eleita pelo Porto)
Constituída arguida pelo MP em 2022, e sujeita a termo de identidade e residência por suspeitas de ter acedido indevidamente e eliminado milhares de emails do PAN quando se desvinculou do partido.
Evita prestar declarações sobre o caso.
2. Eduardo Teixeira (eleito por Viana do Castelo)
Acusado por falsas presenças como deputado do PSD. Em causa, crimes de falsificação de docs ou falsidade informática.
Conseguiu estar presente, em simultâneo, em reuniões em Viana do Castelo, e no Palácio de São Bento, em Lisboa.
Em 2012, Ivo Rosa tornou-se o 1.º Juiz português a ser eleito pela ONU, reconduzido por Ban Ki-Moon.
O que este pasquim quer insinuar é que Guterres lhe está a fazer um favor por causa de Sócrates.
Adivinhem a quem convenientemente, pertence o artigo de opinião da pág. seguinte…
Portanto, um juiz apontado por Ban Ki-Moon, reconduzido por ele em 2016, é novamente convidado pelo actual Sec. Geral ONU.
O CM faz um artigo inteiro a reforçar que Sócrates foi ministro de Guterres, que este o visitou na prisão, e que são amigos.
E de seguida, a opinião isenta…
Isto nem inventado: por baixo do artigo de opinião de A.V., uma pequena caixa de texto relembra que Sócrates trabalhou para a Octapharma, e que o seu ex-presidente – Paulo Lalanda e Castro – escapou à acusação.
Adivinhem lá quem financiou o Chega, e é grande amigo do seu líder…
Marcelo venceu as eleições com mais de 60% dos votos.
Ana Gomes ficou em 2.º lugar, sem qualquer apoio partidário oficial.
Tino de Rans, um calceteiro a quem nem queriam dar tempo de antena, conseguiu 122.743 votos!
E a CS foca-se num só indivíduo.
Já vivi isto, e não acaba bem.
A capa do Público, agora devidamente representada.
O critério editorial é duvidoso: alguma vez o fizeram com M. Matias (2016)? Com F. Nobre (2011)? Com Soares (2006) ou A. Abreu (2001)?
Não.
O 3.º lugar nunca teve este destaque.
E quanto mais se fala nele, mais interesse gera.
A culpa não é só dos jornalistas. Mas também é deles.
E de quem escolhe o que vemos e lemos.
E nossa, que optamos por dar audiência ao indivíduo, e repercutimos os soundbytes.
Não é o contraditório que irá evitar o interesse nele.
A mensagem passa.
E a normalização instala-se.
Grande entrevista neste momento na BBC, Prof. Devi Sridhar, especialista em Saúde Pública.
“Se pagamos 12 biliões num programa de Track & Trace, porque não gastar esse dinheiro para pagar a quem faz isolamento em casa?”
“Modelo reactivo [lockdowns] pior que o preventivo asiático”
– Dever-se-ia ter feito um lockdown há mais tempo? @devisridhar: “Tivemos um lockdown, os números desceram no Verão. Porque motivo estamos nesta situação agora? Olhando para a forma como os países asiáticos lidaram com a situação, houve 3 medidas essenciais no controlo pandemia:
1) Restrições fronteiriças; 2) Manter os cidadãos informados e certificar-se que não há qualquer contacto com o vírus, seja em que idade for; 3) um bom sistema de testagem/rastreio/isolamento.
Metermos todas as fichas em constantes lockdowns (ciclo vicioso) é insustentável.
– Dadas as contingências da pandemia, seria justo adiar as eleições 1 semana, certo?
– Não, vamos antecipá-las.
– Ok, então que seja no fim-de-semana para que os sócios possam vot…
– Vai ser numa 4ª feira.
– Então e como é que podemos votar?
2/7 – Por voto electrónico.
– Só?
– Há contra voto em papel.
– E quem garante que o voto electrónico não é fraudulento?
– Nós.
– A actual direcção?
– Sim.
– E quem desenvolveu este sistema informático de voto?
– Nós.
– Isso é ético?
– Quem não gostar, que vote em papel, na urna.
3/7 – E quando são contados esses votos em papel?
– Só durante o acto eleitoral.
– Como assim?
– As urnas fecham após o acto eleitoral.
– Esperem lá… quando fecharem as urnas, os votos deixam de contar?!
– A contagem desses votos em papel cessará após o fecho das urnas, sim.